terça-feira, 23 de agosto de 2011

O PERDÃO DOS PECADOS

O perdão dos pecados: Deus rico em misericórdia
O pecado tem poder sobre o homem, temos inclinações para o pecado a causa da culpa original. Este poder apesar de ser bastante forte não é um poder absoluto. O pecador em qualquer momento da sua vida tem a possibilidade concreta de se converter e voltar a comunhão com o Pai. Esta possibilidade perpetua de conversão existe porque Deus ama sempre o homem também quando é infiel com uma vida cheias de faltas. Portanto o amor de Deus é que tem um poder absoluto sobre o homem: este nunca poderá acabar, em qualquer situação de pecado se encontra o homem, embora gravíssima, sempre existe a possibilidade de salvar-se arrependendo-se dos pecados.
O amor de Deus é infinito e se manifesta na sua misericórdia infinita. Para entender esta misericórdia um primeiro aspecto é evocado o termo hebraico REHEM (seio materno) que ao plural – RAHAMIM – significa vísceras. Este termo indica a ligação afectiva que intercorre entre a mãe e o filho, é a ternura cheia de amor que caracteriza normalmente os sentimentos maternos. Estes sentimentos tão viscerais  desembocam na compaixão e no perdão. A culpa do filho embora seja gravíssima não consegue a esgotar o amor profundo do Pai que esta sempre pronto a perdoar e a re-acolher o filho pródigo. A ternura amorosa de Deus é sempre criadora de novas possibilidades de vida e de aliança com Ele.
Um segundo aspecto da misericórdia de Deus é evocado do termo hebraico HESED que significa fidelidade de Deus a sua aliança. Com este termo se suppoe a existência de um pacto em que só um dos dois contraentes é que é capaz de confirmar os direitos e deveres tambem quando falta a fidelidade do outro parceiro. A benevolencia de Deus com o seu povo se  manifesta tambem nesta promesa de não eliminar a aliança apesar da reiterada infidelidade dos seus filhos que não cumprem com os proprios deveres.
Embora a misericordia de Deus é infinita mas os pecados do passado sempre produzem consequências que é necessario expiar e purificar. O pecado produz no pecador uma culpa e uma pena. Com o perdão (que se recebe só no caso de um sincero arrependimento) desaparece totalmente a culpa, o homem volta a ser inocente aos olhos de Deus, mas a pena fica para ser expiada. A culpa foi cancelada totalmente com o Sangue de Cristo na sua morte na cruz. A pena tem dois sentidos: colaborar com Cristo a satisfazer a justiça divina e de purificação do pecador. A pena  é cancelada com a penitência feita da o pecador arrependido. E sobre esta base é que se fundamenta a realidade do Purgatorio (cfr CIC 1030): é a purificação dos que morrem em amizade com Deus (foi perdoada a culpa e se tornaram inocentes) mas não ainda perfeitamente purificados dos pecados (não fizeram bastante penitência na terra).
As formas de penitência se alternaram ao longo dos secolos em diffrentes modalidaes. No AT, por exemplo, havia, entre as outras a pratica da imolação dos cordeiros para lavar as culpas do povo. No NT Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, que se imola pela salvação do mundo.
Jesus manifesta claramente a sua missão de salvar os pecadores e de ter vindo mesmo para curar os doentes e não para os justos. Em Mt 18, 21-35 (perdoar 70 vezes 7), mas tambem em todos os evangelhos onde se fala do perdão (ovelha perdida, filho prodigo etc.) esta conteuda toda a teologia da penitência que depois será desenvolvida na vida da Igreja. Portanto a Igreja realiza em si a praxe penitencial do proprio Jesus. Dentro desta praxe é necessario distinguir aquilo que é invariavel, que se for modificado se prejudica a fidelidade ao proprio Jesus, e aquilo que não é invariavel e que esta ligado aos differentes contestos historicos ao longo dos seculos.

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