quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O APOGEU DUMA ERA INSACIÁVEL

Desde a ascensão do limiar humano no universo, o homem sente-se, por um pouco, ameaçado com a sua própria existência, bem como o fim último da sua vida. Mergulhado neste imenso mar de angústia, ele procura cada vez mais respostas dos seus porquês e meios, sem saber que está decaindo a pouco e pouco na subversão do progenitor primário, que é a meta das suas buscas. Urge, entretanto, devotar o nosso ponto de vista em relação ao mundo e o seu constante devir. Parece um pouco ridículo e pessimismo uma análise contrária à visão comummente partilhada pela maioria. A par disto, não nos eximimos de lançar este nosso ponto de vista. Com o avanço tecnológico, o mundo não se descortina dos seus efeitos e muito mais da dinâmica que lhe envolve. Consequentemente, o homem semeia-se neste horizonte do além extraviando, por um lado, a vida, os costumes, a cultura, os anseios e aspirações do próprio homem.
A queda é eminente e orienta-nos a uma reflexão galopante na busca de meios para chegarmos ao equilíbrio entre a hegemonia da vida individual e social com o avanço das directrizes para as quais a ciência nos incita. Neste contexto, numa época em que tudo parece estar revolucionado, com os meios de comunicação social, a abertura às coisas é maior e o nível de reflexão dos indivíduos é também aberto de acordo com o horizonte pelo qual caminhamos.
Na medida do impossível, a insaciedade parece generalizada sem excluir nenhuma camada social. Tudo porque num ambiente em que tudo está submetido à mudança, inevitavelmente, as coisas também mudam e subordinam-se ao acaso do tempo. Estamos certamente no apogeu duma era insaciável. Sonhamos vários projectos e em cada passo que seguimos desejamos mais; nada é assaz na nossa vida. Sempre caminhamos para o além.

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