sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FORMAÇÃO HUMANA

ESCOLHER( ELEGER)

Quem decide a tua vida?



O acto de escolher a minha vida vai ser o acto mais consciente, livre e esta escolha é que vai fundar a minha identidade adulta.

Eleger não é uma tarefa fácil, mas resulta de uma alegria passada, isto é uma vida pré-vivida.

Esta escolha é única, isto é, cada escolha é única devido as características próprias pessoais e irrepetíveis - é uma escolha inédita.

Nascemos geneticamente organizados. A vida vai-se programando em muitas circunstâncias, desde os factores económicos, sociais, políticos e culturais.

A nossa vida é controlada muitas das vezes pela sociedade de consumo. Não podemos programar a nossa vida neste âmbito.

A publicidade( TV, Mass Média e outros meios de comunicação) decidem os nossos interesses, onde vamos dirigir os nossos gostos. Cria os nossos gostos ou desejos. Da mesma maneira a MODA decide como vamos vestir e a cultura decide como vamos valorar a nossa vida. Assim como o meu clã influi na minha vida.

Na nossa decisão temos muita influência:- sociedade de consumo; publicidade; moda; cultura; a família; factores económicos, sociais e outros.

As vezes também a família pode nos manipular na nossa escolha e as vezes nos ajudar a caminhar. Por outro lado a dependência aprendida na família pode criar mais o confortável na pessoa, isto é quando a família cobre a pessoa ou o filho. Esta dependência não nos permite sermos donos de nós mesmos, neste caso autónomos. A pessoa não se sente livre de fazer uma escolha. É necessário que a pessoa não se deixe levar como papel pelas correntes que são os outros, portanto que vão diluindo a nossa vida.

Perguntar-me quem decide a minha vida é identificar o controlo da minha própria vida. Nesta resposta complexa não podemos pôr de fora aquela área que não conhecemos( o inconsciente) que também vai influir neste todo conjunto de decisões.

A tarefa de construir um « EU», particular para toda a vida é uma extensão da consciência, é resgatar aquilo que eu sou e o que quero ser, quer nebulosas e escuras sempre luto para a minha auto-confirmação.

A consciência permite-me escolher e ser o que quero ser. Esta tarefa leva a um diálogo com a realidade entre o eu real e o eu ideal. A minha vida não é um acontecimento individual, isolado, interior se não uma encruzilhada social, onde se dão muitas influências.

Os principais obstáculos que dificultam a minha decisão são: - O autoritarismo e a permissidade.

O autoritarismo é o poder decisivo que nos manipula, nos suplanta, isto é toma o nosso lugar.

A permissidade nos rouba os modelos de referência que necessitamos para escolher. Esta permissidade abandona-nos aos movimentos; apresenta-se como confiança. E esta confiança leva-nos a uma desorientação daquilo que necessitamos de escolher. Nos lança a fazer coisas que não são boas.





A quem dou o poder de decidir a minha vida?

O importante é que eu próprio leve ou pego o controlo para decidir a minha vida.

Não deixar que os outros ou os superiores decidam para a minha vida.



O RISCO DE ESCOLHER

Escolher é um arriscar, porque ainda não temos a certeza daquilo que escolhemos.

Aparece- nos o temor de errar, de nos sentir culpados de fazer mal as coisas e isso traz angústia.

Neste processo de escolher também encontramos fantasmas que as vezes nos espantam no nosso caminhar. Um deles é o desejo a omnipotência e a outra realidade limitada que nos faz imaginar que estamos indefesos, são as circunstâncias externas que nos guiam.

Escolher nos ajuda a perceber, a valorar, estabelecer prioridades e de saber qual é a coisa boa. Comprometer-se com aquilo que escolhemos.

Escolher algo é ser alguém, isto é, a nossa escolha nos personaliza, dá-nos uma característica peculiar, dá-nos uma identidade e dentro da escolha vem a renúncia daquilo que existe na nossa escolha.

As vezes somos condicionados com as expectativas dos outros, que nos paralisam na nossa escolha conduzindo-nos a não viver a vida com alegria.

Escolher permite-nos dizer aos outros onde é que vamos. Quando nos deixamos levar pelos outros , é não querermos decidir-se.

A maturidade da pessoa vai no querer, no dever fazer, no poder fazer e no ser capaz de fazer aquilo que desejo ser.

O caminho da personalização no âmbito de escolher, vai acabar com a nossa decisão e autonomia da nossa própria pessoa. Se a pessoa não escolhe, são os outros que escolhem por ele e somente a pessoa arranja maneiras para sobreviver.

Por isso é preciso pensar na vida e sonhar nela, isto é ver aquilo que eu sou chamado a viver. A vida vivida é uma experiência que emerge ou nasce nas mesmas experiências vividas.

Assim podemos nos auto- afirmar que a vida é nossa e nós somos a nossa vida. E isso nos leva a eleição do nosso compromisso.

Escolher a minha vida também escolho a minha coerência de viver a minha própria vida.



O que estou a escolher na minha vida?

Escolho ser meu corpo, a minha sexualidade e os meus valores. Com isto eu escolho o argumento da minha vida e o meu guião; isto é coisas que vão pautando a minha vida.

A vida é um projecto, uma tarefa, uma chamada ou um dom.

Escolher a minha vida supõe eleger a quem hei-de dar a vida.

A minha vida é minha, eu posso geri-la.

Escolher a minha vida exige dizer Sim ou Não.

Escolher a própria vida é escolher o caminho da felicidade.

Escolher a minha vida é ter uma causa pela qual se vive incluindo morrer.

A perfeição é uma incapacidade para eleger, isto é, querer tudo perfeito.

Eleger é ser ou estar ciente das minhas capacidades, motivações e valores.

Escolher é uma forma de amar.

Na nossa vida só temos único momento para escolher, que é o momento da juventude. Se perdemos esta fase para escolher ou escolhemos bem ou mal.





QUESTIONÁRIO

Que projecto de Vida me permitirá amar lucidamente a minha própria vida e a dos outros?

Lembra uma escolha que tu consideras errónea, errada.

Imaginas naquela altura quando estavas a escolher, que conhecimentos tiveste naquela altura da tua escolha?

Que informação tinhas sobre esta escolha? Que precessões tinhas?

Quais foram as necessidades que te empurraram a esta escolha ou decisão?

Que outras alternativas vias a sua frente?

Olhas com precisão a pessoa que eras naquela altura. O que aprendeste desta decisão?

O que sabes agora que naquela altura não sabias.





SUPERAÇÃO CONSTANTE DA NOSSA PESSOA



Cada um deve lutar para conseguir a superação de si.

A pessoa humana é capaz de se superar onde está com as suas próprias capacidades no seu ambiente e com as suas limitações em que se encontra.

Superar-se é crescer; é desenvolver-se duma maneira contínuo, isto é de uma maneira integral em todas áreas da nossa existência.

Toda pessoa é perfectível, isto é não somos perfeitos , mas podemos chegar a ser perfeitos e toda a pessoa é capaz de melhorar e de desenvolver todas as capacidades inatas.

Temos todos o direito e a obrigação de sermos melhores e de desenvolvermos.

Superar-se não quer dizer ser inteligente, rico ou famoso, popular ou aberto, simpático. Quando crescemos com a ideia de que superar é ultrapassar o outro, acontecem duas coisas: Se o outro tem mais capacidades que eu, fico frustrado e se eu tenho mais que o outro vou pisando o outro.

Superar-se é vencer-se a si próprio, competir consigo mesmo, e em suma é esforçar-se de render.

Superar-se é conhecer-se assim próprio, aceitar as próprias limitações, vencer as próprias debilidades. Esse conhecer-se nos permite ver os nossos valores ou as nossas qualidades.

Superar-se permite-nos verificar as nossas potencialidades. Descobrir as próprias potencialidades é encontrar o caminho para se conhecer.

Devemos aproveitar todas as oportunidades que temos em nossa frente para a nossa realização.

Ver o lugar que me corresponde na sociedade, uma parte própria minha que é inrepetível.

Superação é a realização plena do nosso ser em todos os aspectos que envolvem a nossa vida. A superação não tem limites. A pessoa que acha não ser capaz de se superar é uma pessoa que não se realiza, que não cresce.

Há princípios biológicos que dizem: - Aquele que não se melhora se deteriora.

A superação pessoal não é algo que se adquire num dia para o outro, mas é algo contínuo. Cada hora, cada minuto, cada dia, cada ano, precisamos de se superar.

Temos que mudar para melhorar, mas sempre cientes que vamos encontrar defeitos. Isto é, a medida que tentamos superar numa área, descobrimos outras debilidades o defeito que também vão precisar de se superar e assim sucessivamente.



SUPERAÇÃO CONSTANTE



A superação não deve lograr-se num dia ou numa semana. E a superação absoluta nunca se consegue. Porém, é uma actividade que nos leva toda vida. Mudamos certamente para melhorar.

É necessário a pessoa fazer uma lista dos valores que tem conseguido a parte, também os defeitos. Porque isso ajudará a pessoa ase dar conta dos defeitos procurando assim superá-las. Portanto é difícil descobrir esses defeitos. Até quando os outros nos dão a conhecer ficamos chateados.

É importante nos dar conta que não podemos melhorar ou separar tudo ao mesmo tempo. Porém aqui surge a necessidade de fazer o projecto da vida, isto é, fazer uma reflexão de mim mesmo e tentar ultrapassar os defeitos que achamos possuir.

Para tal é necessário fazer o propósito simples e pouco a pouco ir analisando as coisas até conseguir superar uma das dificuldades.

Quando a pessoa vai aperfeiçoando a superação de uma dificuldade cria o hábito de ser melhor. Evitando as condutas negativas e repetindo as condutas positivas que possuir para ganhar este hábito de melhorar. Para melhorar, devemos ser honestos connosco próprio não justificando as nossas falhas, mas sim, procurando dar-se conta.

Não se pode superar a sós. Precisamos procurar um amigo ou uma pessoa adulta que lhe preocupe o nosso desenvolvimento e que nos ajuda a superar. É preciso me envolver na minha própria superação, não só mas também na superação dos outros. A superação nos ajuda a viver com alegria esta vida que possuímos . Isso nos traz uma motivação, alegria, uma maneira mais séria de resolver os nossos problemas.

Idade: não há idade para superação, mas é importante começar cedo, o que é melhor é superarmos para podermos ajudar a nossa família, amigos, os nossos pais, a nossa comunidade, o nosso país criticando o que não está bem. Para o meu país se superar é preciso primeiro eu me superar para dar a conhecer aos outros.

Superar-se é crescer de uma maneira integral, contínua e sem limite. Não se trata de ser melhor, mas procurar mudar a nossa maneira de ser. A superação é uma carreira longa que dura toda a nossa vida.









OS OITO( 8 ) ASPECTOS DA SUPERAÇÃO



Nós podemos nos superar em todos os aspectos, em todas as dimensões da nossa existência; no aspecto físico, intelectual, moral, espiritual, social, económico, estético, emocional e afectivo.

EXEMPLOS: No aspecto físico, como eu pratico o desporto desenvolvendo o meu corpo. No aspecto afectivo, desenvolver uma capacidade de amor, amar ser amado no relacionamento com os outros. No aspecto social, desenvolver a capacidade d ir ao encontro dos outros. No aspecto estético, desenvolver as inclinações de arte ou seja no apreciamento das obras ou dos feitos dos outros. No aspecto moral, desenvolver a capacidade de escolher o bem ou o mal. No aspecto espiritual, desenvolver a dimensão espiritual, saber descobrir a presença de Deus nos outros e desenvolver este reconhecimento de Deus na nossa vida quotidiana. Na superação moral é desenvolver o cumprimento dos deveres nos nossos habitates.
A grande preocupação na superação é a maturidade e o equilíbrio. Se não fizermos assim a vida fica desbalançada.



1º- Aspecto Físico

Este aspecto inclui higiene, alimentação, exercícios, o andar limpo, saber se apresentar no meio das pessoas, embora pobre e sem exagero. Saber organizar-se, cuidar das suas coisas e dos outros, não permitindo que os apetites ou impulsos instintivos governem a nossa vida. Mas sim sabermos nos controlar, isto não significa se reprimir, mas sim, ser eu que comando os meus instintos.



2º- Aspecto Afectivo

É uma das maiores riquezas que esta capacidade de se relacionar com os outros, experimentar amar os outros e ser amado. Esta afectividade é uma força de energia, que determina o empenho ou o esforço que a pessoa tem nos seus afazeres. Falar da parte afectiva não estamos a falar da genitalidade, porém esta genitalidade faz parte da afectividade. A dimensão afectiva é a parte mestra da nossa vida. Ela comanda o nosso relacionamento com os outros e com o ambiente. Esta parte bem desenvolvida traz-nos a felicidade.

A maturidade afectiva nos ajuda a controlar os nossos impulsos sexuais. A afectividade é uma parte da dimensão humana. Dentro deste âmbito, o nosso estado de ânimo rege a nossa vivência. Não julgar os actos dos outros pela simpatia. Por exemplo, uma pessoa é simpática e faz uma coisa má eu tolero, defendendo, apoiando-lhe pelas más coisas que ele faz, porque é meu amigo. Fazendo isto estamos a destruir o nosso companheiro. A crítica, falta de reconhecimento, louvores não me façam desistir dos meus esforços. Não desistir dos nossos esforços porcausa das críticas que às vezes recebemos da parte dos outros, ou por falta de reconhecimento daquilo que realizamos. Não vivo pelos louvores dos outros, mas sim pelos meus esforços pessoais.









3º- Aspecto Social

Ter ambições legítimas, isto é, boas e bem intencionadas. Por exemplo, ambicionar manter a minha identidade cultural, viver ou ser um membro responsável e consciente no meu país, na minha família e me comprometer ao bem de todos. E tentar assumir os meus deveres e obrigações para o meu bem e o bem dos outros. Ser curioso em procurar aperfeiçoar as coisas. A nossa reocupação neste âmbito deve ser a busca do bem comum.



4º -Aspecto económico

Uso racional e equilíbrio, isto é, antes que eu gaste, tenho de reflectir quando vou gastar e o que vou comprar, sempre com os olhos abertos com o consumismo exagerado, e não se apaixonar com imposições ocidentais. A felicidade não depende daquilo que temos, mas a atitude com que nos aproximamos das coisas. Há pessoas que tem tudo mas são infelizes. Há muitas pessoas ao longo das suas histórias que viveram felizes, não terem tudo mas porque tiveram uma atitude de se aproximar nas coisas. Descobriram o segredo da vida que não está somente no ter, mas no saber agradecer por aquilo que tem, empenhando-se em ter algo amais.



5º- Aspecto Estético

Se gostar a si próprio se aceitando como nasceu. Não se envergonhar por ser preto ou deficiente, feio ou pobre. Sempre andar organizado, exteriormente assim como na limpeza da nossa vivenda. E saber apreciar a beleza e as coisas dos outros.



6º- Aspecto Intelectual

Saber analisar do que acontece a nossa volta. Desenvolver a capacidade da inteligência, saber reflectir e avaliar os problemas. Saber julgar o que é bom e saber discernir algo que é mau e que parece mau mas bom. Saber fazer leitura de coisas úteis o que nos estimula a ser criativos.



7º- Aspecto Moral

Ser honesto, coerente na minha maneira de pensar e de actuar perante factos concretos, harmonizando as minhas actividades.



8º- Aspecto Espiritual

Descobrir a necessidade, ter relação com Deus e com Jesus descobrindo aquilo que humanamente é difícil de alcançar e sentir-se comprometido no desenvolvimento pessoal. Reconhecer que a vida só a Deus pertence. E saber agradecer a pessoa que nos concedeu.



A CORTESIA

Objectivo: Nos dar conta dos resultados positivos de tratar bem os outros.

A palavra cortesia, vem da corte que era a maneira que os membros do rei se tratavam. Era uma maneira de delicadeza, de respeito para tratar alguém.

Como educação, a cortesia se usa no mesmo sentido, isto porque uma pessoa bem educada revela a cortesia, um nível de tratar as pessoas.

As vezes somos pouco corteses no respeito aos outros sem nos dar conta. A cortesia é o reconhecimento do valor e respeito da identidade do outro. Segundo diz um ditado: Não faças o outro o que não queres que te façam.

Tratar os outros como tu gostarias que as pessoas te tratassem. Somos pessoas racionais e vivemos numa sociedade com normas e leis que regulam o nosso comportamento e a nossa maneira de tratar os outros.

Ser tratado com dignidade e respeito, é o nosso direito. Mas devemos usar a reciprocidade sem limites. É necessário revisar a nossa experiência vivida, isto é, o nosso comportamento. É trato cortes delicado para minha família e para minha comunidade em geral. Segundo um ditado o cortes não tira o valor corajoso, isto é tomar decisões se possível nos momentos oportunos.

O ser cortes é actuar com sinceridade, simplicidade e com naturalidade( espontaneidade), não adoptar um trato de aparente bondade. O nosso trato exterior deveria de ser o reflexo do trato interior.

Quando notamos ou percebemos a pessoa alterada, por trabalhos, cansaço ou outros motivos, sempre actuaremos compreendendo o outro, com prudência, com trato de modo a lhe aliviar o sentimento. Temos que aprender a nos pôr no sapato do outro, isto é ver a realidade do outro, o seu ambiente que lhe rodeia, seu carácter e ler vários caracteres da pessoa para tentar compreender-lhe. Tratar de não usar palavrões, de não perder controlo ficando demasiado agitado.

Quando eu me encontro perturbado, nervoso, frustrado como reajo? Fecho as portas para não receber conselhos dos outros? A pessoa tem a capacidade de escolher a sua reacção. Custa trabalho.

Uma maneira de poder viver a cortesia seria conhecer as pessoas e ter amor ou apresso aos outros. Quanto mais conhecermos as pessoas que estão connosco, o modo de ser de cada um, como reage, o nosso trato será mais afável, mais compreensivo e mais acolhedor.

Como me arrisco conhecer pessoas que não são da minha região, da minha cultura? Com este conhecimento aos outros nos leva a interessar-se a eles. O trato aos outros enriquece muito, aprendemos muito e também crescemos. Também encontramos defeitos que devemos evitar.

Procurar que o relacionamento com os outros seja mestre da nossa superação e seja o meio do nosso crescimento. Certamente é muito difícil manter a serenidade, o equilíbrio no relacionamento com os outros. Mas sempre devemos tentar.

Segundo um ditado: Quem se zanga, perde. Porque rompemos o diálogo onde podíamos crescer. E devemos evitar pôr etiquetas nas pessoas, isto é, dizendo que esta pessoa é má ou é bom. Deixar que a pessoa manifeste a sua bondade ou maldade. Na realidade não há pessoas boas nem más. Todos temos estes dois princípios. A perfeição não existe no mundo. Único perfeito é Deus.

A cortesia é uma maneira difícil de tratar os outros, porque as vezes deparamo-nos com pessoas agressivas ou antipáticas. Perante esta situação devemos entrar com um trato cortes. Visto que estas pessoas podem mudar com este nosso trato cortes. E para isto devemos estar sempre dispostos a ajudar e a servir os nossos vizinhos. Tendo em conta que algumas vezes eu posso precisar desta ajuda como eles. E sempre procurar criar um ambiente de amizade e um bom relacionamento com todos.



A CORTESIA COM OS DESCONHECIDOS

A primeira ( 1ª ) norma é a cortesia. Esta deve ser a nossa primeira coisa a sair de nós, uma atitude cortes.

O primeiro símbolo da cortesia é a saudação e também o aproximar os outros com alegria.

Seguidamente atender com gosto os convites que nos são feitas sem esquecer as nossas obrigações.

Depois partilhar com os outros os momentos difíceis, isto é, visitar os doentes, dar bom conselho aquele que se desvia, consolar os tristes e participar nos funerais.

A cortesia com os outros está baseada no respeito à dignidade humana. E a cortesia nos facilita no relacionamento com os outros e nos enriquece a vivermos felizes na vida. A cortesia não quer dizer ser dócil de mais. Mas sim saber actuar com responsabilidade com os outros.



























































A ALEGRIA



Existem falsas alegrias, cheia de barulho que é para chamar atenção aos outros e existe alegria inventada parta esquecer a nossa consciência; aqui está dentro aquele que gosta troçar os outros.



O QUE É REALMENTE A ALEGRIA



É um estado de ânimo nascido do optimismo realista, baseado em fatos concretos quer para nós quer para os outros. Isto significa que na vida podemos triunfar.

A alegria chega por viver e actuar rectamente.

A verdadeira alegria não é barulhenta, não fere aos que sofrem, não choca a maneira de se expressar.

DITADO:

Ao mau tempo, boa cara.

Portanto, a alegria é contagiosa. A Alegria comunica felicidade.

Quando estamos contentes, felizes, fazemos melhor os nossos trabalhos. Todas as nossas dificuldades são superadas. A Alegria se manifesta exteriormente, se sente, se verifica.

O nosso sorriso com alguém traz paz interior. Devemos sorrir em todos os momentos para ajudar os outros. Sorrir para estimular os outros, compreender –os nos seus triunfos. Sorrir para levantar aqueles que se sentem abatidos.

A Alegria é imprescindível com os outros, atrai o afecto e facilita a comunicação.





COMO CONSERVAR A ALEGRIA

Ter uma consciência limpa e um amor profundo a tudo aquilo que nos rodeia.

A Alegria nos dará a fortaleza com o qual vamos resolver as nossas dificuldades.

Quando alguém nos pede ajuda devemos ajudar com um sorriso.

A Alegria sincera faz recobrar à paz às pessoas terminando com um gesto que simboliza que podemos renovar ( apertar as mãos ou beijar os outros ).





QUANDO PODEMOS ADQUIRIR UMA ALEGRIA FUNDA?

 Termos paz interior, uma harmonia entre o que pensamos e fazemos ;

 Quando cumprimos com as nossas responsabilidade ou deveres;

 O gosto pela missão cumprida;

 Termos rectidão de intenção, isto é quando fazemos as coisas para o nosso bem e para o bem dos outros;

 Viver com desprendimento, isto é sabermos dar lugar as coisas materiais tendo em conta que a nossa felicidade não está nela;

 Sabermos desfrutar do bom ou do bem que tem a vida ( não tomar demasiada formalidade às coisas);

Mudar a acção para modificar a emoção( quando a gente está cansada pretendemos levantar-se tarde para recuperar enquanto pioramos com a preguiça).



A alegria se contagia e dá um sorriso a nossa vida, se manifesta num bom estado de ânimo, nos dá a fortaleza.



Quando deixamos que o espírito santo habite no nosso coração é um dos grandes dons que comunica e é grande auxílio para viver a alegria humana e nos ajuda a descobrir Deus. Vem esta tranquilidade e paz no nosso coração que contagia o amor e provoca uma alegria.



Não é uma alegria que simplesmente mostra os outros mas quando me encontro solitário fico triste.







O DIÁLOGO



OBJECTIVO: Nos dar conta que é importante dar tempo para dialogar com as pessoas mais próximas ou amigos.



O DIÀLOGO é a coisa muito importante e é o meio pelo qual serve para nos conhecer e resolver as nossa questões. É necessário comunicar, partilhar para crescer. Aqui podem existir alguns condicionalismos que facilitam o diálogo e outros que podem fechar.

O diálogo nos facilita amar as outras pessoas que vamos conhecendo ao longo da nossa vivência.

A única maneira de nos conhecer é dialogando com os outros. Enquanto melhor conheço o outro vai ser mais fácil o compreender, os seus gostos, afectos, sentimentos, etc.

A única maneira de conservar a amizade é o diálogo. Quando falta o diálogo, a amizade torna-se fria.



Além de nos aproximar, o diálogo é também o reconhecimento e a apreciação das qualidades do outro. Não só estar ciente dos defeitos do outro, a ignorância sobre os outros é que faz que tenhas felicidade fracassada. É preciso me dar conta que devo ser mais simples para com os outros.

O objectivo do diálogo não é tentar que o outro mude. Mas sim que a pessoa se dê conta onde deve mudar.

Um grande obstáculo para lograr o diálogo é o ORGULHO. Porque muitas das vezes vamos ao encontro dos outros inchados de orgulho. Também estas atitudes orgulhosas além de facilitar a mudança no outro, entorpecem.



O perigo do diálogo além de nos ajudar, se torna uma acusação. Para evitar isso devemos:

Conhecer e amar as pessoas com os seus tais defeitos.

Dialogar com desejo de aprender.

Ter muito claro o nosso objectivo.

E saber autocriticar-se

.

DITADO:

Nem toda a verdade é para ser dita.



Existe nalgumas que é melhor calar porque dizendo-as lograríamos ferir o outro e assim é melhor um bom entendimento.

Devemos ter a prudência à aquilo que pode ser comunicado e a aquilo que não pode ser dito ou comunicado. E saber com quem dizer as coisas secretas. E essa maneira é uma sabedoria.



É muito importante saber escolher o momento adequado para dizer ou comunicar as coisas. Se é verdade que a verdade não pode ser dita toda ela, também é verdade de que a verdade não pode se dizer em qualquer momento. Nunca podemos dizer enquanto estamos estamos raivosos, tristes, irados. É necessário esperar o momento adequado, de calma, num estado de ânimo tranquilo.



Não são as emoções que podem dominar o diálogo, mas sim pela razão. Não se deve falar porque devo falar, mas sim antes de falar primeiro reflectir, pensar. Se é preciso, pedir uma explicação para depois comunicar.



Se escolhemos o melhor momento para o diálogo, garantimos um bom êxito do mesmo diálogo. E se não conseguimos dialogar com aqueles que estão à nossa volta nunca é tarde, é necessário começar ou lançar-se para tal.



RESUMO

O DIÁLOGO é um meio pelo qual os seres humanos se abrem, onde partilham os seus sentimentos.

Onde não há diálogo não há vivência, conhecimento. Não se deve ser conduzido pelas emoções, paixões, mas sim pela inteligência.











O SENTIDO DA RESPONSABILIDADE



OBJECTIVO:- Nos dar conta que somos construtores da nossa própria vida quando somos capazes de nos decidir. Ter consciência de que os nossos actos repercutem nas outras nas outras pessoas.



RESPONSABILIDADE quer dizer uma disposição permanente para cumprir as nossas obrigações. Tem uma transcendência, isto é uma acção que comunica a outras pessoas. Esta responsabilidade não se dá num lugar isolado, mas num ambiente onde vivemos, escola, casa, na família, etc.



O homem por ser por natureza social, as suas acções repercutem nos outros. Ninguém pode ser bom ou mau para si próprio.

Não podemos pensar a vida como uma coisa ou capítulo isolado. Porém ver cada nossa acção como missão concreta e única que é individual e única. Todos os homens são chamados a cumprir o desígnio de Deus na vida.

O verdadeiro valor da pessoa humana radica na sua transcendência. E isto leva-o a dar um sentido à sua vida e a morte. Nesta descoberta da nossa dignidade vamos crescendo na nossa responsabilidade.

É nas descobertas das virtudes que vamos nos dando força de vencer as nossas acções egoístas e nos ajudam a descobrir a nossa capacidade para amar, e nos faz ser pessoas.

A Responsabilidade é consequência directa da dignidade. Todo aquele que tem recebido coisas valiosas tem que respondei-las. Quem se respeita e se valora a si mesmo, aceita de alguma maneira a responsabilidade , progride e contribui na superação da sociedade ou do grupo em que se situa. Esta dimensão social da responsabilidade faz com que a qualidade de vida no nosso grupo seja melhor em enfrentar juntos os problemas. Também o nosso grupo adquire outro valor.

Na medida em que a pessoa cresce, a responsabilidade vai também crescendo. Cada jovem é responsável e esta responsabilidade exige uma disciplina e ordem ou boa organização ou programação da nossa vida.

Quando um povo se esforça para melhorar, este povo desenvolve mesmo sem matéria- prima.



COMO CHEGAR A TER UM CARÁCTER DE RESPONSABILIDADE

O exemplo que devemos imitar deve ser de pessoas com uma vida responsável, isto é pessoas educadas e educadoras.

A responsabilidade se fortalece com o gesto que dá ver quando fazemos os nossos trabalhos. A pessoa deve estar animado, estimulado com aquilo que exerce. E se alegrar por ajudar alguém.

Quando cumprimos com as nossas obrigações com satisfação e gosto sou responsável. Isso reforça a responsabilidade e dá a tranquilidade a vida.

A felicidade está ligada a paz interior e isso por cumprir os nossos deveres com satisfação. O dever deve ser parte da nossa própria obrigação.

Não fazermos alguma coisa somente para sermos pagos, para ganharmos mas sim como dever.

Fazer consciência como nos sentimos satisfeitos quando cumprimos com as nossas obrigações.

Ter constância com aquilo que queremos fazer.

Vigiar o nosso estado de saúde.

É importante neste processo de responsabilidade pôr a parte a preguiça, distracções que as vezes nos podem tirar o estado de responsabilidade.



Aceitar que nem sempre as coisas vão sair bem como desejarias que fossem.

Cumprir com responsabilidade comum e dar uma responsabilidade os trabalhos em grupo.

Cada pessoa tem uma missão, por isso o destino( como objectivo) é individual.



O HOMEM VALE POR AQUILO QUE É E NÃO POR AQUILO QUE TEM.



Aceitar aquilo que eu sou, o que tenho sem recear perante os outros, isto é não esconder as nossas realidades. Mas para tudo isto envolve um grande desafio e precisa de sacrifício. Mas vale a pena porque ajuda a si próprio, aos outros da sua comunidade e aos estrangeiros.





A HONRADEZ

A Verdade é uma conformidade das coisas, uma relação daquilo que se pensa com aquilo que se fala. É uma promessa, que é algo de vontade.

HONRADEZ é proceder com rectidão, integridade referente aos actos e palavras.

HONRA é uma estima e um respeito com a própria dignidade, uma boa opinião, a fama que a pessoa adquire pela virtude e pelo mérito, lealdade que é cumprimento do que exigem as normas da fidelidade e do honror( honra).



Cada grupo tem próprio desejo e honra porque dá uma identidade ao grupo.

Nos nossos dias podemos nos dar conta da falta de honradez na sociedade em que vivemos. Isto porque podemos enganar, fazer algum mal pensando que os outros não se dão conta da nossa mentira.

Cada um de nós deve ser o próprio juiz.

Quando pensamos que os outros não se dão conta dos males que fazemos torna-se um hábito fazé-las. Quando actuamos duma forma honradora adquirimos uma responsabilidade. As mentiras nunca são isoladas, mas sim vão unidas criando um ciclo vicioso no qual é difícil sair.

Na comunidade a honra cria um ambiente agradável e eliminam-se todas as suspeitas e as dúvidas que puderem surgir por um engano.

Se nós praticamos a falsidade ou a falta de honradez vai ser difícil que os outros nos confiem, porque eles fazem uma ideia de nós e é difícil cambiá-la.

Saber dizer a verdade. Actuar com honradez é a única maneira de obter a dignidade e a confiança dos outros.

Uma pessoa que actua com honradez deixando-se guiar com o que a consciência lhe diz, actua com responsabilidade.

Se fazemos ou se queremos fazer uma promessa primeiro devemos analisar se vamos cumpri-la e como vamos cumprir.



PERGUNTAS

1- Me considero uma pessoa honesta?

2- Sou uma pessoa digno da confiança dos outros?

3- Minto para fugir dos problemas?

4- Se alguma vez tenho roubado ou feito alguma coisa má como me senti?

5- Quando marco um programa a cumprir chego à tempo?

6- Cumpro com as minhas promessas?

7- Que metas ou objectivos à curto ou a longo prazo eu proponho para fortalecer a minha honradez?



OS TEUS DEVERES



Neste ponto, deves querer saber quais são esses deveres. Trata-se de obrigações civis e morais que tens para contigo mesmo, para com o próximo, para com a família e para com a pátria.



1- CONTIGO MESMO: És obrigado a cultivar o próprio corpo e o próprio espírito, a fim de estares preparado para as tarefas do amanhã. Um homem ineficiente é um fardo para si e para a sociedade, embora a sociedade tenha o dever de cuidar dele; um homem inculto, desorientado, que não aprendeu a dominar os próprios instintos e a educar as próprias paixões, é um perigo para si e para a comunidade em que vive. Aqui requer sacrifícios e exercícios ginásticos da vontade, para obtermos em adultos, o domínio de nós mesmos.



2- PARA COM O PRÓXIMO: há deveres:

Da justiça, que te impõe dar « a cada um o que lhe pertence»;

Da igualdade, porque, quaisquer que sejam as diferenças ( físicas, intelectuais, de posição social e económica), perante a lei, assim como perante Deus, somos todos homens, que devemos responder igualmente, cada um com as responsabilidades do próprio estado;

Da fraternidade, porque todos fazemos parte da mesma família humana;

Da solidariedade, que consiste na ajuda material e moral que prestamos ao próximo, em caso de necessidade.



3- PARA COM A FAMÍLIA



Os deveres são maiores, porque à família devemos tudo o que recebemos desde o nascimento, isto é, quase tudo. A família não só te criou, alimentou, educou, instruiu, mas sobretudo deu-te afecto, que é um elemento essencial para um desenvolvimento psicológico são e equilibrado. Todos os ensinamentos recebidos em casa poderiam ser transmitidos ao rapaz por qualquer outra instituição, mas na família há qualquer coisa que noutra parte faltaria, isto é, o AMOR. Os pais amam os filhos e vice-versa, e só nesta relação de confiança e de amor a educação consegue não ter um carácter repressivo.

Colaborarás portanto com a família respeitando todos os componentes, como eles te respeitam; amá-los-ás; ajudá-los-ás segundo as tuas possibilidades; e trabalharás para os ajudares economicamente, se for necessário. É verdadeiramente deplorável o comportamento egoísta dos que se aproveitam da ajuda dos familiares quando lhes convém e depois os abandonam na necessidade.



4- A DEFESA DA PÁTRIA



É um sagrado dever do cidadão. A pátria porém não se defende somente de armas na mão, quando está em perigo evidente. Defende-se sobretudo apoiando o Estado, isto é, procedendo de modo que as iniciativas se mantenham sempre firmes e respeitadas por todos. A pátria defende-se com a observância das leis, com o exercício civil do voto, com o pagamento dos impostos devidos e, sobretudo, com a contribuição do próprio trabalho, exercido com competência, honestidade e solicitude.

O verdadeiro patriota, dizia um filósofo, não é aquele que só nas grandes e solenes ocasiões se agita, se alvoroça, se proclama aos quatro ventos, mas aquele que quotidianamente, ordenadamente, incansavelmente procura o bem comum e disso não se envaidece.

A pátria trazemo-la todos connosco, mas nem damos por isso. Para nos darmos conta e sentirmos quanto nos é querida, basta deixá-la mesmo por pouco tempo. Tu mesmo, se fizeste uma breve viagem ao estrangeiro, ao regressares deves ter sentido o que é o amor pela própria terra, pela própria gente, pelos hábitos de vida, embora com todos os seus defeitos, os seus erros, as suas faltas. Da nossa pátria, trazemos connosco muito mais do que julgamos: o carácter, a cultura, os sentimentos, a língua.

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