A devoção moderna tratada por Tomas de
Kempis e uma viragem da história na Idade Média no referente a vivência
religiosa. Para fazer face a diversas vivencias que em parte não tinham
realidade entre os homens ou Irmãos de vida Comum, Tomás de Kempis escreve a Devoção
Moderna. Nesta obra como veremos, os homens sentiram-se interpelados, mudando o
seu estilo de vida aderindo-o. Tomás
mostra que a imitação, devoção a vivencia do amor eram sublimes que as
discussões místicas. Ao invés de passar a vida discutir eram necessário que se
imitasse a Cristo e se tivesse uma Devoção especial a qual devia se
materializar no amor e nas Escrituras.
1.DEVOÇÃO MODRNA
1.1 Definição dos
termos
a) Devoção
Vem do latim devovere, que significa oferecer consagrar. «É a disposição,
diligência para servir a Deus no louvor, no culto e na oração; o seu sentido
quase coincide com a piedade»[1].·
Teologicamente, a devoção é uma atitude espiritual e necessária a todos os
cristãos, visto que o fim primordial e último da vida é glorificar a Deus.
b)
Moderna
A modernização é um processo de mudança
social, pelo qual as chamadas sociedade tradicionais passam a ser chamadas
modernas. A modernidade é oposição ao que é clássico, tradicional tem gosto
pela novidade em diversos tempos sociais, como: político, religioso, cultural. Etc.
Tem como principais características: a secularização, mentalidade
técnico-científica, fé no progresso, consciência igualitária, tolerância e
mentalidade capitalista-burguesa»[2].
1.2.
A Devoção Moderna
A devoção moderna é uma corrente
espiritual de piedade cristã que surgiu em oposição à vida monástica de então e
às especulações místicas. Esta corrente surgiu em meados de século XV com objetivo
de inventar uma vida espiritual intensa. Teve como protagonista Greet Groote
(1340-1380), que s distinguiu pela eficácia das suas palavras e exemplo de vida,
contestando os privilégios de que gozavam os mosteiros na altura. A figura amais
célebre é de Tomás de Kempis, autor da obra “Imitação de Cristo”.
Muitos cristãos aderem-na e formam-se
pequenos grupos compostos por homens e mulheres, como é o caso de Catarina de
Siena (1347-1380) Insistiu muito na psicologia religiosa e como progredir na
vida espiritual cristã. As obras deste tempo propõem a prática de exercícios
espirituais. «É nessa época que começa a falar-se de Devoção Moderna, uma
corrente que e estendeu até século XV»[3].
Segundo Mirceia Eliade, o fundador desta corrente não se interessava pelas
especulações místicas. A devoção Moderna ostentava um cristianismo simples,
generoso, muito tolerante e que não s afastava da ortodoxia caótica. Convidava
os cristãos a meditarem nos mistérios da encarnação, a terem gosto pela
eucaristia em vez de perderem-se em discussões místicas.
Alguns autores consideram esta corrente como
a fonte das reformas humanistas, católicas protestantes. Steven Ozmnte dizia
que: «a sua principal realização é a renovação do monaquismo tradicional às
vésperas da reforma. A Devoção Moderna demonstrou o desejo de viver uma vida
comunitária simples, de abnegação, imitando a Cristo e os apóstolos»[4].
As principais características desta
corrente são:
·
Cristianismo prático,
tendo Cristo como o centro da vida espiritual e a busca da imitação
·
Oração, dando mais
ênfase ao exame de consciência.
«No século XVI, começa a desaparecer e
dá lugar a outros movimentos como a reforma protestante»[5].
2.
TOMÁS DE KEMPIS
2.1
Vida e obra
a)
Vida
Tomás de Kempis ou Thomas Haemerkerm,
nasceu na localidade de Kempterm, Renânia (Alemanha-Limburgo), na diocese de
Colónia. O ano do seu nascimento é discutido entre 1379 e 1380,mas muitos
preferem a primeira data. Morreu em 1441. Filho de John e d Gertrudes Haemrkem.
Fez os estudos primários em Deventer, em 1392, nos Irmãos de Vida em Comum,
onde aprendeu a arte de copista.
«Aos vinte anos, foi admitido como
noviço no mosteiro dos cónegos regrantes do monte de Santa Inês»[6].
Aqui professou e foi ordenado sacerdote agostiniano em 1431. Foi escolhido como
vice-prior do mosteiro e confiado como mestre de noviços. Homem de temperamento
tranquilo e místico, consagrou a sua vida ao apostolado, à oração, à composição
e cópias de livros espirituais. «Copiou numerosas obras antigas, depois
escreveu bibliografias, uma crónica de história religiosa, obras ascéticas e de
disciplina conventual»[7].
b)
Obras
É autor de muitas obras como: Hortullos rosarum (que escreveu aos seus
noviços; Decálogos Novitiorum (que
escreveu aos seus noviços); Solilóquios; Livros de três tabernáculos; Boas
palavras para ouvir e ler; Imitação de Cristo, a obra-prima do autor.
2.2.
Imitação de Cristo
a)
A Identidade do autor
Houve dificuldades em conhecer o autor da
obra. Uns atribuíam a um monge pelos dados de Irmãos de vida em Comum. Tudo
porque na Idade Média interessava-se somente o conteúdo da obra que o autor, e
como se lê: «Considera o que diz e não t preocupe de saber quem o disse»[8].
Com passar do tempo, atribuiu-se «a
Santo António de Lisboa, Inocêncio III, Henrique de Kalker»[9].
Santo Inácio de Loyola a atribuía a João Gerson. Posteriormente, foi atribuída
«a São Boaventura e S. Bernardo de Claraval, mas geralmente é atribuída a Tomás
de Kmpis, encontrando-se em Bruxelas o manuscrito pela mão datado de 1441»[10].
b)
Contexto e espírito com que foi escrita a obra
i)
Contexto
A espiritualidade alemã do século XIV
era muito abstrata e difícil de s compreender, perdendo-se em especulações
místicas. Era espiritualidade agarrada ao misticismo da época. No final do
século nasce uma espiritualidade mais afetiva, empírica não agarrada a um
sistema, que propunha dar conselhos práticos de vida cristã, mas do que
perder-se em discussões de mistérios de união mística. Expunha a sua doutrina
em máximas curtas, e carregadas de significado. Este foi o ambiente em que
surgiu a Devoção Moderna e a obra de Imitação de Cristo em que o autor escreve:
«de que aproveitam as altas discussões sobre a Trindade, se te falta a
humildade, e por isso desagradas a mesma Santíssima Trindade»[11].
ii)
Espírito com que foi escrita a obra
O livro está marcado pela sequela
Christi: «quem me segue não anda nas trevas» (Jo 8,12). Seguir Cristo é o
assunto principal da obra. O autor não propõe a imitação concreta da vida e
exemplo do Senhor, mas compenetrar o leitor do espírito de Cristo, dos seus
sentimentos, fazendo-o saborear a Sagrada Escritura e os exemplos dos santos.
Propõem ainda, o combate as exigências da natureza humana, para se deixar
imbuir dos sentimentos de Cristo.
«A pretensão fundamental de toda obra é
levar a natureza humana marcada pelo pecado, a submeter se à graça purificante
de Cristo, para se converter em nova criatura, ou num outro Cristo»[12].
O autor vive do desejo de Deus e expande esse desejo em toda. Está convencido,
intimamente, que o sentido profundo da vida só se pode encontrar no interior de
cada um.
c)
Divisão e conteúdo da obra
i)
Divisão
A imitação de Cristo está dividida em
quatros:
I. Avisos ou conselhos ou exortações úteis
para a vida espiritual
II. Conselhos ou exortações a vida
interior
III. Sobre a consolação interior
IV. Exortação à sagrada comunhão ou Santíssimo
sacramento
Os livros estão divididos em capítulos e
os capítulos em versículos. Possuem o mesmo estilo, mesma linguagem e
terminologia, com uma doutrina uniforme.
ii)
Conteúdo da obra
O autor não se interessa por seguir um
método sistemático e rigoroso para expor a sua doutrina. Propõe um caminho de
perfeição cristã que leva a união com Deus.
No primeiro livro, “Avisos úteis para a
vida espiritual”, exorta o homem a cultivar a liberdade interior que é a pista
humana e divina que Jesus traçou e os santos seguiram e que está aberto a todos
os homens pela graça de Deus. Nada valem as discussões sobre a trindade se não
fazemos a vontade de Deus, nem conhecer a Bíblia se não possuímos graça e o
amor de Deus e só a Ele servir, pois «a suma sabedoria consiste em caminhar
pelo desprezo do mundo, para o reino do céus»[13].
Tudo aquilo que desvia o homem da plena
verdade (Cristo), é vaidade. Apela a um seguro para chegar a Deus. Apresenta a
vida virtuosa não como autodomínio para vencer as paixões, mas como um modo de
viver segundo Cristo, conforme o evangelho, renunciando-se a si mesmo como
expressão de caridade, amor oblativo. Exorta aos religiosos que amem o silêncio
e a solidão, porque é no silêncio e no recolhimento que a alma progride e
apreende os segredos da Escritura. Os bens temporais nada valem ao homem
interior porque enchem de preocupações, bastando apenas a mediana que a abundância.
Diz o autor que «a vida sobre a terra é uma viradeira miséria […] e aflição
para o homem piedoso, que bem deseja ver-se desligado e livre de todo o pecado»[14].
Termina apelando a emenda fervorosa de toda a nossa vida percorrendo com fervor
o caminho da perfeição. E «duas coisas ajudam na perfeita emenda: afastar-se de
tudo que a natureza viciosa se inclina, e trabalhar com fervor por alcançar a
virtude de que mais necessitamos»[15].
O livro dois (2) fala dos “Conselhos
sobre a vida interior”, tem como ideia principal: alcançar a amizade divina. No
seu cômputo geral, fala da união com Cristo, a nossa sabedoria cristã e a liberdade
interior.
A união com Cristo nos coloca em
contacto íntimo com Deus. Não confiemos aos homens porque depressa mudam e
facilmente se desviam do verdadeiro caminho que nos une adeus, mas Cristo nos
assiste e permanece eternamente naquele que se une com Ele. «Ele visita
frequentemente, o homem interior, fala-lhe suavemente, consola-o deliciosamente,
concedendo-lhe paz abundante, e entretêm-se com Ele numa familiaridade
excessivamente maravilhosa»[16].
Vislumbra o puro amor daquele que se ocupa de Cristo: «Se uma vez entrassem bem
no interior de Jesus, saboreasses um pouco do seu ardente amor, nada te
importaria do que te agrada ou contrária, sentirias a mesma alegria comas
injúrias que recebes, porque o amor de Jesus leva o homem ao desprezo de si
mesmo»[17].
A sabedoria cristã diz que é pela
abnegação de si mesmo que o homem alcança a sabedoria. «Verdadeiro sábio é
aquele que avalia as coisas pelo que elas são e não pelo que delas se diz»[18].
A sabedoria cristã se exprime na prática das virtudes cristãs, desconhecidas da
sabedoria natural dos homens. O bom cristão não se escandaliza facilmente,
cultiva a simplicidade e a pureza.
A liberdade interior faz com que se
renda a Deus toda a sua glória. A renúncia não deve ser só interior mas de toda
a consolação humana e divina. «Os que amam a Jesus por Jesus, e não por alguma
consolação própria, tanto o bendizem nas tribulações e angústias interiores
como na abundância das consolações»[19].
Nos últimos capítulos vem bem vincada a necessidade da incorporação em Cristo
crucificado por meio da sua cruz: «não há outro caminho para a vida e para a
verdadeira paz interior senão o caminho da santa cruz e da mortificação»[20].
Este é caminho também para chegar a Deus, pois o sofrimento por amor de Cristo
é o que mais agrada a Deus neste mundo.
O terceiro livro tem o tema “sobre a
consolação interior”. Começa por elogiar a alma que escuta o Senhor e recebe as
palavras de consolação. Explica detalhadamente o amor e a graça. É uma espécie de
diálogo íntimo entre a alma com Cristo por meio da experiência vivida.
«Falai-me para a consolação da minha alma, emenda toda a minha vida, para
honra, louvor e glória eterna do vosso nome»[21].
Desvenda o caminho duma ascensão para Deus por meio do desprendimento penoso
dos laços de pecado e o abandono amoroso nas mãos de Deus.
O autor é um homem que tende para Deus
com todo seu ser, deseja ser admitido a contemplação da face de Deus, ao qual
anseia que esteja presente em tudo. A terra é algo pesada que sempre lhe coloca
frente a dificuldades que o corpo lhe proporciona. Por vezes, parece entrar em
crise, pois, a sua alma suspira por Deus, mas sente-se desviada por um mundo de
sensações a que dificilmente consegue resistir, mas não se perturba com que os
homens pensam dele. Ao suspirar a união com Deus, conhece a sua imaturidade
contemplativa e tem consciência das provas que deve passar para se purificar.
Mas tem confiança em Deus e abandona-se n´Ele. Necessita da graça de Deus para
vencer o mal. Diríamos que a regra de ouro deste livro é: «Quanto mais,
conseguires sair de ti mesmo, tanto mais te aproximarás de mim»[22].
O desprendimento total de nós leva à união com Cristo.
O quarto livro difere um pouco dos
primeiros três, logo à vista. Basta ver o título: “Exortação à Sagrada comunhão.”
Mas este constitui o fim último da obra, depois de percorrer o caminho da
perfeição, abnegação interior e o diálogo com Cristo, o discípulo se une ao
Cristo na Comunhão do Sacramento. Este sacramento central de fé é percebido
melhor pelo amor que nasceu no coração de Cristo.
No santíssimo sacramento, de fé firme,
esperança viva e verdadeira caridade, estão presentes os frutos de salvação.
«No santíssimo Sacramento do altar, estás todo presente, ó Cristo Jesus,
verdadeiro homem; e todas vezes que Vos recebem os dignam e devotamente,
recolhemos em abundância os frutos da salvação eterna»[23].
Neste sacramento, manifesta-se a grande bondade e caridade de Deus para com o
homem. A comunhão frequente faz alcançar a salvação e redenção, a fortaleza e
esperança, honra e glória. E quem comunga devotamente recebe muitas graças
divinas: «Muitas graças concedestes e concedeis ainda todos os dias neste
sacramento aos vossos predileto que comungam com fervor, ó meu Deus»[24].
Por meio deste sacramento, o sacerdote foi concedido, um poder que é o de consagrar
e tocar o sacramento antes da comunhão e se faça um exame de consciência com o
propósito de emenda.
Para receber a Cristo, é preciso que se
prepare com grande diligência, porque Ele é amigo da pureza e fonte de toda a
santidade. «Se queres que venha a ti, fique contigo, purifica-te do fermento
velho limpa a morada do teu coração»[25].
Uma alma verdadeiramente devota deve desejar com todo o coração unir-se sempre
a Cristo na comunhão do seu Corpo e Sangue. A alma de possuir um amor ardente
de desejo de receber a Cristo: Oh! Meu Deus, amor eterno, todo meu bem,
felicidade interminável! Desejo receber-vos com aquele veementíssimo desejo e
aquela perfeitíssima reverência, que algum dia sentiu, ou pode sentir algum dos
vossos santos»[26]. Não
existe uma maneira mais sublime de se unir a Cristo se não comungar todos os
dias a sagrada comunhão.
3.
APRECIAÇÃO
Depois de muito tempo em que a Igreja
estava perdida em discussões místicas, aparece a Devoção Moderna como espécie
de reviravolta e revolucionou a vida cristã, pois, muitos cristãos a aderira.
Nesta corrente espiritual destaca-se Tomás de Kempis com a sua obra Imitação de
Cristo, dando vigor a este movimento que era vivido pelos Irmãos de Vida em
Comum. A sua influência se estendeu até ao século XVI, sendo que Santo Inácio o
tinha como livro de cabeceira e sempre o lia para a sua meditação. Era
recomendado a muitos religiosos por causa da sua riqueza espiritual. A ideia
principal da obra é o seguimento de Cristo por meio da purificação, abnegação e
união com Ele na Sagrada Comunhão.
CONCLUSÃO
Constatámos no presente trabalho, que Tomás
de Kempis, era um homem propenso a reflexão, crítica e materialização dos aspetos
vitais em voga. Dai que afirmara ele que não valia a penas ter discussões
brilhantes sobre mística ou de Santíssima Trindade se não se sabe amar e não se
imita a Cristo nos seus passos. Dai que com a sua obra Tomás acaba sendo u m
grande modernista, tal como reformador da vivência cristã. Certamente a sua
obra vai ser despertadora dos sentimentos humanitários na realização da Palavra
de Deus e não soo em discussões. Com a mesma obra em partir a vida monacal observa
novos rumos e o Cristianismo vai reformar o seu pensamento e vivência quer os
católicos e quer os protestantes.
Bibliografia
FLORITAN C., J.J Tamayo, et all, Dicionário de Pastoral, Ed. Perpetuo
Socorro, Porto.
COMBY, Jean, Para ler a História da Igreja. Das Origens ao século XV, Ed.
Loyola, São Paulo, 20013.
Imitação
de Cristo, Livraria Apostolado da Imprensa, Porto
20007.
THIOLLIER, Marguerite-Marie, Dicionário da Religiões, Editorial Perpétuo Socorro, Porto.
WWW. Sophia. Ben-vindo.net. org/devoção
moderna. 18-o4-2011. 20:16.
[1] Floristam, J.J. Tamayo, et all, Dicionário de Pastoral, Ed. Perpétuo Socorro, Porto, p.175ª.
[2] Ibidem,p. 358ª.
[3] Comby,
Jean, Para ler a História da Igreja. Das
Origens ao século XV, Ed. Loyola, São Paulo, 20013 p.182.
[4] WWW.
Sophia. Ben-vindo.net. org/devoção moderna. 18-04-2011. 20:16.
[6] Imitação de Cristo, Livraria Apostolado
da Imprensa, Porto, 20007.
[7]
Thiollier, Marguerite-Marie, Dicionário
das Religiões, Editorial Perpétuo Socorro, Porto.
[8] Imitação de Cristo, I.c. 5,1
[10] C.
Floritan, J.J Tamayo, et all, Op cit, p. 175ª.
[11] Imitação de Cristo, I.c.1,3.
[12] Ibidem, p.18.
[13] Ibidem, I.C.1,3.
[14] Ibidem. C.12,2.
[16] Ibidem,II.c.1,1.
[17] Ibidem,II, c.11,7.
[18] Ibidem, II.c.1,7.
[19] Ibidem,I.c.11,2.
[20] Ibidem,II.C.12,2.
[21] Ibibem,III.c.2,3.
[22]
Ibidem,III:c.56,1.
[23]
Ibidem, IV. c, 3.
[24]
L.c.
[25]
Idem, IV.c.12, 1.
[26] Idem, IV.c. 17, 1.
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