segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A PRESENÇA CRISTÃ EM MADAGÁSCAR

Os primeiros humanos que chegaram em Madagáscar há mais ou menos 2 mil anos atrás vieram da Indonésia e da África. Mercadores africanos chegaram na ilha em meados de 800-900 a. C., quando começou o comércio na costa norte. O primeiro europeu a chegar na ilha foi o capitão português Diogo Dias, que viu Madagáscar no dia 19 de agosto de 1500. O navio do capitão Dias estava a caminho da Índia mas acabou em Madagáscar por engano. O capitão deu à ilha o nome de St. Lawrence. Nos anos 1500 os portugueses, os franceses, os holandeses e os ingleses, todos, tentaram estabelecer pontos de comércio em Madagáscar. Mas todas essas tentativas falharam por causa das condições hostis e da luta dos guerreiros Malgases.
Portanto foi século XVII que os missionários portugueses tentaram trazer para Malagaxe a notícia do cristianismo. Mas a história cristã do Madagáscar como ilha, foi muito diferente da do continente Africano. Os que responderam primeiramente de forma positiva ao Evangelho não foi a população do litoral com que se estabeleceu contacto primeiro, mas sim a população das terras altas do interior com o reino Merina centrado em Antananarivo capital do Madagáscar. Mas a grande onda de conversões teve ainda lugar no século XIX. A presença cristã permanente iniciou-se pela influência dos Britânicos que faziam catividades comerciais no Madagáscar com a aceitação do rei Radama I aos missionários Ingleses. Depois da morte do rei Radama I ascendeu ao poder sua esposa Rainha Ranavalona I que perseguiu os cristãos. Mas até esse período já tinha sido traduzida a Bíblia toda e os cristãos permaneceram fiéis à leitura dessa Bíblia embora muitos tenham sofrido martírio. Depois da morte da rainha se proclamou a liberdade religiosa. As primeiras tentativas de evangelização dos católicos sobretudo dos primeiros missionários portugueses já tinham falhado até o tempo da chegada dos missionários Jesuítas padres e irmãs de S. José de Cluny que se estabeleceram em Antananarivo em 1861. Estes, tiveram que enfrentar hostilidades por parte do protestantismo que era religião da corte. As duras e não raras guerras políticas levaram á expulsão dos missionários católicos ficando os seus neófitos que continuaram a manifestar sua fé sem medo conseguindo assim propagar a sua fé até o período da chegada sociedade francesa católica que veio a ajudar os jesuítas nomeadamente os padres do Espírito Santo que se fixaram no norte, os Lazaristas que se fixaram no sul seguidos pelos padres Salette em 1898.
O facto mais interessante é que já tinha lugar antes do estabelecimento colonial, um movimento de massa que tinha como religião o cristianismo. Pois os cristãos professos já tinham aumentado de 5000 em 1861 para um milhão em 1900 que representava 39% da população total. Depois seguiu-se com um aumento lento no período de 1900 a 1990: os protestantes 19%para 24%; os Católicos de 15% param 25%. Uma das razões deste ritmo lento foi a permanecia das tribos apegadas aos seus costumes e ao seu elaborado culto dos antepassados. A segunda razão foi a forte identificação das missões francesas com o poder colonial que era mais odiado que noutras partes. A terceira razão foi a disputa das três religiões cristã, protestante e Anglicana. Em 1947 teve lugar uma insurreição, sangrenta com matizes anticristã. Como consequências a religião tradicional é ainda seguida por metade da população embora graças ás escolas missionários, os cristãos sejam os líderes da vida pública. Enquanto que a elite merina e a capital Antananarivo tornaram-se predominantemente protestantes a evangelização católica era dirigida principalmente às massas camponesas e às regiões do litoral. Só o protestantismo foi capaz de preservar uma notável unidade com a Igreja de Jesus Cristo de Madagáscar em relação aos Anglicanos que preferiram conservar sua identidade. A vida interior da Igreja católica tem sido marcada por um firme e sólido progresso. O ano de 1900 em que havia 95000 batizados e 266000 catecúmenos foi seguido por um período de consolidação de tal modo que vinte anos mais tarde, havia 300 000 baptizados e 50 000 catecúmenos. Ao mesmo tempo que existia um número prometedor de vocações religiosas: as congregações freiras que admitiam noviças malgaxes e alguns seminaristas começaram a estudar filosofia. O primeiro Bispo em Malgaxe foi Ugandês de nome Kiwanuka e seu vicariato foi Monsenhor Ignace Ramaroandratana com a diocese em Miarinarivo com 12 padres e 300 fiéis. A Arquidiocese de Tenerife em Antananarivo havia sido confiada a um metropolitano malgaxe. O Arcebispo Jerome Rakotamalala que foi mais tarde elevado ao cardeal em 1969. A terceira sede metropolitano foi no norte do Antananarivo desde 1989 com o arcebispo Diego Suarez indigenisado em 1967com 12 dioceses das quais três eram assistidos pelos padres jesuítas e Salete. Portanto o clero malgaxe é proveniente na sua maioria de congregações religiosas e os jesuítas locais foram a mais antiga e segunda maior província da sociedade de Jesus em Africa. Há também excelente educação no importante Seminário Nacional de São Pedro gerido pelos jesuítas ao qual foi agregado em 1960 um instituto superior de teologia. Portanto a participação de Malgaxes nas sociedades missionárias foi sempre abundante tanto em freiras como em irmãos. Jovens que tinham a vocação religiosa juntaram-se aos irmãos professores dos quais os irmãos de La Sale tinham chegado a Madagáscar em 1866. Até ano 70 havia 54 comunidades de irmãs missionárias importadas na ilha e todas tinham membros malgaxes. Nas congregações mais antigas, estas irmãs locais constituíam a maioria. Em 1981 o seu total era de 1200 contra 1740 irmãs vindas do estrangeiro. O que dá a entender que a tentativa do Arcebispo razafirmahatratra de instituir uma congregação de irmãs mais genuinamente malgaxes teve pouco êxito. Toda esta situação mostrava que a chefia da Igreja católica em Malgaxe estava culturalmente orientada para França em contraste com os 12000 catequistas os quais eram na maior parte líderes das pequenas comunidades cristãs dispersas pelas zonas rurais. Até o ano de 1980 foi criada comissão do conselho das Igrejas cristãs em malgaxe: Igrejas Luteranas; Anglicana e Católica, com fins de diálogo Inter-religioso. Este conselho atualmente tem dito importantes reuniões sobre a situação das igrejas para influenciar os políticos do governo. A igreja católica, fiel aos valores positivos socialistas de justiça e solidariedade mas permanecer sozinha na defesa das escolhas privadas e do direito dos pais de escolherem a educação dos seus filhos.

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