terça-feira, 23 de agosto de 2011

A PRAXE PENITENCIAL NA HISTÓRIA

A praxe penitencial no seu desevolvimento historico
Sec. I-II
As fontes que nos falam da praxe penitencial dos primeiros dois seculos da vida da Igreja nùao sùao muitas. Temos a Carta de Clemente Romano aos Corintios (95 d.C.), a Carta de Policarpo de Smirne aos Filippenses (115) e o famoso testo Pastore de Erma (150). Fundamentalmente estes  falam de differentes tipos de pecados ( impurezas, embriaguez, adulterios). De particular gravidade é provocar divisoes dentro da Igreja.
O Pastor de Erma é particularmente importante pourque nos faz conhecer a praxe penitencial utilizada na Igreja de Roma nos primeiros secolos. A remissão dos pecados concedida aos adutos com a celebração do baptismo e considarada como um dom unico e irripetivel. Todavia é possivel e de facto acontece che alguns cometem uma culpa grave apos do baptismo. Deus offerece uma segunda e ultima poosibilidade de salvação. Apos do baptismo só se perdoa uma vez os pecados grave. Se peccar outra vez gravemente se fica fora da Igreja definitivamente. A penitencia não é reiteravel.

Sec. III-VI
As comunidades cristã do III sec. se encontram em um momento de alternância entre periodos de paz e de persecuçoes. Esta situação so acabará con o Editto de Milano do 313 com o qual a religião cristã é reconhecida ufficialmente dentro do Imperio Romano.
Neste periodo comença a aparecer os primeiros itinerarios organizados de aprendizagem da vita cristã, se estrutura de uma forma cada vez mais completa o caminho di catecumenato. O neofita nem sempre consegue perseverar na nova vida em Cristo e muito facilemente volta aos vicios antigos. Portanto as comunidades se perguntam como proceder com este pecadores. Se desevolvem principalmente duas formas: uma intransigente e dura que queria negar o perdão (Montano) outra mais moderada (Cipriano Cornelios).
A situação em Cartagena a conhecemos por meio dos escritos de Tertulliano, sobretudo De Paenitentia (203), em que se nota que o caminho penitencial ja era organizado nas suas partes fundamentais, tambem nas expressoes liturgicas. O ponto de partida é o acto exterior da confissão dos pecados em que o pecadore reconhece publicamente os pecados perante de Deus e da Igreja (exomologesi). Assim ele entra no grupo dos penitentes (ordo paenitentium) e comença o seu periodo penitência. A duração dependia da gravidade dos pecados e devia observar jejuns, fazer orações, o tambem oberservar interdictos (exclusão da assembleia, da comunhão eucaristica etc.) Ao fim do periodo da penitência, muito provavelmente com a imposição das maos do bispo, o penitente era readmitido a plena comunhão com Deus e a Igreja. Este itinerario penitencial não era reiteravel.     
Algumas informações da praxe penitencial do Oriente as recebemos da o documento Didascalia apostolorum (220\230. Neste escrito se convita o bispo a ser misericordio com os pecadores e de usar todos os meios para recuparar uma ovelha perdida, como o medico que antes de cortar um arto experimenta todas as possibilidades de o salvar.
Com a chegada da paz constantiniana (313) e com o incremento dos baptismos dos recem nascidos se consolida o processo penitencial que a Igreja reconhece como canonico. Esta penitência canonica tem em si elementos que ja encontramos na praxe penitencial de Cartagena, so que agora se desevolvem e se explicitam mais claramente.
O tres pontos que formam o sistema penitencial official da Igreja eram: o ingresso na penitência, esecução da penitência e a reconciliação. Esta era reservada para quem tinha pecado gravemente: idolatria, sacrilegio, adulterio, fornicação, omicidio, falso testemunho, e tambem pecados veniais acumulados em grande quantidade.  
O ingresso na penitência. É o bispo que toma o iniciativa de convitar alguem ad entrar na penitência. Deve tratar-se pecados publicos de uma certa gravidade. È sempre o bispo que avalia os pecados e decide o tipo de penitência e a sua duração Se alguem recusar de cumpri-la é excomungado. O acto de ingresso era de forma publica e com um rito liturgico no qual o penitente pede a penitência, aceita o juizo do bispo e aceita tambem o itinerario penitencial. Após isto o bispo impoe as maos, entrega o cilicio e o expelle simbolicamente da Igreja e o penitente entra assim no grupo dos penitentes.
A esecução da penitência. A duração dependia da o juizo do bispo e abandonar o itinerario penitencial era como apostatar e se era excomungados perpetuamente.
As obrigações penitenciais eram de varios tipos: jejuns, esmolas, cilicio, oraçôes, sepultar os defuntos, etc. A parte mais dura da penitência eran os interdictos que, de frequente, levavam os penitentes ad atrasar o ingresso no itinerario penitencial. Geralmente se esperava até o fim da vida. Os interdictos podiam ser temporais (acabavam com o fim da penitencia) o perpetuos continuavam até a morte, tambem depois da reconciliação. Eis aqui alguns exemplos de interdictos: proibição de exercitar empregos publicos o militares, de receber as ordens sagrados. Aos penitentes casados se podia pedir de viver a continencia matrimonial por toda a vida; ou aos viuvos o solteiros se podia dar a proibição perpetua de contrair o matrimonio!!
Por esta razão que a tendencia era de atrasar o mais possivel o ingresso na penitência canonica.
A reconcilição é o ponto de chegada de tudo o caminho penitencial. Se realizava por meio de uma celebração liturgica com a solenne imposição das maos do bispo. A este rito participa toda a comunidade e geralmente era feita nas Quintas Feiras Santas para poder permitir aos penitentes de´participar plenamente as celebrações pascais. Em alguns casos havia tambem uma oração de reconciliação dita pelo bispo. Com este rito acabavam todas as obrigações penitenciais, fora dos interdictos perpetuos, que como ja dizemos, deveriam continuar por toda a vida.

A penitência canonica entra em crise no fim do sec.VI. Quase ninguem pedia de entrar no itinerario penitencial por medo de receber interdictos perpetuos mas tambem pourque não era reiteravel, so se podia fazer uma vez na vida. No caso cair novamente nos pecados graves se era excomungados. Por esta razão tambem os sacerdotes não aconselhavam, sobretudo aos jovens de entrar na penitência  porque era muito facil uma recaida nos pecados. Melhor esperar o fim da vida.

Sec. VI-XII
Neste periodo historico se diffunde a penitência tarifada sob o influxo do monaquismo irlandês e escocês. Nas abadias ja existia uma forma de emendar-se daos pecados com uma confissão feita ao superior da comunidade ou a outro monge reconhecido como bem preparado nas questões espirituais. O principio fundamental desta forma de penitência é a corrispodencia quase matematica entre os pecados comitidos e a pena recebida. Existiam tambem manuais que a cada pecado assignavam a penitência corrispondente.  Por esta razão a confissão dos pecados devia ser bem pormenorizada para poder estabelecer com exactidão a pena relativa. Na confissão se devia tambem acusar-se dos pecados veniais (antes a penitência canonica era reservada so aos pecados graves). A grande vantagem da penitência tarifada era a repitibilidade. Ela oferece a garantia do perdão cada vez que o cristão pecava. Outro vantagem era o desaparecimento dos interdictos e tambem a sua realização concreta era muito mais simples em comparação da penitência canonica. O penitente agora se dirige ao sacerdote e não mais ao bispo. A absolução era automatica depois da satisfação da penitência.
Em volta dos sec. IX-X se desevolve uma nova modalidade de expiação dos pecados: as comutações. O sistema das tarifas muitas vezes causava a acumulação de penas muito grande e o penitente só podia cumpri-las por meio de comutações que concentravam em um tempo mais reduzido penitências mais intensas. Estas equivalencias eran contidas em forma extremamente precisa nos manuais das tarifas. Ou tambem se podia versar dinheiro a Igreja para celebrar missas, ou para ajudar os pobres ou para libertar os escravos. Este mecanismo se amplia até chegar a substituição da pessoa que cumpre a penitência. Se podia pagar um monge que fazia a penitência no lugar do pecador. Neste periodo tambem se diffunde o uso de pedir missas para o perdão dos pecados seja dos vivos que dos defuntos e se difundem as peregrinações penitenciais.
Temos que dizer que neste periodo a penitência canonica ainda continuava ad existir e era da responsabilidade do bispo, mentre a penitência tarifada era principalemte nas maos dos parocos.
No Pontifical romano-germanico (sec.X) ha a descrição de um rito para a penitência canonica e outro para a penitência tarifada. Este documento parece introduzir um outro elemento fundamental da reconciliação moderna: a absolução era data logo apos da confissão dos pecados e não apos da satisfação da pena como era antes. O principio que se introduz é que o pecador já no acusar-se em forma muito pormenorizada dos pecados com as perguntas do confessor era suficiente como penitência e por isso podia receber a absolução imediatamente apos a confissão dos pecados. Isto é a accusa dos pecados da ser o meio para estabelecer a penitência se torna o elemento que pode substituir a propria satisfação da pena. Aquilo que é mais importante não o cumprimento exterior das obras penitenciais mas o arrependimento sincero dos pecados, a contrição interior. As obras penitenciais depois completam o iter mas são sempre uma manifestação do arrependimento interior que é o unico que pode produzir o verdadeiro perdão das culpas dado em forma official da o sacerdote.

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