terça-feira, 25 de setembro de 2012

14 Enciclicas de João Paulo II

As 14 Enciclicas de João Paulo II: um condensado do seu Pontificado



Os 26 anos e meio de pontificado de João Paulo II estão condensados nas suas 14 enciclicas. A primeira foi a Redemptor hominis de 4 de Março de 1979, o texto programático do pontificado. Nela João Paulo II oferecia á comunidade dos batizados uma eclesiologia radicalmente centrada em Cristo. Daí que as suas reflexões assumam um significado ecuménico, fazendo suas algumas preocupações do Concilio Ecumenico Vaticano II: a colegialidade, o ecumenismo, a relação com as outras religiões, inserindo a liberdade religiosa no contexto da liberdade e dos direitos do homem.
Em 1980 é publicada a Dives in Misericórdia , sobre Deus pai misericordioso e em 1986 a Dominum et Vivificantem sobre o Espírito Santo.
Este primeiro núcleo de encíclicas diz respeito á Santíssima Trindade; segue-se um segundo sobre a doutrina social da Igreja e compreende a Laborem Exercens de 1981 ( 90 anos depois da Rerum Novarum de Leão XIII ); a Sollicitudo Rei Socialis, de 1988 e a Centesimus Annus de 1991.
A “Laborem Exercens” é dedicada ao significado do trabalho humano que nunca deve ser reduzido a mercadoria porque fundado sobre a dignidade da pessoa humana, a prioridade dos trabalhadores sobre o capital e a recusa do capitalismo e do colectivismo.
A” Sollicitudo Rei Socialis” é um convite a uma leitura teológica dos problemas modernos para fazer emergir e promover o carácter moral do desenvolvimento. O reforço dos mecanismos mundiais da solidariedade é o único remédio contra a pobreza e o terror que crescem no planeta.
Da ONU aos países não alinhados importa efectuar uma” reforma do sistema internacional do comercio que implique uma ordem monetária e financeira”.
A “ Centesimus Annus” é a encíclica do pós-comunismo para responder ao grande desafio da mudança de estruturas mundiais e a reavaliar o papel da solidariedade: por uma sociedade em que seja superada a injustiça e para que a actividade produtiva prossiga no respeito pela dignidade humana.
A Slavorum apostoli de 1985 é uma encíclica dedicada aos irmãos santos Cirilo e Metódio que levaram o Evangelho aos eslavos e que deram um contributo determinante para a formação das raízes comuns da Europa.
A Redemptoris Mater de 1987 é uma reflexão sobre o caminho de fé de N. S.ra, segundo as Escrituras e os documentos conciliares, a partir do Magnificat.
Com a Redemptoris Missio de 1990, 25 anos depois da conclusão do Concilio Ecuménico Vaticano II e da encíclica “Evangelii nuntiandi” de Paulo VI, João Paulo II reafirma a validade perene do mandato missionário da Igreja. A novidade consiste na ênfase dada ás novas Igrejas na missão junto dos nãos cristãos.
A Veritatis Splendor de 1993 sustenta a ideia que os cristãos têm o dever de seguir os ensinamentos morais da Igreja: para além das boas intenções e das consequências dos seus actos existem comportamentos objectivamente maus como a utilização de contraceptivos. A obediência aos mandamentos é a base indispensável de toda a convivência social respeitadora dos direitos humanos. João Paulo II toma posição depois de constatar que os critérios de juízo dos crentes se apresentam no âmbito de uma cultura amplamente descristianizada, ou mesmo em oposição aos ensinamentos do Evangelho.
A Evangelium Vitae de 1995 é um apelo mundial a uma nova cultura de vida que partindo de graves problemas morais como o aborto ou a eutanásia, a pena de morte ou a genética, chega a solicitar uma estratégia internacional na defesa da vida, um empenho que deve ser não apenas dos católicos, mas de cada pessoa de boa vontade. A encíclica postula a obediência de consciência contra leis imorais; distancia-se da pena de morte ( admitida teoricamente em casos de extrema necessidade); e renova a condenação radical ao aborto elencando uma lista de cúmplices da mulher: o parceiro, os médicos e os legisladores.
Na” Ut unum sint” de 1995 João Paulo II coloca atónica principal na procura da unidade que deve ser perseguida pelos cristãos. A todas as igrejas recorda o amor e o respeito pela Igreja de Roma e implora perdão por todos os males feitos. O Papa tem consciência de ser, por mandato de Deus, “sinal visível e garantia de unidade; mas também de constituir uma dificuldades para a maior parte dos outros cristãos, marcados por dolorosas recordações. Mas lelbra que se os bispos são legítimos porque sucessores dos apóstolos, aquele de Roma é sucessor de São Pedro que Jesus designou para guia da Igreja.
“Fides et Ratio de 1998 defende uma filosofia forte que não deixe de procurar respostas a perguntas autenticas. Uma exaltação da razão humana e das suas capacidades especulativas, capazes de tocar o Absoluto e de ser lugar de diálogo entre crentes e ateus.
Um trabalho de doze anos, esta encíclica condena varias correntes filosóficas convidando a filosofia a abandonar caminhos débeis e tornar á sua tarefa original.
A “Ecclesia de Eucaristhia ” de 2003 reafirma a centralidade deste sacramento. Denuncia abusos, como a intercomunhão e reitera que a eucaristia não é apenas uma recordação de um facto e uma operação de convívio mas um sacrifício que todos os dias se renova. Só o padre deve celebrar Missa e recitar a oração eucarística.. Para comunicar é preciso um estado de graça ( ou seja, ser confessado) excluindo, uma vez mais do sacramento os conviventes e os divorciados casados segunda vez.

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