quinta-feira, 5 de agosto de 2010

UMA NOVA ERA SOCIAL

Cada vez mais que surge, de modo repentino, um certo avanço em determinado âmbito, os homens surpreendem-se com a nova realidade. Alguns com tendências exacerbadas e negativistas, enquanto outros, assumem-na com olhos indiferentes e até mesmo à suspensão do juízo. Entretanto, o importante não é julgar ou não determinada coisa, mas conceder um parecer provável daquilo que constitua o princípio primeiro e a causa última dos fenómenos. Última na ordem do conhecimento, o qual parte do imediato e do próximo para o mediato e remoto. Igualmente, o princípio primeiro ou a causa primeira das coisas, ou seja, primeiras no plano da realidade, onde a causa precede o efeito.
Estamos mais uma vez de volta e diante da tua posse, caro leitor, para juntos reflectirmos situações candentes na nossa sociedade cujos reflexos já se fazem sentir hodiernamente. Quero me referir do «Impacto dos meios de Comunicação Social».
Desta vez, estamos mergulhados na questão dos “mass-media”. Com isto, pretende-se, sucintamente, apresentar uma “leitura crítica” dos programas transmitidos pelos media; consciencialização das pessoas sobre o impacto dos meios de comunicação social; classificar o nível de influência e analisar qual será o futuro ao qual intentamos atingir. Deste modo, como o saber filosófico coloca-se no ponto mais alto do saber humano, como conhecimento no qual unicamente a curiosidade humana encontra a sua plena satisfação, ela (filosofia) será nosso guia para aquisição de ideias e pensamentos úteis para a realização do nosso objectivo. Aliás, a filosofia é verdadeiramente sabedoria «sapor rerum prout sunt», isto é, sabor autêntico da vida.
Seguramente que cada um de nós não está à margem da situação geral em que nos encontramos. Hoje é possível estando em Mecubúri viver de perto o que acontece nos EUA com o presidente Barack Obama; possível também é comunicar-me para qualquer canto do mundo sem precisar “maçada”. O contacto com mundo põe, igualmente, em questão a própria vida humana mormente no âmbito cultural, social, interpessoal, relacional e de convivência com as coisas criadas.
O homem de hoje perdeu-se e deixa-se levar pela busca incansável da própria felicidade. O mundo está em perpétuo devir que envolve tudo quanto existe na face da terra. Duvidar isto, é duvidar-se a si mesmo e ignorar a velocidade que nos empurra cada vez mais para um póstero.
Os meios de comunicação social, na sua diversidade, destacamos os que mais influenciam e imprimem um carácter imprescindível na sociedade: a Televisão, a Internet, o Telefone a Imprensa e a Rádio. Estes quando usados de um modo personificado, ou seja, ponderado, desejável e salutar, favorecem ao homem um bem inesgotável. Mas, quando tomados abusivamente e mal interpretados os seus programas, constituem fonte onde jorra a vingança, mau humor, indiferença social, guerras, idolatria, ódio, desunião, desavenças, rivalidades, etc. Isto significa que os media são um bem e um mal quando assim os quisermos; são um todo em partes; um núcleo de uma infinidade de tudo que desejamos alcançar.
Muitas vezes fala-se que a moda aparece-nos como consequência da expansão dos “mass-media”. Não constitui surpresa nos nossos dias ver uma mamana semi-nua como também uma rapariga – ambas alegando o avanço cronológico do tempo bem como da mentalidade. Quando vemos um programa televisivo ou da Internet um pouco erótico não conseguimos traduzi-lo como algo que se reprova e tomamo-lo como o que se deve praticar. Quantas imoralidades assistimos dia após dia das nossas vidas; pessoas que pedem namoro ou “assunto sério”, ainda simples troca de prazer momentâneo na TV entre outros meios. São quantos os que abandonam suas tarefas para não perder uma série de novela “sete pecados” ou algo mais?
Não me é possível destacar tudo o que se passa num mundo vasto e restrito como o nosso e muito menos subscrevê-lo nesta ingénua reflexão. Cada um consente a interferência que se exerce pelos media. Aliás, alguns, nos domingos, eximem-se de ir à Igreja para ver uma missa da televisão, escutar a pregação de um pastor e cegamente conformar-se com isso. Entretanto, devemos perceber que o crucificado é o “espelho”, dizia Calvino, no qual nós conhecemos a Deus e nos conhecemos a nós mesmos. Por isso é necessário vivenciá-lo junto dos irmãos da comunidade de fé.
O domínio e a regulação da natureza instintiva do homem são obra da civilização, termo de lento processo de aprendizagem, no decorrer do qual a tomada de consciência das renúncias exigidas pela sociedade está em conflito com os instintos naturais difíceis de reprimir.
Às vezes sentimo-nos incapazes de reproduzir um texto com receio de plagiar o que já existe na Internet e por causa disso, algumas pessoas preferem viver numa eterna ataraxia. O que funciona é o “deixa andar”- uma consciência laxa. Encontrámo-nos numa sociedade em que a prioridade é a posse daquilo que Marx chamava justamente «sociedade do ter», porque nessa sociedade o dinheiro e as mercadorias se transformam numa espécie de manipansos e são os novos ídolos que despojam os homens das suas autênticas possibilidades humanas.
Devido a certas atitudes que insinuamos na nossa conduta, às vezes parecemo-nos com os chamados irracionais. Assim, somente seremos capazes de mostrar a nossa própria realidade quando conseguirmos agir de acordo com a voz da nossa consciência.A sessão está aberta! Juntos vamos analisar a nossa situação social e procurarmos alternativas para fazermos dela uma alma racional cujo slogan é «estar a caminho».Todos somos donos do que existe e tomemo-lo como coisa própria nossa. É preciso racionalizar o nosso pensar, o nosso agir, os nossos desejos e comportamentos, o nosso trabalho enfim, a nossa vida.
Vamos filosofar.

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