quinta-feira, 13 de julho de 2017

Ensinamento bíblico sobre a santidade

Ensinamento bíblico sobre a santidade

A ideia da santidade não é exclusiva da Bíblia judeu-cristã mas, também se encontra em diversas culturas, ocupa um lugar particular em todas as religiões. Isto faz entender que o conceito de santidade é um conceito particularmente religioso, e pertence, por natureza, somente a divindade.

Os seres criados são designados “santos” por participação e em virtude do relacionamento de dependência a divindade. Se pode falar também da santidade do homem, enquanto ele tem como dado ontológico-objectivo o relacionamento pessoal com Deus, no qual a santidade existe como sua essência.

No mundo semítico-cananeu a ideia da santidade é intrinsecamente conexa com a noção da “potência misteriosa” existente no mundo divino, isto é de uma realidade, próprio, porque santo existe “separado” do mundo.

A intrínseca conexão entre a ideia de santidade e a noção da potência misteriosa existente fora do nosso mundo criado, revela que o aspecto da separação constitua um elemento essencial para o conceito da santidade, isto é “que o santo deve ser separado do profano para que possa conservar a própria especificidade e, ao mesmo tempo, porque o profano não seja investido da perigosa energia do santo”

Por profano se entende aquilo que é “desmembrado” do sacro, aquilo que é criado, e portanto limitado, fraco e dependente essencialmente do ser divino. É santo, portanto, aquilo que é transcendente, que existe por si mesmo e é fonte do ser criado.

Consequentemente, porque o transcendente e a criatura conservam íntegra a própria especificidade, é essencial que entre eles exista uma separação radical, separar ou ter radicalmente distintos estes dois mundos significa salvar-se.

Com estes breves acenos, o conceito de santidade nos revela algo estreitamente complexo: de facto, outras noções de separação abraçam também a ideia do sacro e do puro.



Do ensinamento bíblico resulta que, para a fé judia-cristã, os termos “santo”, “santidade”, “santificação” são importantíssimos, como veremos a seguir.


O QUE É A SANTIDADE

Conceito de santidade

A melhor definição dá-se só a partir do mistério de Deus, isto é, o ser de Deus, manifestações de Deus, dom divino à Igreja, transformação íntima da pessoa crente.

Os termos “santo”, “santidade”, “santificar” provêm da raiz hebraica “qdsh”, da qual deriva a ideia ou conceito de “separação”, “sacro”, “puro” e tudo aquilo que é estreitamente ligado ao “culto”. Podemos assim deduzir que “santidade” é o caracter iminentemente religioso, isto quer dizer que, não se pode dizer que Mondlane é santo, se não está na dimensão religiosa.

O caracter essencialmente religioso faz-nos entender que o termo “santo” é usado para indicar uma realidade na qual a relação com a divindade resulta como elemento constituitivo essencial e indica a essência, a transcendência, a potência e a glória.

Referido a Deus o conceito de santidade exprime a essência pessoal, a divindade e a absoluta transcendência.

Dizer que Deus é santo significa afirmar o seu ser infinitamente outro e totalmente separado do homem, e indica o mistério mais alto da sua pessoa; significa reconhecer que Ele é por si, que não pode tomar significado de nenhum outro ser inferior a si mesmo, e que para manter a sua própria especificidade e salvaguardar a sua identidade dos seres criados deve se manter separado deles.

Com a acento da santidade se exprime a dignidade incomparável de Deus, a razão para a qual se lhe deve a adoração e por isso “é para si e para os outros o fim supremo e portanto a norma absoluta e intangível do agir”


Definição de Charles André Bernard


Charles André Bernard, perito em espiritualidade, no seu livro, definiu assim a santidade: “a santidade coincide com o cumprimento da vontade concreta de Deus e se mede sob a conformidade da nossa profunda vontade a vontade divina. Como a vontade salvífica dá finalidade e impulso dinâmico a obra da criação, assim o cumprimento da vontade de Deus leva a nossa personalidade a perfeição e a plenitude” .

O PERFIL DA PERSONALIDADE (BERKELEY)


O PERFIL DA PERSONALIDADE (BERKELEY)
Tema
Cantífula
Canera
Raça
Olímpio
Carlos
Adelino
1.       Sociável, comunicativo
5
5
5
4
4
5
2.       Tem a tendência de encontrar defeitos nos outros
4
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3
2
2
4
3.       É um trabalhador digno de confiança
5
3
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4
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5
4.       Fica calmo em situações tensas
4
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2
4
2
5
5.       Aprecia experiências artísticas
5
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1
4
5
4
6.       É reservado
3
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5
4
7.       É atencioso e gentil com quase todos
4
4
3
3
3
5
8.       Pode ser um tanto negligente
2
2
1
2
2
4
9.       É relaxado, aguenta bem o stress
4
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5
10.    Prefere trabalhos simples e de rotina
1
1
2
2
1
2
11.    É cheio de energia
5
5
4
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5
12. Pode ser frio e distante
3
3
3
3
2
1
13. Faz as suas tarefas num modo eficiente
5
5
5
4
5
5
14. Fica facilmente nervoso
2
2
2
2
1
1
15. Tem uma imaginação activa
5
5
5
2
5
3
16. Algumas vezes é tímido e inibido
4
2
1
4
1
4
17. Gosta de cooperar com os outros
5
3
4
3
3
5
18. Tende a ser desorganizado
1
1
1
2
5
2
19. É emocionalmente estável, fica dificilmente aborrecido
5
4
3
4
1
4
20. Tem poucos interesses artísticos
2
1
2
2
1
3
21. É falador
3
3
4
3
2
3
22. Às vezes é indelicado com os outros
2
3
3
3
2
3
23. É consciencioso no seu trabalho
5
4
5
4
5
5
24. É deprimido
1
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1
3
1
1
25. É um entendedor em arte, música ou literatura
5
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4
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4
26. Tende a ficar calado
3
2
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3
4
2
27. Geralmente confia nas pessoas
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3
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2
4
4
28. Às vezes é preguiçoso
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1
1
2
1
1
29. Fica muito preocupado
3
4
1
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2
4
30. É um pensador profundo
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31. É um entusiasta
5
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3
4
5
4
32. Perdoa facilmente
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3
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3
4
4
33. Fica facilmente distraído
1
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1
2
2
1
34. Pode ficar muito tenso
2
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1
3
1
2
35. É inventivo
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5
5
4
5
5

RESUMO DAS AULAS DE PSICOLOGIA PASTORAL
Introdução
Nas páginas que seguem tencionamos apresentar de forma sintética os principais temas que temos vindo a abordar durante as aulas de Psicologia Pastoral e sua aplicação na vida real dos agentes de pastoral.

1.      SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
Com este tema vimos que o que nós vemos, muitas vezes, não corresponde ao que percebemos com a mente. Por isso, na nossa acção pastoral precisamos de nos dar conta que o que falamos não é o que as pessoas entendem. É importante fazer chegar a mensagem ao nível das pessoas, porque a pastoral deve atingir todo o mundo e os diversos níveis de desenvolvimento.

2.      APRENDIZAGEM E CONDICIONAMENTO
Aqui pretende-se evidenciar que todos nós aprendemos através do condicionamento. Portanto, a percepção está unida à percepção. Deste modo, o nosso comportamento é determinado pelo que acontece depois, pois a ideia tende à acção.

3.      O PERDÃO DOS PECADOS
A tarefa de cada cristão é a libertação do pecado e da culpa. Em matéria de confissão, o padre não deve revelar os pecados de outrem aos terceiros, ele deve manter o sigilo sacramental. O perdão não é um senso de falsa humildade, mas uma atitude que torna a pessoa que perdoa livre, que quebra o círculo do medo. Com efeito, é preciso perdoar-se a si mesmo para perdoar os outros. E, enfim, saber que perdoar é uma caminhada, um processo de descobertas reveladoras.

4.      MECANISMOS DE DEFESA
Na vida cristã ou na acção pastoral, em face da nossa conduta, encontramos vários mecanismos de defesa para justificar o nosso procedimento em determinadas circunstâncias. Estes mecanismos podem ser: de racionalização, substituição, projecção, formação de reacção, repressão, regressão, identificação e sublimação. No cômputo geral, estes mecanismos constituem fuga de responsabilidade. Por isso, devemos evitá-los como pastores de almas e assumir o que for necessário, sem reprimir sentimentos muito menos ter atitudes não aceites pela sociedade, mas sempre cultivando atitudes saudáveis e socialmente responsáveis. Aqui vale recordarmos o princípio geral da moral: “não faz ao outro aquilo que não gostarias que te fizessem ”. Para tal é preciso a empatia, colocar-se no lugar do outro; assumir o ponto de vista do outro e dar-se conta que as pessoas vivem uma realidade diferente da sua.

5.      OS CANAIS PREFERENCIAIS DE COMUNICAÇÃO
Os canais preferenciais de comunicação são os meios usados para a transmissão da mensagem do emissor ao receptor. Deste modo, os canais de comunicação são três, a saber: visivo ou visual, auditivo e cinestésico. Uma pessoa visual é muito observadora no conjunto e nos detalhes. Enquanto o auditivo consegue perceber com maior nitidez e facilidade dados vinculados ao som; presta muita atenção naquilo que está sendo dito, por seu turno, o cinestésico detém-se à linguagem não verbal e gesticula facilmente para se expressar; ele pauta pela sensação.
O agente de pastoral primeiro deve dar-se conta do seu canal preferencial e depois o secundário e o que tende a ser inconsciente. Mas a mensagem deve ser transmitida de forma conjunta, aos três níveis da comunicação. De facto, a comunicação, muitas vezes chega atrofiada porque usamos nosso canal preferencial. Por isso, precisamos de usar os três canais de forma conexa para abranger a nossa comunicação a todos os ouvintes.

Conclusão
A partir dos temas acima percebemos que a Psicologia Pastoral fornece temas interdisciplinares cuja aplicação pastoral é de capital importância. Da sensação à percepção e aos canais preferenciais de comunicação percebemos os desafios que se apresentam aos agentes de pastoral. Portanto, neste processo de comunicação precisamos de ter atenção dos três estados do nosso ego: o PAI, o ADULTO e a CRIANÇA; modos de ser que, visíveis ao observador, mas nem sempre à pessoa enquanto se relaciona com os outros; ajudam ou dificultam a nossa comunicação.

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