segunda-feira, 22 de outubro de 2012

INTERCEPÇÃO E CONTRA-GESTAÇÃO

NOVAS FORMAS DE INTERCEPÇÃO E CONTRA-GESTAÇÃO
São métodos que impedem o esperma masculino de penetrar no colo do útero e nas trompas da mulher, evitando que o espermatozóide vá se juntar ao óvulo fazendo um impedimento directo do surgimento do novo feto ou então impedem que o feto depois de se formar não se desenvolva.

No século XVIII, preservativos feitos de intestinos de animais eram usados pela aristocracia da Europa, mas se tornariam disponíveis em grande escala com a vulcanização da borracha na década de 1840. Os preservativos modernos geralmente são feitos de látex, embora produtos feitos com intestino de animal ainda sejam vendidos. Actualmente existem preservativos feitos de outros materiais como o poliuretano ou elastómeros sintéticos.
O uso do preservativo está difundindo cada vez mais, sobretudo na camada jovem, porque além de evitar uma gravidez indesejada é também presumível protector contra doenças sexualmente transmissíveis. Existem de diversos tipos e qualidades: femininos ou masculinos, espessos ou finos, lubrificados com espermicidas ou não. Mas como qualquer outro método oferece suas fragilidades porque o risco de se romper é sempre eminente[1].

É uma espécie de preservativo feminino, é um pequeno aparelho de borracha oval, para colocar no fundo da vagina antes da relação sexual. Este funciona como uma barreira tapando o colo do útero e impedindo que os espermatozóides penetrem nas trompas e no útero. Existem vários tipos de diafragmas, determinados pela borda da mola: de mola espiral e de mola plana ou em forma de arco. O uso de espermicida é sempre prescrito com o diafragma. À semelhança do preservativo também este oferece riscos. O uso prolongado do mesmo durante múltiplas relações sexuais aumenta o risco de infecções vaginais[2].

Pertence ao conjunto dos métodos anticoncepcionais orais. É um método hormonal moderno e efectivo para a contracepção pós-coito, muito usado nos últimos anos. A dose abortiva habitual é de 200mg, mas uma dose de apenas 10mg é eficaz para a contracepção de emergência. A mifepristona também é muito eficaz na indução da menstruação quando tomada no 27º dia do ciclo menstrual, bem após a janela de 72 a 120 horas que geralmente é considerada para a contracepção pós-coito. Ela não parece ter efeitos colaterais significativos, porém é preciso ter em conta que se trata de um método abortivo[3].

É um pequeno aparelho, feito de cobre e plástico, que se coloca dentro do útero. Essa colocação é feita por um médico. O cobre tem a função de impedir a movimentação do espermatozóide dentro do corpo da mulher e consequentemente, o encontro do óvulo com o espermatozóide. Os dispositivos intra-uterinos causam a formação de espuma biológica na cavidade uterina, que contém filamentos de fibrina, células fagocíticas e enzimas proteolíticas. Todos os DIUs estimulam a formação de prostaglandinas no útero, compatível com a contracção e a inflamação do músculo liso[4]. O ambiente intra-uterino alterado interfere na passagem dos espermatozóides pelo útero impedindo a fertilização. Portanto, oferece riscos de infecção pélvica como é o caso da actinomicose, também riscos de uma gravidez ectópica isso porque as tubas uterinas estão menos protegidas que o útero[5].

São métodos que impedem de forma definitiva a possibilidade de engravidar. Importa aqui referir que não se pode confundir a esterilização com a incapacidade sexual. As mulheres e os homens não sofrem modificação em seu comportamento ou desejo sexual. Mas é sempre bom ter a consciência de que a esterilização é algo definitivo e, portanto, algo que se faz depois de ter pensado muito e bem. A idade inferior a 30 anos no momento da esterilização, o divórcio e um novo casamento são previsões de arrependimento em relação à esterilização[6].

A Igreja aprova a prática da continência periódica correspondendo ao conselho pastoral de São Paulo aos coríntios (Cf. 1Cor 7,5). Neste caso, a continência periódica não deve representar uma fuga às responsabilidades, deve antes constituir-se expressão de responsabilidade e respeito pela união conjugal que é efectuada em toda a sua integridade. A continência periódica não é boa só enquanto impõe um sensível sacrifício, mas enquanto é sinal de respeito e de fidelidade à ordem estabelecida por Deus no exercício e na manifestação do amor conjugal. No entanto, a Igreja condenou outros métodos de regulação dos nascimentos, não porque em casos de verdadeira necessidade a regulem eficazmente, mas apenas porque profanam a integridade e a dignidade da união. «Os pais devem desejar ter tantos filhos quantos possam não só colocar no mundo, mas também alimentar e educar, tendo em conta os dons e as possibilidades com que Deus os dotou»[7].
Por outro lado, «a Igreja não considera ilícito o recurso aos meios terapêuticos, verdadeiramente necessários para curar doenças do organismo, ainda que daí venha a resultar um impedimento, mesmo previsto, à procriação, desde que tal impedimento não seja, por motivo nenhum, querido directamente» (Humanae vitae, 15). Enfim, «em qualquer circunstância a Igreja recomenda a intervenção da inteligência, numa obra que tão de perto associa a criatura racional com o seu Criador; mas, afirma também que isso se deve fazer respeitando sempre a ordem estabelecida por Deus» (Ibidem, 16).


[1]Jonathan S. BEREK, Tratado de ginecologia, Editora GuanabaranKoogan, Rio de Janeiro, 200814, 196-197.
[2]Ibidem, pp. 197-198.
[3]Ibidem, p. 218.
[4]Ibidem, p. 199.
[5]Jonathan S. BEREK, Op cit., 200.
[6]Ibidem, p. 219.
[7]HARING, Bernhard; Cinquenta perguntas cinquenta respostas, Edições Paulistas, Lisboa, 1966, 89.

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