sexta-feira, 3 de setembro de 2010

OS DOIS BÊBADOS


Conta-se que dois homens viviam numa zona que se avizinha com uma Ilha. Para chegar naquela Ilha era preciso atravessar um rio de barco. Ali era o centro de todo o género de orgias, de bebidas e comidas.
Certo dia, um deles disse:
- “A vida é uma enorme obscuridade. Sem o meu consentimento, eis-me instalado há já alguns anos sobre uma máquina redonda - a terra – na qual me seguro como uma mosca se segura num globo”.
Estranhamente o outro retorquiu:
- “Ainda você fala do tempo em que vive sem se aperceber! Eu fico triste porque contra o meu desejo, vejo-me obrigado a pensar que a minha vida terá um termo: penso na lei implacável à qual ninguém escapou até hoje e que me manda desaparecer sem que eu possa fixar o dia e a hora da minha partida”.
Que mistério! Admiramos ambos em simultâneo. Em seguida imaginaram: “uma vez que os dias para desaparecerem são breves como os da nossa vinda ao Mundo, vamos partir de nosso barco à outra margem para deliciarmo-nos das coisas que lá existem e de tudo que encontrarmos”. Dito e feito, chegaram na Ilha com sucesso num curto espaço de tempo. Eles foram usufruindo tudo consoante os seus bolsos recomendavam. Os excessos não tardaram. Já não eram eles, algo agia neles (Ttonttontto). Mais tarde, na madrugada, resolveram regressar à sua casa porque já transbordavam os seus tanques. Subiram ao barco e começaram a remar. Remaram até amanhecer, mas não chegaram no continente muito menos sair do lugar.
A história era um pouco trágica. O que estava ficando bom decidiu empreender mais força para que chegassem mais depressa possível. A maratona perdurava igualmente. Mais tarde pergunta ao colega:
- “Será que desataste o barco a corda que o prendia para não ser puxado pela água?” ao que o outro responde negativamente. Os dois não reconheciam que embora remassem, não deslocavam nem se quer uma milha.
Finalmente! Depois de desatarem, remaram apressadamente e pouco tempo depois viram-se em sua casa. Que alegria ter vencido um grande obstáculo. Mas o cansaço apoderava-se-lhes até a ponto de não poderem mais fazer algo forçoso senão descansar alongadamente.
Era necessário retomar a consciência: descolar o que lhes prendia e avançar!
Amigo, você também caminha atado. Liberte-se disso, a frente é o caminho.

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