NOVAS FORMAS DE INTERCEPÇÃO E CONTRA-GESTAÇÃO
São métodos que impedem o esperma masculino de penetrar no colo do útero e nas trompas da mulher, evitando que o espermatozóide vá se juntar ao óvulo fazendo um impedimento directo do surgimento do novo feto ou então impedem que o feto depois de se formar não se desenvolva.
O uso do preservativo está difundindo cada vez mais, sobretudo na camada jovem, porque além de evitar uma gravidez indesejada é também presumível protector contra doenças sexualmente transmissíveis. Existem de diversos tipos e qualidades: femininos ou masculinos, espessos ou finos, lubrificados com espermicidas ou não. Mas como qualquer outro método oferece suas fragilidades porque o risco de se romper é sempre eminente[1].
É uma espécie de preservativo feminino, é um pequeno aparelho de borracha oval, para colocar no fundo da vagina antes da relação sexual. Este funciona como uma barreira tapando o colo do útero e
impedindo que os espermatozóides penetrem nas trompas e no útero. Existem vários tipos de diafragmas, determinados pela borda da mola: de mola espiral e de mola plana ou em forma de arco. O uso de espermicida é sempre prescrito com o diafragma. À semelhança do preservativo também este oferece riscos. O uso prolongado do mesmo durante múltiplas relações sexuais aumenta o risco de infecções vaginais[2].
Pertence ao conjunto dos métodos anticoncepcionais orais. É um método hormonal moderno e efectivo para a contracepção pós-coito, muito usado nos últimos anos. A dose abortiva habitual é de 200mg, mas uma dose de apenas 10mg é eficaz para a contracepção de emergência. A mifepristona também é muito eficaz na indução da menstruação quando tomada no 27º dia do ciclo menstrual, bem após a janela de 72 a 120 horas que geralmente é considerada para a contracepção pós-coito. Ela não parece ter efeitos colaterais significativos, porém é preciso ter em conta que se trata de um método abortivo[3].
São métodos que impedem de forma definitiva a possibilidade de engravidar. Importa aqui referir que não se pode confundir a esterilização com a incapacidade sexual. As mulheres e os homens não sofrem modificação em seu comportamento ou desejo sexual. Mas é sempre bom ter a consciência de que a esterilização é algo definitivo e, portanto, algo que se faz depois de ter pensado muito e bem. A idade inferior a 30 anos no momento da esterilização, o divórcio e um novo casamento são previsões de arrependimento em relação à esterilização[6].
A Igreja aprova a prática da continência periódica correspondendo ao conselho pastoral de São Paulo aos coríntios (Cf. 1Cor 7,5). Neste caso, a continência periódica não deve representar uma fuga às responsabilidades, deve antes constituir-se expressão de responsabilidade e respeito pela união conjugal que é efectuada em toda a sua integridade. A continência periódica não é boa só enquanto impõe um sensível sacrifício, mas enquanto é sinal de respeito e de fidelidade à ordem estabelecida por Deus no exercício e na manifestação do amor conjugal. No entanto, a Igreja condenou outros métodos de regulação dos nascimentos, não porque em casos de verdadeira necessidade a regulem eficazmente, mas apenas porque profanam a integridade e a dignidade da união. «Os pais devem desejar ter tantos filhos quantos possam não só colocar no mundo, mas também alimentar e educar, tendo em conta os dons e as possibilidades com que Deus os dotou»[7].
Por outro lado, «a Igreja não considera ilícito o recurso aos meios terapêuticos, verdadeiramente necessários para curar doenças do organismo, ainda que daí venha a resultar um impedimento, mesmo previsto, à procriação, desde que tal impedimento não seja, por motivo nenhum, querido directamente» (Humanae vitae, 15). Enfim, «em qualquer circunstância a Igreja recomenda a intervenção da inteligência, numa obra que tão de perto associa a criatura racional com o seu Criador; mas, afirma também que isso se deve fazer respeitando sempre a ordem estabelecida por Deus» (Ibidem, 16).
[1]Jonathan S. BEREK, Tratado de ginecologia, Editora GuanabaranKoogan, Rio de Janeiro, 200814, 196-197.
[2]Ibidem, pp. 197-198.
[3]Ibidem, p. 218.
[4]Ibidem, p. 199.
[5]Jonathan S. BEREK, Op cit., 200.
[6]Ibidem, p. 219.
[7]HARING, Bernhard; Cinquenta perguntas cinquenta respostas, Edições Paulistas, Lisboa, 1966, 89.
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