10. PRINCÍPIOS DOCENTOLÓGICOS
Da autoria de Elleiannovichyy Osanzayya
Ao conjunto de
regras e leis que regem as boas maneiras
de ensino e aprendizagem, chamam-se os princípios docentológicos ou postulados
docentológicos. Estes porém visam regular o bom andamento e relacionamento
entre o docente e o discente em relação à aprendizagem e ao conhecimento
científico. Estes defendem que o estudante e o professor são pessoas humanas
sujeitas a certas realidades compatíveis ou incompatíveis ao conhecimento.
Em docentologia
o discente e docente, completam-se no saber independentemente de existir a
diferença em termos de formação e informação científica. Os postulados
docentológicos estão divididos em vários campos de acção académica e em geral.
Os campos distinguem-se: a docência e a discência, o docente e discente, o
intelecto e o destino do estudante, a moral académica e o tempo de estudo, a
ética e a existência do homem no tempo e no espaço.
Sendo como grau
estudantil, trata da expressividade humana sobre a compatibilidade e
incompatibilidade académica. Estes campos têm como função trazer o melhoramento
do percurso dos costumes de ensino e aprendizagem. Na mesma ordem direccionam
os discentes a um rumo viável para a perfeição académica.
Neste sentido a
docentologia, nos seus princípios procura porém, mostrar as exigências dos
quais o aluno e o professor têm por cumprir ao longo de uma carreira formativa
e académica. Nas mesmas razões cabe ao docente saber avaliar e reavaliar o
percurso do discente em todas as vertentes, no sentido de levá-lo ao progresso
viável.
A matéria, a
ciência, o docente, não devem ser motivos de retrocesso do aluno, antes porém,
talvez a presença limitada ao longo das aulas ou das investigações nos locais
marcados pelo docente ou pela instituição do ensino. Em docentologia seria
vedado ao progresso aquele que desistisse antes do longo percurso nos estudos.
10.1. Princípio de imensurabilidade
académica
A docentologia
defende que o progresso qualitativo e quantitativo do discente depende do
próprio discente. No entanto o progresso depende da dedicação e envolvimento
nos estudos.
Certamente é
vulgar ouvir falar ou praticar teses comparativas quanto ao avanço ou atraso
académico. Espera-se que não haja algo de novidade. Pois bem que no quotidiano
estudantil existem tendências de somar vantagens com atitudes de comparações.
Isto é, procura-se encontrar o vazio académico alheio para se achar ou se
elevar a perfeição à alguém que se tem pensado ser virtual. Então é neste caso
onde a docentologia procura intervir e agir com ética fazendo conhecer simples
valores do ser estudante.
Para reconhecer
que se é académico, não precisa comparar o vazio do cheio dos dois elementos,
não precisa de reparar a nota elevada e a baixa dos dois estudantes. Não
precisa de comparar o discurso de um e de outro, nem precisa de reparar a
caligrafia deste e aquele, não basta; não basta criar elogios e panegírios de
quem se acha ser melhor; basta reparar com exactidão de si próprio quanto ao
fruto das suas mãos e obras, particulares, pode-se conhecer o valor dos dois.
Não é porém a
extensão nem a elevação das notas que determina a virtude académica mas é o
fruto das mão em termos de obras feitas. Felizmente, a capacidade do bem fazer
algo é que determina a virtude de perfeição do aluno.
Certamente, que
comparar a virtude de um estudante ou aluno com o seu homólogo é uma ilusão
pois que é possível que um tenha algo diferente com o outro. E é bem sabido que
a virtude não se determina pelo vazio alheio. Mas é pela capacidade de saber
transformar e criar algo benéfico que contribua para avanço pessoal ou social.
É assim que se nota a perfeição académica.
A visão
intelectual de um estudante deve ser uma dimensão para outro um progresso. Mas
o mesmo não deve constituir de algum modo motivo de avanço. Isto porque o vazio
é próprio do estudante e o avanço não impede a expressão das aspirações
alheias.
10.1.1. Singularidade académica
Na linha de
aprendizagem cada estudante é um ser único e irrepetível quer na personalidade
quer na sua maneira de agir bem como seja na aplicação do saber. O estudante é
o príncipe e rei do seu mundo intelectual e académico. Ele tende a usar de
expressão enquanto for uma personalidade de carácter universal. Mas só fica
vedado de retirar os seus princípios ao mundo alheio no mesmo pode simplesmente
partilhar a sua visão académica.
A beleza de ser
estudante consiste em acreditar e aceitar diversamente a realidade que se vive
procurando dar resposta aos factos referentes à própria vida. O ser académico
não se faz pela actualização de dados alheios mas de dados próprios
correspondentes a vida geral.
É viável e
necessário que cesse hábito das comparações académicas quer no avanço quer no
retrocesso. Em docentologia cada académico, discente ou aprendiz é avançado e
atrasado de acordo com o seu dever académico. O avanço do discente encontra-se
na medida em que lhe são colocadas metas a alcançar ao longo dos seus estudos.
Se porventura for adiantado, é
seguramente adiantado na sua própria originalidade sobre os factos e não em
comparação ao colega.
Para o estudante
descobrir o que está em alto progresso, basta comparar-se simplesmente com a
sua realidade nos seus factos científicos. Não precisa procurar a ruína dos
outros colegas para se sentir realizado. A academia não se faz pelas
comparações e nem pela refutação de dados alheios mas aceitando as realidades
de ambas partes encarando-as a sério.
10.1.2. Fundamentos
Os enamorados na
sabedoria devem ser imunes das comparações aceitando as realidades em voga.
Somente com esta maneira de agir quanto a procura incessante de saber é que o
discente ou académico alcançará a perfeição. O discente deve também aceitar
activamente as diferenças mesmo sem quere-las.
Aquele que
procura o saber deve preocupar-se mais com a realidade e a verdade dos factos,
a comparação residiria somente na procura da diversidade e diferença da
personalidade académica. Em docentologia não se precisa a cegueira académica
alheia para se sentir realizado quer em sabedoria quer na inteligência. Nisto
conclui-se que não existe um estudante melhor que o outro em termos de avanço
quer na academia quer na inteligência. Cada estudante é melhor na dimensão da
qual é competente. A diferença de dados em academias não pode constituir motivo
de controvérsias na convivência académica e no apuramento intelectual.
O estudante é um
ser com natureza própria da qual lhe permite a sua expressão e existência
autêntica. No entanto, está sujeito a
uma busca de realização pessoal e incomparável a todos os níveis. Urge
compreender melhor a virtude da singularidade estudantil para melhor
compreender os factos pessoais. Em termos de singularidade académica todo o
estudante é primo e uno no seu sector académico. No entanto, não
está obrigado a universalizar o que é de carácter pessoal. Cada estudante é
singular. Não se frustre passando a vida a comparar as pautas da escola.
10.1.3. Ilustração do princípio de
imensurabilidade académica
10.1.3.1. Não comparação
Docente-Docente
Retrata o
aspecto de não comparação entre docente ou agente de alta categoria ao nível de
ensino frente aos seus colegas e frente aos seus discentes. Não se deve
comparar um professor com outro pois cada professor tem a sua natureza de ser e
por causa disso mesmo tem o valor da singularidade. Nisto comparar os docentes
entre si é mesmo que desvirtuá-los nas suas próprias qualidades.
Cada docente é
equivalente e igual a si mesmo independentemente de ser hábil ou não. Este
princípio recomenda e ilustra o respeito e a honra ao docente. Em docentologia
não existem os mais lúcidos, mas se caso existir consistirá em conviver
energicamente a sua autenticidade de serviço no campo docentológico.
Tese
Em docentologia
cada docente usa de valor singular e próprio que faz procurar a virtude da
originalidade da qual aborda mas em vários capítulos. Independentemente do
currículo, posição do valor, informação académica, posição social ou mesmo expressão
científica, cada docente é o príncipe da docência e rei detentor da conduta do
saber. A ele a docentologia deposita a sua confiança nos serviços que são
indigitados ao nível do ministério bem como do estudo.
No entanto, só
cabe à entidades ministeriais tomarem um novo destino dos docentes salvo erro
para casos de carácter miscelanesco ou familiar. Carácter miscelanesco (vide no
código docentológico - miscelânea). Fundamenta-se sobretudo o respeito a honra
e a dignidade do docente quer na sua missão quer na sociedade civil e quer na
sua autenticidade em termos de personalidade científica.
Nenhum professor
deve ser sujeito a uma atrelagem científica e muito mais profissional aos seus
contemporâneos excepto no programa do qual se deve cumprir no ministério ou
estudo. O docente é uma personalidade própria quer quando pessoa civil quer
quando pessoa académica.
10.1.3.2. Não comparação Docente
– Discente
Fundamenta-se o
princípio de não comparação entre as qualidades do aluno e com o professor.
Neste caso, o professor tende sempre a ser um guião do estudante
independentemente de existir ou não um rumo a definir. O docente é sempre
condutor do discente, mas ele não é detentor de tudo que se refere ao saber.
Tese
Em docentologia
ninguém é produtor do saber, mas existe aquele que é direccionador (docente).
Ele porém direcciona o saber ao discente. Consequentemente não existe a quem se
chame menor ou maior. O docente é um ser informado e formado que tem como
missão formar o aluno. Nestas condições ele não sabe mais do que o aluno mas é
alguém com capacidades lúcidas para guiar o estudante. Não se pode comparar o
nível relativo do avanço científico entre o docente e o discente mesmo que
esteja mais avançado ou o contrário disto.
Quanto aos
factos por difundir em matéria de estudo ou de ciência, o docente nunca
deixaria de ser mestre. O mestre tende a guiar os seus aprendizes ou mesmo
mestrandos num computo geral. Por mais que haja maior avanço científico, o
mestre ou professor nunca jamais poderá perder o seu lugar de mestre e a
docência. O docente é sempre o caminho para a docência. Ele tem a posse de em
qualquer momento dar visões ao seu discente quer pela realidade científica quer
pela realidade social.
Mas, é de anotar
que o aluno não é simplesmente um quadro a pintar, nem um cântaro a moldar. Ele
tem as suas virtudes das quais ele mesmo é príncipe e rei. Nestas condições
prova-se a autonomia-docentológica na qual o aluno tem visão própria do
conhecimento a partir de dados usados e investigados. Na autonomia
docentológica trata-se mais da faculdade ou capacidade que o estudante tem
sobre o saber das coisas sem intervenção externa. Em termos de inteligência
inata ou mesmo de experiências pessoais de alguns alunos já é verdade a
inferioridade do docente isto porque o docente pode não estar em altura de
justificar e clarificar um saber inato. Pois, o docente parte de um
conhecimento coligido o qual é matéria de seu estudo de acordo com o Ministério
ou Estado.
1.3.1.4. Não comparação Discente
– Discente
Em docentologia
compreende-se o princípio de não comparação discente-discente quando se quer
abordar a questão académica quer nos mesmos cursos quer em cursos diferentes. A
virtude de um estudante não se prova pela comparação com um outro estudante mas
sim pelo trabalho desenvolvido em função da experiência escolar. A cegueira de
um aluno não deve ser comparada com a visão de um outro aluno. Sim daqui
continua-se com o princípio de singularidade académica. Cada virtude e defeito
corresponde ao ponto positivo e negativo do próprio estudante, de modo igual
não deve constituir de influência negativa para um outro estudante,
independentemente de ter ou não qualidades iguais ou diferentes, superiores ou
baixas a outrem.
Na docentologia
cada aluno é o que é, independentemente de ter ou não altas potencialidades
intelectuais. Em termos de pertinência de classe, gozo e direito docentológico
tendem a ser iguais. No entanto, é a mesma lei que guia os estudantes. Mas
quanto à potencialidade intelectual é melhor e viável aceitar que os alunos são
diferentes quer na academia quer na sua maneira de raciocinar.
Cada discente é
um talento na sociedade da qual vive, independentemente de ser baixo ou alto em
termos de nível académico. O estudante no seu mundo é personalidade prima e una
e goza de renome próprio e original. Por mais de que um outro aluno seja
pressuposto inteligente ou avançado ao nível intelectual ele não é capaz de
substituir o seu semelhante. Razão pela qual diz-se que cada estudante é pessoa
singular. A comparação académica para um elogio ou promoção é o próprio da
frustração intelectual. Nem sempre que se comparam as personalidades académicas
chega-se em plena segurança intelectual ou científica.
Em termos de
comparação discente- discente, é melhor notar que cada discente é igual e
equivalente a si mesmo. E não existe outra possibilidade dentro dele mesmo. Mas
quanto a outrem nota-se mais a diferença que vincula a beleza da diversidade
dos dois. Aquilo que constitui o vazio de um pode ser um cheio para outrem. Ainda
pode ser que um e outro estejam inclinados em diferentes vertentes do saber. O
estudante tem o valor singular em todos os aspectos que sem ele não existem.
10.2.
PRINCÍPIO DE NÃO IMPUTABILIDADE SAPIENCIAL
10.2.1. Auto-estima
É
necessariamente a capacidade de avaliar-se nos actos e nos procedimentos para
melhor tirar o proveito da auto-estima. Consiste em valorizar-se a si mesmo
sobre as coisas que a pessoa faz por livre vontade.
Auto-estima é a
virtude pela qual a pessoa consegue dar-se moral e força, sentindo com gosto a
causa da sua existência. Estima seria como gémea da moral. É frequente dizer-se
por exemplo: eu passei de classe porque sabia; pois que eu sou inteligente e
trabalho muito e muito bem.
Auto-estima pela
habilidade de saber estimula um bom crescimento na academia e também na virtude
do conhecimento. Na mesma linha, ensina-se o estudante a se aplicar e a
valorizar os seus trabalhos. Nestas condições, o que estuda deve-se aplicar no
máximo possível deixando-se criar na humildade sapiencial. Esta consiste em
dedicar-se sentindo-se alguém que pouco sabe
com objectivo de saber mais. Ser humilde não quer dizer fazer-se de um
ignorante mas é saber entrar ou envolver-se na sabedoria sem agressão psicológica.
As capacidades
de demonstrar aquilo que se sabe em termos de academia ou sabedoria chamam
auto-estima sapiencial. Em docentologia não existe orgulho académico mas sim
auto-estima. O estudante deve estimar-se ao nível do saber de acordo com a sua
aplicabilidade sapiencial. A procura de saber é uma necessidade primordial e
passa a ser necessariamente uma virtude na medida em que a dedicação é maior ao
estudo.
Quanto maior for
a procura do saber, maior será o grau de reflexão e produção sapiencial. O
estudante deve aprender necessariamente a virtude da auto-estima. Pois, é
estimando-se que se torna possível enfrentar a ciência com autonomia no saber.
Ser estudante é
uma das profissões que exige maior empenho e sinceridade. O ofício de ser
estudante consiste em procurar e aplicar-se ao saber. O estudante enquanto
aderente ao saber deve:
·
Estimar-se acreditando que é capaz na sua carreira;
·
Saber descobrir os inimigos da sua carreira de estudo;
·
Descobrir os adversários da sua aprendizagem;
·
Procurar meios de minorar as dificuldades;
·
Reconhecer-se como um ser de dignidade académica;
·
Aprender a honrar-se pelas qualidades;
·
Aceitar os seus pontos fracos e superá-los;
·
Lidar-se bem com os colegas;
·
Saber expor as dificuldades perante aos colegas;
·
Ser dialógico entre os colegas;
·
Aplicar-se com dedicação nos estudos;
·
Criar trabalhos originais de carácter extra-escolar;
·
Participar nas actividades da escola;
·
Contribuir vivamente nos encontros de grupo;
·
Mostrar interesse nos estudos;
·
Dialogar na sala em caso de aulas;
·
Compartilhar ou explicar algo ao colega;
·
Aceitar com delicadeza o pedido de ajuda do colega;
·
Chegar sempre cedo nas reuniões marcadas;
·
Ser um instrumento de convívio colegial;
·
Promover os colegas mais débeis;
·
Procurar formar-se sempre;
·
Enfrentar com coragem e ânimo as ambições académicas.
Enfim, a
auto-estima sumariza-se mais na auto-formação no saber. É realmente a chamada
virtude da autonomia sapiencial na qual o discente aprende a defender com êxito
o seu próprio pensamento. O aluno que tem a arte de auto-estima não tem o medo
de cair no erro académico quer formal quer material pois que tem bases para
defender. No entanto, sabe melhor enfrentar com originalidade as suas ideias
académicas e visões sobre o mundo.
Até certo ponto,
auto-estima torna-se abuso, na medida em que vai sendo propaganda,
exageradamente, criará desavença na convivência social. Pois que enquanto se
resumir num título honorário, seguramente tende a destruir aquilo que se chama
carácter social. Auto-estima está para dar estímulo ou coragem ao estudante para
não cair em desanimo nos factos desagradáveis.
É, portanto, uma
auto-defesa em relação àqueles que atentam a sua personalidade académica, a
honra, a dignidade tanto como o prestígio académico. Auto-estima é como casaco
que delimita o frio em tempos de névoa.
Nisto é
necessário frisar que a qualidade do estudante depende dele mesmo. No entanto,
não deve esperar que seja estimado ou elogiado para que consiga levantar-se
para uma batalha de academia. Pois que a autonomia académica consiste em saber
valorizar-se, realizar as suas intenções levando-as avante e confirmando-as no
dia a dia.
Ainda em termos
de estima académica exige-se mais a humildade, pois que se essa auto-estima for
tão orgulhosa ou vaidosa acabará rompendo a convivência entre académicos. Urge
porém ser humilde, prudente, generoso e ponderado para melhor enquadrar-se na
linha dos outros académicos ou colegas.
Pode acontecer
que haja quem não goste que quando alguém se estima, isto é algo natural dos
homens. Pois que nem são todos que sabem e conseguem realizar os seus próprios
êxitos e muito mais os êxitos alheios. Ser estimão nasce necessariamente pela
capacidade de programação de um sonho e de um carisma na linha do saber. A quem
procura o saber decisivamente, certamente quando alcança os passos das metas
pelas quais desejava alcançar torna-se virilmente feliz.
10.3. PRINCÍPIO DE NÃO PRESCIÊNCIA
ACADÉMICA
Ao conjunto de
atitudes, hábitos e preconceitos ao nível do saber antes das investigações e
comparações dos factos chama-se presciência. A presciência em si é um
hábito de espírito completivista ao nível do saber no sentido de julgar-se
sábio alguém. Presciência é espírito ou atitude da qual se toma conhecimento
antes de ter investigação ou comprovação dos objectos em causa.
Hábito equivalente
a este tem sufocado muitos estudantes e docentes alegando serem muito
informados. Mas na realidade a formação e a informação académica muda de
extremo para extremo, de um dia para o outro. O saber de ontem pode hoje ser
uma teoria ultrapassada da qual o homem deve procurar a outra para se
completar.
No entanto, a
docentologia define o princípio de não presciência quer no tratamento do
docente – discente quer na docência. Isto referente nos processos de ensino e
aprendizagem. Na medida em que o aluno vai aprendendo algo rapidamente, deve
anotar certos factos os quais marcam os temas pré-estudados.
Tese
No processo de
docência, a docentologia recomenda que o docente quando se encaminha no rumo do
ensino e aprendizagem não deve ter preconceitos de que sabe mais do que o
aluno. Neste caso também não deve julgar-se tão conhecedor daquilo que sempre
ensina. Tudo isto porque cada dia que passa a ciência evolui e muda de
conceitos e teses de defesa. Mas o docente deve ensinar com firmeza e
segurança. Antes porém precisa de aceitar as intervenções que advierem ao longo
das suas exposições de ensino e aprendizagem em caso de académicos.
A presciência é
negativa quando o docente ou discente julga-se conhecedor de tudo quanto é
cedido para aprender ou ensinar. No entanto, nessa linha não aceita advertência
e nem intervenções referentes a algo que possa ser errado. Entrementes, a
presciência é positiva quando o docente sabe os fracassos do aluno acreditando
que este possa melhor com certos exercícios. Ao discente é positiva quando
tende calcular os possíveis incidentes dos seus estudos ou conhecendo a reacção
do docente.
Independentemente
do docente ter muitos anos de serviço e tanta experiência não deve mergulhar-se
na presciência mas sim na ciência. Apesar de ter encontrado vários dados
escritos ou materiais acerca de certo tipo de alunos não deve concluir-se que
todos os alunos terão mesmas perspectivas tal como sucedeu.
Diz-se no
entanto que a ciência e o homem são dinâmicas de tempo para tempo e varia de
local para local, porém pode mudar.
O ofício de ser
docente ou mestre consiste em desenvolver o conhecimento duma forma contínua
procurando as contradições e possíveis soluções do mesmo. O docente deve no
entanto procurar cada vez mais descobrir novas metas do ensino e de aquisição
do saber. Não deve acontecer que tenha o mesmo conceito de ciência para todos
os tempos. É viável que procure e investigue mais.
Em termos
lógicos de docentologia, o docente deve esperar um bom aproveitamento
pedagógico dos seus discentes. Não deve acontecer que tenha um espírito de
desprezo e desespero académico, por motivos de um aluno mostrar-se débil. Ao
docente cabe a responsabilidade de criar meios suficientes para que o estudante
entenda e contribua a matéria de estudo.
Em termos docentológicos
o aluno também está sujeito a aderir incondicionalmente as teorias colocadas
pelo docente. Isto independentemente de querer ou não da disciplina que estuda.
O docente não está para ser querido mas sim para ser respeitado e seguido nos
seus exemplos. Por mais que o discente não goste da disciplina ou do docente,
se quer aprender é melhor votar a favor. E de princípio não deve imaginar num
aluno ou num professor mau. O viável de tudo é contar sempre que está com um
docente melhor e capaz de esclarecer e ensinar. Enquanto assim o discente
proceder facilmente conhecer-se-á na aprendizagem e descobrirá quem é o
professor e o que quer transmitir nas suas aulas.
O que aprende
algo deve naturalmente valorizar de acordo com a razão que lhe estimula. Estimar-se
não é mesmo que gabar-se ou orgulhar ou humilhar os outros em detrimento do
vazio que têm. Mas é seguramente dar valor aquilo que do próprio autor existe.
A estima não é orgulho nenhum.
10.3.1. Perspectiva geral
A presciência
académica cria consigo o conformismo na área de aprendizagem. Ainda também pode
criar desinformação na área de docência. Tudo isto tende a criar um ambiente de
ignorância ou impenetrabilidade gnosiológica quer no docente assim como no
discente.
10.3.2. Perspectiva negativa
Naturalmente é
notório quando ao estudante ou mestre tende a considerar-se o único detentor de
respostas certas ou ortologo (aquele que fala coisas certas sem errar) na
sabedoria. Isto porém rompe o contacto entre os estudantes ou interlocutores.
Faz no entanto, com que os outros não tenham espaço suficiente para se
expressarem, age alegando aos outros de lado são inferiores ao saber.
Tende a ser
negativo quando o próprio estudante resigna-se no saber deixando seu lugar aos
outros. Deixa ainda os seus colegas como regentes do seu destino académico, ou
ainda espera que os outros lhe estimem. Isto não deve acontecer com alunos
dedicados aos estudos. Em termos de auto-estima, para o aluno encontrar
realização suficiente deve envolver-se no estudo. Independentemente de
sentir-se fraco ou forte nos estudos deve acreditar que é capaz de ser um
admirável académico. Ainda tem mais tempo para preparar-se a nível académico.
Quanto mais o estudante sente-se fraco, maior é a capacidade de empenho e
envolvimento nos estudos. Quando o aluno sabe que é fraco em certas
especialidades, o melhor não é resignar-se mas é, no entanto, arrumar forças
para vencer o obstáculo nos estudos.
Segundo os
princípios docentológicos não existe um estudante que não sabe algo. Todo aluno
tem capacidades e potencialidades para mudar o seu destino nefasto em termos
académicos. Na verdade o futuro realizável do estudante depende de si mesmo. O
futuro do estudante está nas mãos do próprio. O emprego cultiva-se durante o
período de aprendizagem nas coisas aperfeiçoadas.
10.3.2.1. Na docência
Este ocorre mais
no momento do ensino no qual o docente tende a conformar-se com aquilo que
aprendeu nos anos passados. Trata-se porém de um docente que por vezes tende a
descuidar-se na organização do material de docência (material de ensino,
apontamentos e textos de apoios) durante vários anos.
O docente deve
mudar de vez por ano ou sempre que possível os seus apontamentos. A necessidade
de mudança e renovação dos apontamentos é viável em todos os anos. Urge
compreender que a virtude de ser docente consiste em procurar o saber para
melhor fundamentar a ciência em difusão. O docente é o maior difusor do saber.
No entanto, procura sempre o saber para melhor informação e formação do
discente. Evita-se portanto o hábito de permanência sapiencial atitude da qual
a pessoa sente-se capaz em tudo em termos de saber. O viável é o sempre mostrar
questões e investigações suficientes à margem do saber. Para um docente ou
mestre a busca do saber é algo que deve ser incessante nele. Entre as
bibliotecas mais ricas e móveis do mundo académico, o primeiro classificado é o
docente e a seguir os grandes investigadores e estudiosos.
Ao invés de ser
paciente, contar que tudo sabe o melhor é tomar a humildade académica numa insatisfação
que leve a uma busca infinita do saber e do domínio da ciência. O docente deve
esperar sempre nomes, invenções de técnicas e de ciências, da literatura e da
arte. Todos estes factores fazem com que o mestre não fique de lado quando ao
desenvolvimento e avanço do mundo em geral. É melhor notar que se um mestre não
procura informar-se pode ficar antiquado num mundo de discentes modernos; por
conseguinte pondo em desuso a sua missão.
10.3.4. ATITUDES
EXTRA-PRESCIÊNCIA DO DOCENTE
O docente deve
porém escutar atentamente as intervenções do estudante sem se sentir reduzido
no seu lugar. A respeito da presciência, há vezes que certos docentes ou
discentes que quando fazem uma primeira avaliação de qualquer natureza passam a
valorizar os alunos de acordo com as primeiras notas. Atitude igual a essa é
notória nas aberturas do ano Lectivo logo a primeira avaliação. No entanto, a
partir do primeiro resultado de avaliação o docente deve descobrir onde está o
problema de compreensão dos seus discentes. Se porventura depois de avaliar
notar que o maior número está beneficiado, não deve julgar que cumpriu a sua
tarefa. A tarefa a seguir do docente é a de reavaliar o restante número de
alunos que teve insucessos até que recuperem. Com este exercício há probabilidade
de notar que haja um discente realmente fraco é difícil.
A missão
docentológica consiste em encaminhar os mais inteligentes e os restantes
precisam de um acompanhamento muito particular até que encontrem a realização
possível. Pois que nenhum discente já terá saído de casa para escola ou
universidade para um insucesso. Tanto como o discente deve procurar o máximo
possível de descobrir o seu fracasso intelectual. Neste processo é de frisar
que o retrocesso e avanço do discente na perspectiva intelectual depende do
próprio discente. Ao insucesso do discente não lhe é atribuída culpa a nenhum
dos discentes pois que tem boas notas deve transmitir de acordo com o
regulamento da Instituição Escolar. Urge porém compreender que nem o primeiro
resultado nem o segundo não chegam ao ponto de trazer a imagem real de um
discente. Seja como for, a soma de tudo pode criar uma leitura temporal mas não
permanente.
10.3.4.1. Deveres
Em docentologia perante as aulas o
docente deve:
¨
Leccionar a tempo e hora para deixar o espaço suficiente para que os seus
discentes exponham questões;
¨
Explicar a matéria dada durante a aula referente ao dia;
¨
Mostrar-se amigo ou acolhedor dos direitos;
¨
Esclarecer as dúvidas dos discentes sem se mostrar zangado;
¨
Solucionar os conflitos de ordem académica;
¨ Evitar
a prescrição do futuro e destino do aluno quanto à realização científica do ano
escolar (burro, reprovado, preguiçoso);
¨
Contribuir para melhor aprendizagem;
¨
Não transferir os problemas de casa para serviço ou mesmo para os estudantes;
¨
Evitar dar nomes estranhos aos alunos;
¨
Formar e educar moralmente os estudantes;
¨
Criar um ambiente para melhor aderência
à aula.
10.3.4.2. Discente
O aluno como
sendo tão dedicado nos seus estudos terá que sempre promover diálogo com o seu
docente sem criar pressupostos de amizades subjectivas. Sentir-se próximo do
docente não quer dizer ser ofertado notas ou ser isento à coisas de matéria
dura na sala de aulas.
Aquele que
amiza-se com o docente sendo aluno procura certamente uma melhor exploração
intelectual da qual conseguirá entender a ciência. Estar ao lado do docente é
mesmo que aproximar a nascente de um rio que jorra água viva.
Contar que o
professor é mau nas suas aulas ou avaliações é um princípio que ao aluno é para
destruir-se psicologicamente. O docente nunca é mau, mas pode em certos casos
ser exigente ou muito nervoso. Nessas condições a melhor ginástica do discente
deve ser a de cumprir e estudar as lições mesmo que o professor não mande.
10.3. 4.3. Na discência
O discente como
tal acreditará na medida em que o tempo lectivo se vai passando que é algo de
melhor se tiver altos resultados. Nisto para ter resultados altos necessita de
estudo dedicado e sério. Enquanto dedica-se mais a esperança de chegar a plena
realização académica é maior. A dedicação aos estudos deve ser algo que cria
motivação suficiente para o próprio discente. O melhor guião do discente nesse
contexto é o docente ou mestre. Fora dele o aluno tenderá a recorrer aos livros
de leitura. A pesquisa constante de curiosidade e de superação também são as
melhores mestras do aluno dedicado.
Quanto ao que concerne a presciência o
aluno deve:
Þ Contar
que o docente é bom esclarecedor;
Þ Saber
colocar as suas inquietações dentro da aula;
Þ Colocar
as dúvidas nos últimos minutos pós-aula;
Þ Não se
julgar sábio do que o professor perante a matéria exposta no quadro
independentemente de ter visto algum dia ou não;
Þ
Comparticipar nas aulas e nos grupos de trabalho;
Þ Evitar
ser corrector do sumário proposto pelo docente na sala de aulas;
Þ
Acreditar que o professor que tem é de “último grito” ou melhor, de primeira
qualidade;
Þ Evitar
entrar na sala de aulas mal disposto;
Þ Evitar
a indisciplina na sala de aulas;
Þ Não
deturpar o ambiente na sala de aulas para não distrair os mais concentrados;
Þ Evitar
comparar os professores um do outro;
Þ Esperar
que o professor pode fazer perceber.
10.4. PRINCÍPIO DE ORIENTAÇÃO LIVRESCA E
NÃO BIBLIOCENTRISMO SAPIENCIAL
O livro é visto como fonte do
conhecimento rejeitando o homem. Assim subentende-se também de Biblionervismo
sapiencial. Este princípio refere-se sobretudo de não atrelagem exacerbada aos
livros quanto ao nível do saber. Na verdade
o que se deve fazer é que o docente ou o discente devem se orientar com o livro para entender o conteúdo
científico universal. Mas nega-se a atitude que consiste em considerar que só
no livro é que tem melhores informações sobre a ciência.
Com o livro
simplesmente o docente ou qualquer outro homem comum pode-se orientar dele, mas
não deve considerar que só o livro é que trata as coisas da ciência. Pode
acontecer que algo que se saiba de alguém não contenha no livro e não seja
escrito e nem publicado por qualquer obra. No entanto o que está fora não quer
dizer que é uma simples mentira. O livro não é gerador da verdade e nem da
ciência, mas o livro é o zelador da mente científica do homem. O homem escreve
a sua visão no livro para não se esquecer de algo que tenha julgado bem. Cesse
portanto, a recusa exacerbada de certos termos e teorias humanas pelo facto de
não conterem nos livros e nas enciclopédias.
Certo
conhecimento, pode ser adquirido por alguém na sequência de várias
experiências, realidade igual revela-o para escreve-la e selá-a em páginas para
não esquece-la. O livro simplesmente conserva o pensamento e as invenções
humanas, mas o conhecimento é algo próprio que brota do homem.
O necessário é
de se orientar com o livro para melhor compreender os factos científicos pelos
quais não temos conhecimento. Mas neste princípio nega-se mais a atrelagem
exacerbada aos livros. É vulgar certos instruídos considerarem de certo só
aquilo que lhes aparece no livro ou aquilo que julgam ser verdade.
O princípio de
não biblonervismo académico ou sapiencial pretende refutar a hipótese de que «é
certo somente aquilo que vem escrito no livro». Certamente nem todas as
verdades e realidades estão gravadas nos livros e dicionários. O que se sabe é
que algo de carácter universal pode estar confirmado nos livros.
No entanto dá
notar que a ciência está em constante progresso e ela tende a se desenvolver na
medida em que o homem encontra novos domínios da língua e da técnica bem como
da literatura.
Tem sido grave,
constantes vezes, ver gente avançada ao grau de nível de saber a procurar todos
os termos novos expressos oralmente em dicionários novos do que pedir
esclarecimento de quem os profere. Por natureza a língua como a ciência são
dinâmicas e estão em constante movimento. Quanto mais o homem vai-se
desenvolvendo também a ciência vai mudando e certas teorias deixam de ser
obedecidas. No entanto, pode-se notar o desuso de certas teorias; pois o homem
que permanece nas teorias de ontem acaba desaparecendo e o moderno acaba
formulando novas teorias de acordo com a sua maneira de conceber.
10.4.1. Novos termos na língua
De facto a
criação de novos termos para significar novos momentos e verdades está na
origem de acordo com a capacidade criativa do homem. Nunca existiu um
dicionário que tenha sido prefabricado na Indústria. O que se saiba é que foram
termos convencionais que certos povos compilaram para significar termos,
estudos e realidades. Entrementes, a existência de novas palavras tem a sua
razão e sentido de ser e existir. Significam aquilo que indicam. Mas quem as
aplica e não as conhece, certamente, não tem sentido. As palavras são criadas
pelo homem de acordo com o étimo ou super estrato, neologismos, estrangeirismos
ou mesmo por palavras compostas. No entanto, nem tudo o que o homem faz contém
no Dicionário.
Tese
O homem, os acontecimentos, os
efeitos, a palavra e o livro.
Certamente é uma
cadeia de realidades que trazem o significado da expressividade dos actos e sentimentos
humanos. Frequentemente nota-se uma busca incessante de palavras no Dicionário
que poucas vezes aparecem. Uns até limitam-se a procurar tudo o que ouvem falar
pelo dicionário, mas nem sempre têm tido soluções para tal. Maior parte é
solucionada mas a menor tem sido pouco provável acertar.
Por norma da
semântica cada palavra tem sentido na frase da qual foi usada. Em certos casos
conviria que as fossem consultadas nos dicionários. Mais tarde há que notar que
algumas palavras são novas e por conseguinte outras são de invenção técnica dos
autores literários.
Na cadeia
semântica ou de significação de palavras tem a ver com o meio físico, o homem e
os acontecimentos dos quais dão efeitos. No entanto, são acontecimentos e
situações que determinam com que hajam palavras.
Não é necessário
discutir por palavras das quais nunca ouvimos mas o melhor é procurar a
interpretação com aqueles que as proferem. Contudo, os outros podem ser
originais sobre a existência de alguns termos. Mas cada termo tem o seu próprio
significado do qual o vocabulista procura referir.
Entre a palavra
e o homem o que foi primeiro a surgir foi o homem. De acordo com os
acontecimentos e os efeitos dos acontecimentos o homem tende a usar termos
suficientes para designá-los na sua maneira de conceber. Depois dos eventos e
efeitos nota-se a necessidade de palavras. Para não crerem esquecidos foram
gravados no livro e nos dicionários.
10.4.2. Fundamento
Quanto ao
estudo, ensino e aprendizagem bem como na docência, o docente ou mestre deve-se
orientar nos livros. Mas não deve atrelar-se a 100% naquilo que é abordado pelo
livro. Os livros não são detentores absolutos do saber, são porém gravadores do
pensamento e palavras do homem. Têm porém um nível de conhecimento limitado e
determinado. Entretanto, quem ensina ou aprende a lição não deve fiar-se
somente no livro deve também ver a experiência no campo da acção.
Naquilo que
concerne à avaliação do nível do conhecimento ou de domínio da matéria
científica, o docente deve ponderar certos aspectos, pois que nem tudo o que o
livro aborda, o aluno terá capacidades iguais às dos autores ou cientistas.
Cada realidade e facto tem o seu próprio nome. Daí que há necessidade da
emergência de novos termos.
10.4.3. Ilustração: Orientação do
saber a partir dos livros
Sabe-se muito
bem que o saber não deriva do livro, ele é propriamente virtude do homem. Mas
para esse homem não se esquecer desse saber precisa de gravar o seu som num
aparelho chamado livro. A partir dos próprios livros o homem já pode se orientar
acerca daquilo que pensará. O que não tenha certas informações pode tomar novas
informações a partir do livro.
No ensino, ou
melhor na docência e discência o livro é a base de orientação, mas o
conhecimento deriva da própria vivência e experiência do homem. O livro não
contém tudo que concerne ao saber mas pode trazer pistas de solução a quem não
sabe algo. O livro orienta o homem para um o ponto de vista de acordo com o
pensamento do autor, mas seria viável que o mundo dos discentes não se conformasse
com o saber livresco preocupando-se para outras experiências do saber.
10.5. PRINCÍPIO
Anti-biblionervismo
A este princípio
concerne algo sobre a credibilidade respeitante a originalidade do saber a
partir dos livros. Para a Docentologia o saber não deriva dos livros mas do
próprio homem. Razão igual o homem não pode ficar tão atrelado aos livros em relação às realidades das quais
sem o livro as pode defender.
Este termo de
Anti-biblionervismo traduz-se em não concordar que o saber só deriva dos livros
entrando em insuficiência e busca duma realidade vivida no seu todo. O termo bíblos6
=significa livro em grego, anti é o termo latino que designa
contrariedade ou contra; o termo nerve +ismo quer significar a
origem ou nervura e ainda mais raiz.
A hipótese de
que só o livro é que contém as realidades e verdades científicas é ultrapassada
e refutada neste princípio. Mas é de acreditar que o livro conserva o saber do
qual o homem é executor. Mas nem todo o saber do qual o homem possui deriva dos
livros mas do homem próprio.
Seria necessário
que o homem não fosse tão descriminado no seu saber original pelo facto do seu
pensamento. Mas o que interessa é o fundamento lógico dos factos por ele
elucidados. Mas o que mais interessa é o fundamento lógico dos seus pensamentos
e também em conexão com a explicação dos signos dos quais queira se referir.
10.6. PRINCÍPIO ANTI-SUBORNO
No sentido
docentológico trata-se de suborno quando há troca de notas ou classificação por
unidades monetárias ou matéria diferente daquilo que é conceituado e admitido
na instituição.
Ao conjunto de
atitudes que visam inviabilizar o sistema de ensino e aprendizagem e a
transitar graças a valores extra-escolares ou académicos chama-se suborno.
Subornar, em linguagem popular, é a atitude de pagar a transição em valor
monetário ou material em troca do valor de classificação académica para
transitar de classe.
O princípio
anti-suborno na docentologia tem como objectivo central regular a questão do
suborno nas relações de aprendizagem entre o docente e discente na linha da
transição. O suborno por natureza é uma inviabilização do valor intelectual e
científico. Pois que quem suborna por natureza entende que não sacrifica o
próprio conhecimento intelectual mas sim a condição económica.
No entanto, a
docentologia considera de pouco o suborno no material em geral, pois
seguramente acaba deformando a muitos discentes optando em não estudarem
activamente no domínio da ciência. Um docente que sempre admite suborno e um
subornante praticam aquilo que se chama ilusão gnosiológica em docentologia.
Por natureza a transição comprada e sem sacrifício não enche de êxitos a
ninguém e muito mais aos que são autênticos dedicados nos estudos.
Há que
compreender melhor o suborno do qual a docentologia revoga. Aqui trata-se
portanto, do suborno total que consiste em pagar em tudo ou meio de tudo.
Seguramente o suborno incondenável seria o pedido de reavaliação ao discente
para melhor encontrar as directrizes duma transição feliz.
Quanto mais
confia-se no suborno mais fraco mentalmente fica o aluno. No entanto, ao invés
de se aceitar o suborno deve-se propagar o sistema de reavaliação do discente
que se prejulgue indigno nas suas potencialidades ao nível da transição. O
suborno deforma a criatividade do aluno.
10.7. PRINCÍPIO INVESTIGATÓRIO ACADÉMICO
O princípio
Investigatório Académico trata necessariamente do sistema de estudo voluntário
do qual o aluno ou discente pretende formar-se em todas as vertentes. A
investigação deve ser sempre de carácter predilectório a fim de garantir o
livre crescimento e desenvolvimento intelectual. As inúmeras investigações
feitas por um dado estudante ou discente ajudarão para uma boa libertação
literária e académica bem como científica. Para tal é melhor que o discente se sinta
atraído ao seu próprio carácter de academia para saber tirar com exactidão o
preceito gnosiológico.
Por vezes pode
parecer massada nos estudantes quando se falam de trabalhos de investigação ou
mesmo pesquisa de informações. Pois na maioria dos casos a investigação tem se
exigido maior dedicação e procura de fontes. Exige porém maior esforço
intelectual bem como material na aquisição dos temas mais pertinentes. Com
certeza a investigação faz crescer o estudante e cria alicerces de um bom
estudante e se calhar até um bom cientista.
Por outro lado,
o discente tem sempre o dever de procurar fontes informativas além da escola ou
da instituição académica para melhor formar-se. Existem vários locais dos quais
o discente pode-se informar, que são: a Biblioteca, locais de debate, grupos de
encontros escolares e tantos outros. Isto permitirá com que o discente seja
alguém amante do saber.
Investigar o que
é? Seguramente já se ouve falar desta palavra em vários estabelecimentos
académicos ou mesmo nos diálogos estudantis. É a atitude de procurar algo para
melhor informar-se acerca de um assunto. É tanto a atitude incansável de
procura académica e intelectual. Isto consiste em buscar a sabedoria duma forma
incessante.
10.8.
PRINCÍPIO DE UMA CONDUTA PERSONAL
Neste princípio,
a docentologia como tal tende a levar o discente a um caminho em vista a uma
formação plausível e satisfatória. Faz no entanto com que o discente conheça
visivelmente os seus valores e contravalores. O caminho necessário do discente
deve ser redescoberto pelo discente em casos de encontrar-se com
incompatibilidades gnosiológicas e intelectuais.
A conduta
personal consiste em levar o discente a descobrir o seu caminho de habilidade
intelectual. Um exemplo concreto é a questão da especialização do ensino em
áreas competentes. Se um discente ou estudante é habilitado em ciências é
aconselhável optar o curso de matemáticas. Se achar que é capaz de enfrentar as
línguas e as letras é melhor escolher a área da qual se sente mais competente.
Há que notar
vários acidentes académicos em muitos estudantes dos últimos ciclos de ensino.
O exemplo igual, há alunos que optam por seguir uma especialização ou um curso
sabendo que não têm habilidades para enfrentar. Questões como tais fizeram com
que muitos alunos ou estudantes desistissem dos seus cursos pelo facto de não
entenderem o curso do qual seguiam. No entanto, não se fala aqui das
desistências em termos de condições materiais ou económicas. As desistências
lamentáveis na docentologia são as ligadas ao curso escolhido por emoção sem
capacidades de aderência e superação.
Todavia, o
docente tem a prioridade e capacidade suficiente de encaminhar o seu discente
na área competente de estudo. Se o discente tem capacidades de línguas e gosta
mais da ciência é melhor que opte pelas línguas e cultive sempre o gosto das
ciências. O gosto e a capacidade são realidades bem diferentes, pois pode-se
gostar de algo e não se ter capacidade de algo. Mas o necessário é sempre
aderir àquilo que se é capaz de fazer para atingir o estado maior de
realização. Aquilo que constitui desgosto científico ficará para a virtude
académica.
10.9. PRINCÍPIO DE DISCIPLINARIDADE
ACADÉMICA
Ao processo de
respeito e honra pela existência do docente e discente em pleno encontro
docentológico visando manter a harmonia e a dignidade tanto como a identidade
académica chama-se disciplina académica.
Ainda pode
designar-se por disciplinaridade académica quando engloba vários meios de
respeito académico perfurando até o caso existencial da academia e da
personalidade.
No que concerne
a disciplinaridade académica, o discente deve ser um homem educado a imagem de
um cientista perfeito na sua área de trabalho. A disciplina académica traz
consigo um clima afável e ansioso de ser respeito harmonioso com aqueles que
recebem e apreciam . A educação de um estudante reflecte uma boa imagem na sociedade civil fomenta maior esperança na
noção. No entanto a boa reputação do discente parte necessariamente em aceitar
a educação que lhe é proposto ao longo dos seus estudos para uma boa conduta
humana.
É viável
entender que não existe e nunca existirá uma educação leve em que o aluno já
teria gostado pois a educação traz consigo toda a espécie de correcção. E é
nesse processo de correcção que o discente escorrega. É muitas vezes a melhor
coisa que muitos docentes têm feito e é o laxismo «atitude de deixar passar
aquilo que parece expressivo ou menos necessário». Atitude como esta não deve
acontecer com um estudante que procura ser talentoso, respeitoso e muito mais
perfeito e educado. É, pois sendo educado que se possui a disciplina
humanitária.
Por mais que um
aluno seja sabichão, enquanto não tiver disciplina “educação, moral e ética”,
ele é mesmo que um vácuo na sociedade civil.
O discente ou
estudante deve ser por sinal aquele que respeita e deseja ser respeitado como
ser humano. A disciplina «educação» é muito importante nos estudantes.
10.10. PRINCÍPIO TRANSITABILISTA
Trata-se do
direito de transição da qual o aluno está autorizado como salário anual. A
transição deve ser concedida porém ao discente como último salário do seu
percurso estudantil ao longo do ano ou anos. Esta realidade de transição não é
algo de favor é um direito que o discente tem de receber em função daquilo que
ele fez ao longo do ano.
Para tal o
docente deve conceder este direito duma maneira incondicional independentemente
de existirem ou não algumas anomalias.
Em docentologia
passa um aluno que reunirá 50% requerido na Instituição do ensino. Em caso de
existência de baixa percentagem que 50% o docente está obrigado a reavaliar o
seu discente tendendo a subir a nota de classificação.
Este processo de
retribuição deve decorrer numa atmosfera de investigação da qual o discente
deve fazer de acordo com as suas habilidades. Ao avaliar o discente sem
condição de transição precisa de interrogá-lo sobre algo relacionado a sua
virtude académica e muito mais nas coisas compatíveis.
Depois de tal
processo o docente já pode levantar a nota do discente para que transite. O
objectivo central do transitabilismo é de fazer com que o estudante não perque
o tempo por causa de anos de reprovação. Aqui há que o discente reprovar em
caso de desistir ou conter inúmeras faltas.
10.11. PRINCÍPIO DE CLASSIFICAÇÃO
LABORAL
Fala-se tanto da
existência da avaliação de trabalhos de investigação. O princípio presente
procura no entanto explorar a essência do trabalho da investigação dos
seguintes objectivos: qualificar e capacitar o aluno em matéria de estudo;
actualizar o aluno; apoiar o aluno em matéria de superação de problemas
intelectuais e, por fim, elevar as notas.
Se a
classificação é de 200% entende-se que o meio desse valor é o de 100% e se o
meio dessa classificação é de 50%.
É notório em
certos docentes elaborarem avaliações com a cotação de 90%; as vezes 80%
enquanto a Instituição promove para 100%. Não existe maior possibilidade de
ajudar o aluno do que ensiná-lo com uma classificação uniforme e verídica.
Aquilo que está prescrito nos documentos das instituições é o que o docente
deve seguir. Nenhum docente perderá identidade pelo facto de os seus alunos
possuírem as notas elevadas. Antes, porém, quanto mais elevadas são as notas
nas disciplinas maior é o sinal de boa aprendizagem e docência. A nota não
enriquece a nenhum estudante mas simplesmente celebriza-o.
Entretanto,
fique bem claro aqui que a classificação referida é das provas e dos trabalhos
de investigação. Em termos de classificação é necessário que haja uniformização
no concessório e atribuição das notas, que são o estímulo do estudante.
10.12. PRINCÍPIO DE COMUNIDADE ACADÉMICA
Consiste em
englobar todos os grupos dos estudantes para formar sistemas académicos em
pequenas comunidades. A comunidade académica como tal é um conjunto de
estudantes de diferentes níveis de cursos.
Na presente
ciência o termo comunidade trata muito aquilo que se chama de colegialidade.
A comunidade como tal é toda aquela camaradagem de estudantes com um fim comum
– a formação académica.
Quando se estuda
numa sociedade de modo académico é necessário formar uma comunidade para
discutir as questões ligadas à ciência. Enquanto se estuda nas mesmas escolas
ou classes o viável é que haja uma melhor companhia entre os discentes. Pois
atitudes como estas ajudarão no melhor crescimento e desenvolvimento da personalidade
académica. A ciência como tal necessita de uma companhia de saberes para melhor
discutir algo relacionado à invenção e ao desenvolvimento tecnológico.
Então para
melhor superar o vazio intelectual é viável que os discentes criem comunidades
académicas onde se encontrarão de vez em quando para aprenderem algo.
A comunidade
como tal ajuda os discentes a partilharem do pouco e do muito que aprendem nas
escolas tanto como nas instituições de ensino (Universidades e Institutos bem
como Centros de Formação). Para tal é necessári frisar que ninguém cresce
sozinho no mundo. Todo o homem precisa de companhia.
11. TESE
SOBRE A EXISTÊNCIA DO TERMO DOCENTOLOGIA
Em favor de uma
realidade chamada ensino e aprendizagem agrupada a um termo único, a
Docentologia, é viável a sua existência como ciência do ensino e aprendizagem.
Cada ciência surge como forma de defender algo que seja importante na sociedade
académica e civil em geral. Tudo faz-se em favor do estudante e do docente, mas
é inegável a existência da discência ou docência para aquisição de algo que
seja.
Nunca existiu
algo sem que tivesse o seu nome e o seu próprio autor. De facto, cada coisa,
cada teoria, e cada ciência surge como forma de defender ou clarifica algo que
existe ou que deve existir na sociedade civil em geral.
O termo
docentologia implica várias funções dentre as quais: ensinar, aprender, educar,
dirigir, clarificar, enfrentar, disciplinar, etc. Mas é interessante marcar o
registo dos termos principais. Aprender, ensinar e educar. Portanto, estes três
termos chamar-se-ão termos da tridimensionalidade formativa do homem. Pois,
para formar o homem precisa da interacção dos três termos numa forma e maneira
de qualificar o crescimento humano. Esta tríade representa realmente os três
campos mais fortes da educação e da formação do homem.
Todavia, o termo
docentologia é inesgotável quanto a atitude formativa do homem. O termo
docentologia tem como radical: docent que adicionado a vogal (e)
significa professor – docente - aquele que ensina algo. Ainda o termo docente
pode ser adicionado a vogal (o) que também constituirá como vogal temática.
Assim será docente =logo tem o tema principal em docente que englobará o
docente e o discente, a docência e a discência. No entanto, a vogal implicará
neste caso polissemia do termo. As principais realidades serão por acaso
aprender e ensinar.
Há que pensar
que o termo docentologia é limitado para tratar do ensino e aprendizagem e
educação em simultâneo. Mas a tese que fica, é que o termo docentologia é sim
mais referente ao docente a docência mas é necessário notar que ninguém se
torna docente, mestre antes que tenha sido discente. A docentologia como tal
abarca tudo o que é referente à educação tendendo na sua radicularidade ao
ensino e aprendizagem.
A mestria e a
docência são os fundamentos de uma forte aprendizagem ao longo ou curto tempo
de experiência. Pois bem é somente sendo discente que se torna alguém docente.
Para tal, o termo docentologia não deixaria não de abarcar a discentologia que
é tratado sobre o aprendiz e a aprendizagem. Opta-se portanto, pelo termo
docentologia como termo mais abrangente tal como o termo maior.
Reside uma
realidade completiva entre a docentologia e discentologia; uma que trata do
mestre e a mestria e a outra que trata do aprendiz e a aprendizagem. Mas entre
o ser mestre e ser aprendiz o termo maior e completo é o ser mestre pois o
mestre começou por ser aprendiz ou autodidacta ou ainda discente para melhor
atingir a mestria e a perfeição sobre algo.
Em termos gerais
a docentologia é mestre da discentologia independentemente de ser ou não
perfeita no seu ofício. Pois ofício e ser docente e mestre consiste em ser
discente aplicado e dedicado na sua área de estudo. O ser mestre e docente
passa necessariamente por ser alguém dotado de todos os tipos de experiências
na linha de aprendizagem. As experiências de todas as cores coroam uma harmonia
cromática que ajuda a compreender diferentes tipos de realidades na linha de
aprendizagem. Numa outra vertente tais experiências servem de vínculo de
aderência e satisfação de todos os tipos de problemas que afectam o aprendiz
tanto como o mestre.
No entanto é
necessário que se comece por ser discente para melhor ser docente que é o termo
completo da educação.
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