domingo, 2 de setembro de 2012

PRINCÍPIOS DA DOCENTOLOGIA


10. PRINCÍPIOS DOCENTOLÓGICOS

 Da autoria de Elleiannovichyy Osanzayya

Ao conjunto de regras e leis que regem as boas  maneiras de ensino e aprendizagem, chamam-se os princípios docentológicos ou postulados docentológicos. Estes porém visam regular o bom andamento e relacionamento entre o docente e o discente em relação à aprendizagem e ao conhecimento científico. Estes defendem que o estudante e o professor são pessoas humanas sujeitas a certas realidades compatíveis ou incompatíveis ao conhecimento.

Em docentologia o discente e docente, completam-se no saber independentemente de existir a diferença em termos de formação e informação científica. Os postulados docentológicos estão divididos em vários campos de acção académica e em geral. Os campos distinguem-se: a docência e a discência, o docente e discente, o intelecto e o destino do estudante, a moral académica e o tempo de estudo, a ética e a existência do homem no tempo e no espaço.

Sendo como grau estudantil, trata da expressividade humana sobre a compatibilidade e incompatibilidade académica. Estes campos têm como função trazer o melhoramento do percurso dos costumes de ensino e aprendizagem. Na mesma ordem direccionam os discentes a um rumo viável para a perfeição académica.

Neste sentido a docentologia, nos seus princípios procura porém, mostrar as exigências dos quais o aluno e o professor têm por cumprir ao longo de uma carreira formativa e académica. Nas mesmas razões cabe ao docente saber avaliar e reavaliar o percurso do discente em todas as vertentes, no sentido de levá-lo ao progresso viável.

A matéria, a ciência, o docente, não devem ser motivos de retrocesso do aluno, antes porém, talvez a presença limitada ao longo das aulas ou das investigações nos locais marcados pelo docente ou pela instituição do ensino. Em docentologia seria vedado ao progresso aquele que desistisse antes do longo percurso nos estudos.

 

10.1. Princípio de imensurabilidade académica

A docentologia defende que o progresso qualitativo e quantitativo do discente depende do próprio discente. No entanto o progresso depende da dedicação e envolvimento nos estudos.

Certamente é vulgar ouvir falar ou praticar teses comparativas quanto ao avanço ou atraso académico. Espera-se que não haja algo de novidade. Pois bem que no quotidiano estudantil existem tendências de somar vantagens com atitudes de comparações. Isto é, procura-se encontrar o vazio académico alheio para se achar ou se elevar a perfeição à alguém que se tem pensado ser virtual. Então é neste caso onde a docentologia procura intervir e agir com ética fazendo conhecer simples valores do ser estudante.

Para reconhecer que se é académico, não precisa comparar o vazio do cheio dos dois elementos, não precisa de reparar a nota elevada e a baixa dos dois estudantes. Não precisa de comparar o discurso de um e de outro, nem precisa de reparar a caligrafia deste e aquele, não basta; não basta criar elogios e panegírios de quem se acha ser melhor; basta reparar com exactidão de si próprio quanto ao fruto das suas mãos e obras, particulares, pode-se conhecer o valor dos dois.

Não é porém a extensão nem a elevação das notas que determina a virtude académica mas é o fruto das mão em termos de obras feitas. Felizmente, a capacidade do bem fazer algo é que determina a virtude de perfeição do aluno.

Certamente, que comparar a virtude de um estudante ou aluno com o seu homólogo é uma ilusão pois que é possível que um tenha algo diferente com o outro. E é bem sabido que a virtude não se determina pelo vazio alheio. Mas é pela capacidade de saber transformar e criar algo benéfico que contribua para avanço pessoal ou social. É assim que se nota a perfeição académica.

A visão intelectual de um estudante deve ser uma dimensão para outro um progresso. Mas o mesmo não deve constituir de algum modo motivo de avanço. Isto porque o vazio é próprio do estudante e o avanço não impede a expressão das aspirações alheias.

 

10.1.1. Singularidade académica

 

Na linha de aprendizagem cada estudante é um ser único e irrepetível quer na personalidade quer na sua maneira de agir bem como seja na aplicação do saber. O estudante é o príncipe e rei do seu mundo intelectual e académico. Ele tende a usar de expressão enquanto for uma personalidade de carácter universal. Mas só fica vedado de retirar os seus princípios ao mundo alheio no mesmo pode simplesmente partilhar a sua visão académica.

A beleza de ser estudante consiste em acreditar e aceitar diversamente a realidade que se vive procurando dar resposta aos factos referentes à própria vida. O ser académico não se faz pela actualização de dados alheios mas de dados próprios correspondentes a vida geral.

É viável e necessário que cesse hábito das comparações académicas quer no avanço quer no retrocesso. Em docentologia cada académico, discente ou aprendiz é avançado e atrasado de acordo com o seu dever académico. O avanço do discente encontra-se na medida em que lhe são colocadas metas a alcançar ao longo dos seus estudos. Se porventura  for adiantado, é seguramente adiantado na sua própria originalidade sobre os factos e não em comparação ao colega.

Para o estudante descobrir o que está em alto progresso, basta comparar-se simplesmente com a sua realidade nos seus factos científicos. Não precisa procurar a ruína dos outros colegas para se sentir realizado. A academia não se faz pelas comparações e nem pela refutação de dados alheios mas aceitando as realidades de ambas partes encarando-as a sério.

 

10.1.2. Fundamentos

 

Os enamorados na sabedoria devem ser imunes das comparações aceitando as realidades em voga. Somente com esta maneira de agir quanto a procura incessante de saber é que o discente ou académico alcançará a perfeição. O discente deve também aceitar activamente as diferenças mesmo sem quere-las.

Aquele que procura o saber deve preocupar-se mais com a realidade e a verdade dos factos, a comparação residiria somente na procura da diversidade e diferença da personalidade académica. Em docentologia não se precisa a cegueira académica alheia para se sentir realizado quer em sabedoria quer na inteligência. Nisto conclui-se que não existe um estudante melhor que o outro em termos de avanço quer na academia quer na inteligência. Cada estudante é melhor na dimensão da qual é competente. A diferença de dados em academias não pode constituir motivo de controvérsias na convivência académica e no apuramento intelectual.

O estudante é um ser com natureza própria da qual lhe permite a sua expressão e existência autêntica. No entanto, está sujeito a  uma busca de realização pessoal e incomparável a todos os níveis. Urge compreender melhor a virtude da singularidade estudantil para melhor compreender os factos pessoais. Em termos de singularidade académica todo o estudante é primo e uno no seu sector académico. No entanto, não está obrigado a universalizar o que é de carácter pessoal. Cada estudante é singular. Não se frustre passando a vida a comparar as pautas da escola.

 

 

 

 

 

10.1.3. Ilustração do princípio de imensurabilidade académica

10.1.3.1. Não comparação Docente-Docente

 

Retrata o aspecto de não comparação entre docente ou agente de alta categoria ao nível de ensino frente aos seus colegas e frente aos seus discentes. Não se deve comparar um professor com outro pois cada professor tem a sua natureza de ser e por causa disso mesmo tem o valor da singularidade. Nisto comparar os docentes entre si é mesmo que desvirtuá-los nas suas próprias qualidades.

Cada docente é equivalente e igual a si mesmo independentemente de ser hábil ou não. Este princípio recomenda e ilustra o respeito e a honra ao docente. Em docentologia não existem os mais lúcidos, mas se caso existir consistirá em conviver energicamente a sua autenticidade de serviço no campo docentológico.

 

Tese

Em docentologia cada docente usa de valor singular e próprio que faz procurar a virtude da originalidade da qual aborda mas em vários capítulos. Independentemente do currículo, posição do valor, informação académica, posição social ou mesmo expressão científica, cada docente é o príncipe da docência e rei detentor da conduta do saber. A ele a docentologia deposita a sua confiança nos serviços que são indigitados ao nível do ministério bem como do estudo.

No entanto, só cabe à entidades ministeriais tomarem um novo destino dos docentes salvo erro para casos de carácter miscelanesco ou familiar. Carácter miscelanesco (vide no código docentológico - miscelânea). Fundamenta-se sobretudo o respeito a honra e a dignidade do docente quer na sua missão quer na sociedade civil e quer na sua autenticidade em termos de personalidade científica.

Nenhum professor deve ser sujeito a uma atrelagem científica e muito mais profissional aos seus contemporâneos excepto no programa do qual se deve cumprir no ministério ou estudo. O docente é uma personalidade própria quer quando pessoa civil quer quando pessoa académica.

 

10.1.3.2. Não comparação Docente – Discente

Fundamenta-se o princípio de não comparação entre as qualidades do aluno e com o professor. Neste caso, o professor tende sempre a ser um guião do estudante independentemente de existir ou não um rumo a definir. O docente é sempre condutor do discente, mas ele não é detentor de tudo que se refere ao saber.

 

Tese

 

Em docentologia ninguém é produtor do saber, mas existe aquele que é direccionador (docente). Ele porém direcciona o saber ao discente. Consequentemente não existe a quem se chame menor ou maior. O docente é um ser informado e formado que tem como missão formar o aluno. Nestas condições ele não sabe mais do que o aluno mas é alguém com capacidades lúcidas para guiar o estudante. Não se pode comparar o nível relativo do avanço científico entre o docente e o discente mesmo que esteja mais avançado ou o contrário disto.

Quanto aos factos por difundir em matéria de estudo ou de ciência, o docente nunca deixaria de ser mestre. O mestre tende a guiar os seus aprendizes ou mesmo mestrandos num computo geral. Por mais que haja maior avanço científico, o mestre ou professor nunca jamais poderá perder o seu lugar de mestre e a docência. O docente é sempre o caminho para a docência. Ele tem a posse de em qualquer momento dar visões ao seu discente quer pela realidade científica quer pela realidade social.

Mas, é de anotar que o aluno não é simplesmente um quadro a pintar, nem um cântaro a moldar. Ele tem as suas virtudes das quais ele mesmo é príncipe e rei. Nestas condições prova-se a autonomia-docentológica na qual o aluno tem visão própria do conhecimento a partir de dados usados e investigados. Na autonomia docentológica trata-se mais da faculdade ou capacidade que o estudante tem sobre o saber das coisas sem intervenção externa. Em termos de inteligência inata ou mesmo de experiências pessoais de alguns alunos já é verdade a inferioridade do docente isto porque o docente pode não estar em altura de justificar e clarificar um saber inato. Pois, o docente parte de um conhecimento coligido o qual é matéria de seu estudo de acordo com o Ministério ou Estado.

 

 

1.3.1.4. Não comparação Discente – Discente

 

Em docentologia compreende-se o princípio de não comparação discente-discente quando se quer abordar a questão académica quer nos mesmos cursos quer em cursos diferentes. A virtude de um estudante não se prova pela comparação com um outro estudante mas sim pelo trabalho desenvolvido em função da experiência escolar. A cegueira de um aluno não deve ser comparada com a visão de um outro aluno. Sim daqui continua-se com o princípio de singularidade académica. Cada virtude e defeito corresponde ao ponto positivo e negativo do próprio estudante, de modo igual não deve constituir de influência negativa para um outro estudante, independentemente de ter ou não qualidades iguais ou diferentes, superiores ou baixas a outrem.

Na docentologia cada aluno é o que é, independentemente de ter ou não altas potencialidades intelectuais. Em termos de pertinência de classe, gozo e direito docentológico tendem a ser iguais. No entanto, é a mesma lei que guia os estudantes. Mas quanto à potencialidade intelectual é melhor e viável aceitar que os alunos são diferentes quer na academia quer na sua maneira de raciocinar.

Cada discente é um talento na sociedade da qual vive, independentemente de ser baixo ou alto em termos de nível académico. O estudante no seu mundo é personalidade prima e una e goza de renome próprio e original. Por mais de que um outro aluno seja pressuposto inteligente ou avançado ao nível intelectual ele não é capaz de substituir o seu semelhante. Razão pela qual diz-se que cada estudante é pessoa singular. A comparação académica para um elogio ou promoção é o próprio da frustração intelectual. Nem sempre que se comparam as personalidades académicas chega-se em plena segurança intelectual ou científica.

Em termos de comparação discente- discente, é melhor notar que cada discente é igual e equivalente a si mesmo. E não existe outra possibilidade dentro dele mesmo. Mas quanto a outrem nota-se mais a diferença que vincula a beleza da diversidade dos dois. Aquilo que constitui o vazio de um pode ser um cheio para outrem. Ainda pode ser que um e outro estejam inclinados em diferentes vertentes do saber. O estudante tem o valor singular em todos os aspectos que sem ele não existem.

 

 

10.2. PRINCÍPIO DE NÃO IMPUTABILIDADE SAPIENCIAL

10.2.1. Auto-estima

É necessariamente a capacidade de avaliar-se nos actos e nos procedimentos para melhor tirar o proveito da auto-estima. Consiste em valorizar-se a si mesmo sobre as coisas que a pessoa faz por livre vontade.

Auto-estima é a virtude pela qual a pessoa consegue dar-se moral e força, sentindo com gosto a causa da sua existência. Estima seria como gémea da moral. É frequente dizer-se por exemplo: eu passei de classe porque sabia; pois que eu sou inteligente e trabalho muito e muito bem.

Auto-estima pela habilidade de saber estimula um bom crescimento na academia e também na virtude do conhecimento. Na mesma linha, ensina-se o estudante a se aplicar e a valorizar os seus trabalhos. Nestas condições, o que estuda deve-se aplicar no máximo possível deixando-se criar na humildade sapiencial. Esta consiste em dedicar-se sentindo-se alguém que pouco sabe  com objectivo de saber mais. Ser humilde não quer dizer fazer-se de um ignorante mas é saber entrar ou envolver-se na sabedoria sem agressão psicológica.

As capacidades de demonstrar aquilo que se sabe em termos de academia ou sabedoria chamam auto-estima sapiencial. Em docentologia não existe orgulho académico mas sim auto-estima. O estudante deve estimar-se ao nível do saber de acordo com a sua aplicabilidade sapiencial. A procura de saber é uma necessidade primordial e passa a ser necessariamente uma virtude na medida em que a dedicação é maior ao estudo.

Quanto maior for a procura do saber, maior será o grau de reflexão e produção sapiencial. O estudante deve aprender necessariamente a virtude da auto-estima. Pois, é estimando-se que se torna possível enfrentar a ciência com autonomia no saber.

Ser estudante é uma das profissões que exige maior empenho e sinceridade. O ofício de ser estudante consiste em procurar e aplicar-se ao saber. O estudante enquanto aderente ao saber deve:

·  Estimar-se acreditando que é capaz na sua carreira;

·  Saber descobrir os inimigos da sua carreira de estudo;

·  Descobrir os adversários da sua aprendizagem;

·  Procurar meios de minorar as dificuldades;

·  Reconhecer-se como um ser de dignidade académica;

·  Aprender a honrar-se pelas qualidades;

·  Aceitar os seus pontos fracos e superá-los;

·  Lidar-se bem com os colegas;

·  Saber expor as dificuldades perante aos colegas;

·  Ser dialógico entre os colegas;

·  Aplicar-se com dedicação nos estudos;

·  Criar trabalhos originais de carácter extra-escolar;

·  Participar nas actividades da escola;

·  Contribuir vivamente nos encontros de grupo;

·  Mostrar interesse nos estudos;

·  Dialogar na sala em caso de aulas;

·  Compartilhar ou explicar algo ao colega;

·  Aceitar com delicadeza o pedido de ajuda do colega;

·  Chegar sempre cedo nas reuniões marcadas;

·  Ser um instrumento de convívio colegial;

·  Promover os colegas mais débeis;

·  Procurar formar-se sempre;

·  Enfrentar com coragem e ânimo as ambições académicas.

Enfim, a auto-estima sumariza-se mais na auto-formação no saber. É realmente a chamada virtude da autonomia sapiencial na qual o discente aprende a defender com êxito o seu próprio pensamento. O aluno que tem a arte de auto-estima não tem o medo de cair no erro académico quer formal quer material pois que tem bases para defender. No entanto, sabe melhor enfrentar com originalidade as suas ideias académicas e visões sobre o mundo.

Até certo ponto, auto-estima torna-se abuso, na medida em que vai sendo propaganda, exageradamente, criará desavença na convivência social. Pois que enquanto se resumir num título honorário, seguramente tende a destruir aquilo que se chama carácter social. Auto-estima está para dar estímulo ou coragem ao estudante para não cair em desanimo nos factos desagradáveis.

É, portanto, uma auto-defesa em relação àqueles que atentam a sua personalidade académica, a honra, a dignidade tanto como o prestígio académico. Auto-estima é como casaco que delimita o frio em tempos de névoa.

Nisto é necessário frisar que a qualidade do estudante depende dele mesmo. No entanto, não deve esperar que seja estimado ou elogiado para que consiga levantar-se para uma batalha de academia. Pois que a autonomia académica consiste em saber valorizar-se, realizar as suas intenções levando-as avante e confirmando-as no dia a dia.

Ainda em termos de estima académica exige-se mais a humildade, pois que se essa auto-estima for tão orgulhosa ou vaidosa acabará rompendo a convivência entre académicos. Urge porém ser humilde, prudente, generoso e ponderado para melhor enquadrar-se na linha dos outros académicos ou colegas.

Pode acontecer que haja quem não goste que quando alguém se estima, isto é algo natural dos homens. Pois que nem são todos que sabem e conseguem realizar os seus próprios êxitos e muito mais os êxitos alheios. Ser estimão nasce necessariamente pela capacidade de programação de um sonho e de um carisma na linha do saber. A quem procura o saber decisivamente, certamente quando alcança os passos das metas pelas quais desejava alcançar torna-se virilmente feliz.

 

 

10.3. PRINCÍPIO DE NÃO PRESCIÊNCIA ACADÉMICA

 

Ao conjunto de atitudes, hábitos e preconceitos ao nível do saber antes das investigações e comparações dos factos chama-se presciência. A presciência em si é um hábito de espírito completivista ao nível do saber no sentido de julgar-se sábio alguém. Presciência é espírito ou atitude da qual se toma conhecimento antes de ter investigação ou comprovação dos objectos em causa.

Hábito equivalente a este tem sufocado muitos estudantes e docentes alegando serem muito informados. Mas na realidade a formação e a informação académica muda de extremo para extremo, de um dia para o outro. O saber de ontem pode hoje ser uma teoria ultrapassada da qual o homem deve procurar a outra para se completar.

No entanto, a docentologia define o princípio de não presciência quer no tratamento do docente – discente quer na docência. Isto referente nos processos de ensino e aprendizagem. Na medida em que o aluno vai aprendendo algo rapidamente, deve anotar certos factos os quais marcam os temas pré-estudados.

 

Tese

No processo de docência, a docentologia recomenda que o docente quando se encaminha no rumo do ensino e aprendizagem não deve ter preconceitos de que sabe mais do que o aluno. Neste caso também não deve julgar-se tão conhecedor daquilo que sempre ensina. Tudo isto porque cada dia que passa a ciência evolui e muda de conceitos e teses de defesa. Mas o docente deve ensinar com firmeza e segurança. Antes porém precisa de aceitar as intervenções que advierem ao longo das suas exposições de ensino e aprendizagem em caso de académicos.

A presciência é negativa quando o docente ou discente julga-se conhecedor de tudo quanto é cedido para aprender ou ensinar. No entanto, nessa linha não aceita advertência e nem intervenções referentes a algo que possa ser errado. Entrementes, a presciência é positiva quando o docente sabe os fracassos do aluno acreditando que este possa melhor com certos exercícios. Ao discente é positiva quando tende calcular os possíveis incidentes dos seus estudos ou conhecendo a reacção do docente.

Independentemente do docente ter muitos anos de serviço e tanta experiência não deve mergulhar-se na presciência mas sim na ciência. Apesar de ter encontrado vários dados escritos ou materiais acerca de certo tipo de alunos não deve concluir-se que todos os alunos terão mesmas perspectivas tal como sucedeu.

Diz-se no entanto que a ciência e o homem são dinâmicas de tempo para tempo e varia de local para local, porém pode mudar.

O ofício de ser docente ou mestre consiste em desenvolver o conhecimento duma forma contínua procurando as contradições e possíveis soluções do mesmo. O docente deve no entanto procurar cada vez mais descobrir novas metas do ensino e de aquisição do saber. Não deve acontecer que tenha o mesmo conceito de ciência para todos os tempos. É viável que procure e investigue mais.

Em termos lógicos de docentologia, o docente deve esperar um bom aproveitamento pedagógico dos seus discentes. Não deve acontecer que tenha um espírito de desprezo e desespero académico, por motivos de um aluno mostrar-se débil. Ao docente cabe a responsabilidade de criar meios suficientes para que o estudante entenda e contribua a matéria de estudo.

Em termos docentológicos o aluno também está sujeito a aderir incondicionalmente as teorias colocadas pelo docente. Isto independentemente de querer ou não da disciplina que estuda. O docente não está para ser querido mas sim para ser respeitado e seguido nos seus exemplos. Por mais que o discente não goste da disciplina ou do docente, se quer aprender é melhor votar a favor. E de princípio não deve imaginar num aluno ou num professor mau. O viável de tudo é contar sempre que está com um docente melhor e capaz de esclarecer e ensinar. Enquanto assim o discente proceder facilmente conhecer-se-á na aprendizagem e descobrirá quem é o professor e o que quer transmitir nas suas aulas.

O que aprende algo deve naturalmente valorizar de acordo com a razão que lhe estimula. Estimar-se não é mesmo que gabar-se ou orgulhar ou humilhar os outros em detrimento do vazio que têm. Mas é seguramente dar valor aquilo que do próprio autor existe. A estima não é orgulho nenhum.

 

10.3.1. Perspectiva geral

 

A presciência académica cria consigo o conformismo na área de aprendizagem. Ainda também pode criar desinformação na área de docência. Tudo isto tende a criar um ambiente de ignorância ou impenetrabilidade gnosiológica quer no docente assim como no discente.

 

10.3.2. Perspectiva negativa

 

Naturalmente é notório quando ao estudante ou mestre tende a considerar-se o único detentor de respostas certas ou ortologo (aquele que fala coisas certas sem errar) na sabedoria. Isto porém rompe o contacto entre os estudantes ou interlocutores. Faz no entanto, com que os outros não tenham espaço suficiente para se expressarem, age alegando aos outros de lado são inferiores ao saber.

Tende a ser negativo quando o próprio estudante resigna-se no saber deixando seu lugar aos outros. Deixa ainda os seus colegas como regentes do seu destino académico, ou ainda espera que os outros lhe estimem. Isto não deve acontecer com alunos dedicados aos estudos. Em termos de auto-estima, para o aluno encontrar realização suficiente deve envolver-se no estudo. Independentemente de sentir-se fraco ou forte nos estudos deve acreditar que é capaz de ser um admirável académico. Ainda tem mais tempo para preparar-se a nível académico. Quanto mais o estudante sente-se fraco, maior é a capacidade de empenho e envolvimento nos estudos. Quando o aluno sabe que é fraco em certas especialidades, o melhor não é resignar-se mas é, no entanto, arrumar forças para vencer o obstáculo nos estudos.

Segundo os princípios docentológicos não existe um estudante que não sabe algo. Todo aluno tem capacidades e potencialidades para mudar o seu destino nefasto em termos académicos. Na verdade o futuro realizável do estudante depende de si mesmo. O futuro do estudante está nas mãos do próprio. O emprego cultiva-se durante o período de aprendizagem nas coisas aperfeiçoadas.

 

10.3.2.1. Na docência

 

Este ocorre mais no momento do ensino no qual o docente tende a conformar-se com aquilo que aprendeu nos anos passados. Trata-se porém de um docente que por vezes tende a descuidar-se na organização do material de docência (material de ensino, apontamentos e textos de apoios) durante vários anos.

O docente deve mudar de vez por ano ou sempre que possível os seus apontamentos. A necessidade de mudança e renovação dos apontamentos é viável em todos os anos. Urge compreender que a virtude de ser docente consiste em procurar o saber para melhor fundamentar a ciência em difusão. O docente é o maior difusor do saber. No entanto, procura sempre o saber para melhor informação e formação do discente. Evita-se portanto o hábito de permanência sapiencial atitude da qual a pessoa sente-se capaz em tudo em termos de saber. O viável é o sempre mostrar questões e investigações suficientes à margem do saber. Para um docente ou mestre a busca do saber é algo que deve ser incessante nele. Entre as bibliotecas mais ricas e móveis do mundo académico, o primeiro classificado é o docente e a seguir os grandes investigadores e estudiosos.

Ao invés de ser paciente, contar que tudo sabe o melhor é tomar a humildade académica numa insatisfação que leve a uma busca infinita do saber e do domínio da ciência. O docente deve esperar sempre nomes, invenções de técnicas e de ciências, da literatura e da arte. Todos estes factores fazem com que o mestre não fique de lado quando ao desenvolvimento e avanço do mundo em geral. É melhor notar que se um mestre não procura informar-se pode ficar antiquado num mundo de discentes modernos; por conseguinte pondo em desuso a sua missão.

 

10.3.4. ATITUDES EXTRA-PRESCIÊNCIA DO DOCENTE

 

O docente deve porém escutar atentamente as intervenções do estudante sem se sentir reduzido no seu lugar. A respeito da presciência, há vezes que certos docentes ou discentes que quando fazem uma primeira avaliação de qualquer natureza passam a valorizar os alunos de acordo com as primeiras notas. Atitude igual a essa é notória nas aberturas do ano Lectivo logo a primeira avaliação. No entanto, a partir do primeiro resultado de avaliação o docente deve descobrir onde está o problema de compreensão dos seus discentes. Se porventura depois de avaliar notar que o maior número está beneficiado, não deve julgar que cumpriu a sua tarefa. A tarefa a seguir do docente é a de reavaliar o restante número de alunos que teve insucessos até que recuperem. Com este exercício há probabilidade de notar que haja um discente realmente fraco é difícil.

A missão docentológica consiste em encaminhar os mais inteligentes e os restantes precisam de um acompanhamento muito particular até que encontrem a realização possível. Pois que nenhum discente já terá saído de casa para escola ou universidade para um insucesso. Tanto como o discente deve procurar o máximo possível de descobrir o seu fracasso intelectual. Neste processo é de frisar que o retrocesso e avanço do discente na perspectiva intelectual depende do próprio discente. Ao insucesso do discente não lhe é atribuída culpa a nenhum dos discentes pois que tem boas notas deve transmitir de acordo com o regulamento da Instituição Escolar. Urge porém compreender que nem o primeiro resultado nem o segundo não chegam ao ponto de trazer a imagem real de um discente. Seja como for, a soma de tudo pode criar uma leitura temporal mas não permanente.

 

10.3.4.1. Deveres

 

Em docentologia perante as aulas o docente deve:

¨  Leccionar a tempo e hora para deixar o espaço suficiente para que os seus discentes exponham questões;

¨  Explicar a matéria dada durante a aula referente ao dia;

¨  Mostrar-se amigo ou acolhedor dos direitos;

¨  Esclarecer as dúvidas dos discentes sem se mostrar zangado;

¨  Solucionar os conflitos de ordem académica;

¨  Evitar a prescrição do futuro e destino do aluno quanto à realização científica do ano escolar (burro, reprovado, preguiçoso);

¨  Contribuir para melhor aprendizagem;

¨  Não transferir os problemas de casa para serviço ou mesmo para os estudantes;

¨  Evitar dar nomes estranhos aos alunos;

¨  Formar e educar moralmente os estudantes;

¨  Criar  um ambiente para melhor aderência à aula.

 

 

10.3.4.2. Discente

O aluno como sendo tão dedicado nos seus estudos terá que sempre promover diálogo com o seu docente sem criar pressupostos de amizades subjectivas. Sentir-se próximo do docente não quer dizer ser ofertado notas ou ser isento à coisas de matéria dura na sala de aulas.

Aquele que amiza-se com o docente sendo aluno procura certamente uma melhor exploração intelectual da qual conseguirá entender a ciência. Estar ao lado do docente é mesmo que aproximar a nascente de um rio que jorra água viva.

Contar que o professor é mau nas suas aulas ou avaliações é um princípio que ao aluno é para destruir-se psicologicamente. O docente nunca é mau, mas pode em certos casos ser exigente ou muito nervoso. Nessas condições a melhor ginástica do discente deve ser a de cumprir e estudar as lições mesmo que o professor não mande.

 

 

10.3. 4.3. Na discência

O discente como tal acreditará na medida em que o tempo lectivo se vai passando que é algo de melhor se tiver altos resultados. Nisto para ter resultados altos necessita de estudo dedicado e sério. Enquanto dedica-se mais a esperança de chegar a plena realização académica é maior. A dedicação aos estudos deve ser algo que cria motivação suficiente para o próprio discente. O melhor guião do discente nesse contexto é o docente ou mestre. Fora dele o aluno tenderá a recorrer aos livros de leitura. A pesquisa constante de curiosidade e de superação também são as melhores mestras do aluno dedicado.

Quanto ao que concerne a presciência o aluno deve:

Þ  Contar que o docente é bom esclarecedor;

Þ  Saber colocar as suas inquietações dentro da aula;

Þ  Colocar as dúvidas nos últimos minutos pós-aula;

Þ  Não se julgar sábio do que o professor perante a matéria exposta no quadro independentemente de ter visto algum dia ou não;

Þ  Comparticipar nas aulas e nos grupos de trabalho;

Þ  Evitar ser corrector do sumário proposto pelo docente na sala de aulas;

Þ  Acreditar que o professor que tem é de “último grito” ou melhor, de primeira qualidade;

Þ  Evitar entrar na sala de aulas mal disposto;

Þ  Evitar a indisciplina na sala de aulas;

Þ  Não deturpar o ambiente na sala de aulas para não distrair os mais concentrados;

Þ  Evitar comparar os professores um do outro;

Þ  Esperar que o professor pode fazer perceber.

 

10.4. PRINCÍPIO DE ORIENTAÇÃO LIVRESCA E NÃO BIBLIOCENTRISMO SAPIENCIAL

 

O livro é visto como fonte do conhecimento rejeitando o homem. Assim subentende-se também de Biblionervismo sapiencial. Este princípio refere-se sobretudo de não atrelagem exacerbada aos livros quanto ao nível do saber. Na verdade  o que se deve fazer é que o docente ou o discente devem se orientar  com o livro para entender o conteúdo científico universal. Mas nega-se a atitude que consiste em considerar que só no livro é que tem melhores informações sobre a ciência.

Com o livro simplesmente o docente ou qualquer outro homem comum pode-se orientar dele, mas não deve considerar que só o livro é que trata as coisas da ciência. Pode acontecer que algo que se saiba de alguém não contenha no livro e não seja escrito e nem publicado por qualquer obra. No entanto o que está fora não quer dizer que é uma simples mentira. O livro não é gerador da verdade e nem da ciência, mas o livro é o zelador da mente científica do homem. O homem escreve a sua visão no livro para não se esquecer de algo que tenha julgado bem. Cesse portanto, a recusa exacerbada de certos termos e teorias humanas pelo facto de não conterem nos livros e nas enciclopédias.

Certo conhecimento, pode ser adquirido por alguém na sequência de várias experiências, realidade igual revela-o para escreve-la e selá-a em páginas para não esquece-la. O livro simplesmente conserva o pensamento e as invenções humanas, mas o conhecimento é algo próprio que brota do homem.

O necessário é de se orientar com o livro para melhor compreender os factos científicos pelos quais não temos conhecimento. Mas neste princípio nega-se mais a atrelagem exacerbada aos livros. É vulgar certos instruídos considerarem de certo só aquilo que lhes aparece no livro ou aquilo que julgam ser verdade.

O princípio de não biblonervismo académico ou sapiencial pretende refutar a hipótese de que «é certo somente aquilo que vem escrito no livro». Certamente nem todas as verdades e realidades estão gravadas nos livros e dicionários. O que se sabe é que algo de carácter universal pode estar confirmado nos livros.

No entanto dá notar que a ciência está em constante progresso e ela tende a se desenvolver na medida em que o homem encontra novos domínios da língua e da técnica bem como da literatura.

Tem sido grave, constantes vezes, ver gente avançada ao grau de nível de saber a procurar todos os termos novos expressos oralmente em dicionários novos do que pedir esclarecimento de quem os profere. Por natureza a língua como a ciência são dinâmicas e estão em constante movimento. Quanto mais o homem vai-se desenvolvendo também a ciência vai mudando e certas teorias deixam de ser obedecidas. No entanto, pode-se notar o desuso de certas teorias; pois o homem que permanece nas teorias de ontem acaba desaparecendo e o moderno acaba formulando novas teorias de acordo com a sua maneira de conceber.

 

10.4.1. Novos termos na língua

 

De facto a criação de novos termos para significar novos momentos e verdades está na origem de acordo com a capacidade criativa do homem. Nunca existiu um dicionário que tenha sido prefabricado na Indústria. O que se saiba é que foram termos convencionais que certos povos compilaram para significar termos, estudos e realidades. Entrementes, a existência de novas palavras tem a sua razão e sentido de ser e existir. Significam aquilo que indicam. Mas quem as aplica e não as conhece, certamente, não tem sentido. As palavras são criadas pelo homem de acordo com o étimo ou super estrato, neologismos, estrangeirismos ou mesmo por palavras compostas. No entanto, nem tudo o que o homem faz contém no Dicionário.

 

Tese

O homem, os acontecimentos, os efeitos, a palavra e o livro.

 

Certamente é uma cadeia de realidades que trazem o significado da expressividade dos actos e sentimentos humanos. Frequentemente nota-se uma busca incessante de palavras no Dicionário que poucas vezes aparecem. Uns até limitam-se a procurar tudo o que ouvem falar pelo dicionário, mas nem sempre têm tido soluções para tal. Maior parte é solucionada mas a menor tem sido pouco provável acertar.

Por norma da semântica cada palavra tem sentido na frase da qual foi usada. Em certos casos conviria que as fossem consultadas nos dicionários. Mais tarde há que notar que algumas palavras são novas e por conseguinte outras são de invenção técnica dos autores literários.

Na cadeia semântica ou de significação de palavras tem a ver com o meio físico, o homem e os acontecimentos dos quais dão efeitos. No entanto, são acontecimentos e situações que determinam com que hajam palavras.

Não é necessário discutir por palavras das quais nunca ouvimos mas o melhor é procurar a interpretação com aqueles que as proferem. Contudo, os outros podem ser originais sobre a existência de alguns termos. Mas cada termo tem o seu próprio significado do qual o vocabulista procura referir.

Entre a palavra e o homem o que foi primeiro a surgir foi o homem. De acordo com os acontecimentos e os efeitos dos acontecimentos o homem tende a usar termos suficientes para designá-los na sua maneira de conceber. Depois dos eventos e efeitos nota-se a necessidade de palavras. Para não crerem esquecidos foram gravados no livro e nos dicionários.

 

10.4.2. Fundamento

Quanto ao estudo, ensino e aprendizagem bem como na docência, o docente ou mestre deve-se orientar nos livros. Mas não deve atrelar-se a 100% naquilo que é abordado pelo livro. Os livros não são detentores absolutos do saber, são porém gravadores do pensamento e palavras do homem. Têm porém um nível de conhecimento limitado e determinado. Entretanto, quem ensina ou aprende a lição não deve fiar-se somente no livro deve também ver a experiência no campo da acção.

Naquilo que concerne à avaliação do nível do conhecimento ou de domínio da matéria científica, o docente deve ponderar certos aspectos, pois que nem tudo o que o livro aborda, o aluno terá capacidades iguais às dos autores ou cientistas. Cada realidade e facto tem o seu próprio nome. Daí que há necessidade da emergência de novos termos.

 

 

10.4.3. Ilustração: Orientação do saber a partir dos livros

 

Sabe-se muito bem que o saber não deriva do livro, ele é propriamente virtude do homem. Mas para esse homem não se esquecer desse saber precisa de gravar o seu som num aparelho chamado livro. A partir dos próprios livros o homem já pode se orientar acerca daquilo que pensará. O que não tenha certas informações pode tomar novas informações a partir do livro.

No ensino, ou melhor na docência e discência o livro é a base de orientação, mas o conhecimento deriva da própria vivência e experiência do homem. O livro não contém tudo que concerne ao saber mas pode trazer pistas de solução a quem não sabe algo. O livro orienta o homem para um o ponto de vista de acordo com o pensamento do autor, mas seria viável que o mundo dos discentes não se conformasse com o saber livresco preocupando-se para outras experiências do saber.

 

10.5. PRINCÍPIO Anti-biblionervismo

 

A este princípio concerne algo sobre a credibilidade respeitante a originalidade do saber a partir dos livros. Para a Docentologia o saber não deriva dos livros mas do próprio homem. Razão igual o homem não pode ficar tão atrelado  aos livros em relação às realidades das quais sem o livro as pode defender.

Este termo de Anti-biblionervismo traduz-se em não concordar que o saber só deriva dos livros entrando em insuficiência e busca duma realidade vivida no seu todo. O termo bíblos6 =significa livro em grego, anti é o termo latino que designa contrariedade ou contra; o termo nerve +ismo quer significar a origem ou nervura e ainda mais raiz.

A hipótese de que só o livro é que contém as realidades e verdades científicas é ultrapassada e refutada neste princípio. Mas é de acreditar que o livro conserva o saber do qual o homem é executor. Mas nem todo o saber do qual o homem possui deriva dos livros mas do homem próprio.

Seria necessário que o homem não fosse tão descriminado no seu saber original pelo facto do seu pensamento. Mas o que interessa é o fundamento lógico dos factos por ele elucidados. Mas o que mais interessa é o fundamento lógico dos seus pensamentos e também em conexão com a explicação dos signos dos quais queira se referir.

 

 

10.6. PRINCÍPIO ANTI-SUBORNO

 

No sentido docentológico trata-se de suborno quando há troca de notas ou classificação por unidades monetárias ou matéria diferente daquilo que é conceituado e admitido na instituição.

Ao conjunto de atitudes que visam inviabilizar o sistema de ensino e aprendizagem e a transitar graças a valores extra-escolares ou académicos chama-se suborno. Subornar, em linguagem popular, é a atitude de pagar a transição em valor monetário ou material em troca do valor de classificação académica para transitar de classe.

O princípio anti-suborno na docentologia tem como objectivo central regular a questão do suborno nas relações de aprendizagem entre o docente e discente na linha da transição. O suborno por natureza é uma inviabilização do valor intelectual e científico. Pois que quem suborna por natureza entende que não sacrifica o próprio conhecimento intelectual mas sim a condição económica.

No entanto, a docentologia considera de pouco o suborno no material em geral, pois seguramente acaba deformando a muitos discentes optando em não estudarem activamente no domínio da ciência. Um docente que sempre admite suborno e um subornante praticam aquilo que se chama ilusão gnosiológica em docentologia. Por natureza a transição comprada e sem sacrifício não enche de êxitos a ninguém e muito mais aos que são autênticos dedicados nos estudos.

Há que compreender melhor o suborno do qual a docentologia revoga. Aqui trata-se portanto, do suborno total que consiste em pagar em tudo ou meio de tudo. Seguramente o suborno incondenável seria o pedido de reavaliação ao discente para melhor encontrar as directrizes duma transição feliz.

Quanto mais confia-se no suborno mais fraco mentalmente fica o aluno. No entanto, ao invés de se aceitar o suborno deve-se propagar o sistema de reavaliação do discente que se prejulgue indigno nas suas potencialidades ao nível da transição. O suborno deforma a criatividade do aluno.

 

 

10.7. PRINCÍPIO INVESTIGATÓRIO ACADÉMICO

 

O princípio Investigatório Académico trata necessariamente do sistema de estudo voluntário do qual o aluno ou discente pretende formar-se em todas as vertentes. A investigação deve ser sempre de carácter predilectório a fim de garantir o livre crescimento e desenvolvimento intelectual. As inúmeras investigações feitas por um dado estudante ou discente ajudarão para uma boa libertação literária e académica bem como científica. Para tal é melhor que o discente se sinta atraído ao seu próprio carácter de academia para saber tirar com exactidão o preceito gnosiológico.

Por vezes pode parecer massada nos estudantes quando se falam de trabalhos de investigação ou mesmo pesquisa de informações. Pois na maioria dos casos a investigação tem se exigido maior dedicação e procura de fontes. Exige porém maior esforço intelectual bem como material na aquisição dos temas mais pertinentes. Com certeza a investigação faz crescer o estudante e cria alicerces de um bom estudante e se calhar até um bom cientista.

Por outro lado, o discente tem sempre o dever de procurar fontes informativas além da escola ou da instituição académica para melhor formar-se. Existem vários locais dos quais o discente pode-se informar, que são: a Biblioteca, locais de debate, grupos de encontros escolares e tantos outros. Isto permitirá com que o discente seja alguém amante do saber.

Investigar o que é? Seguramente já se ouve falar desta palavra em vários estabelecimentos académicos ou mesmo nos diálogos estudantis. É a atitude de procurar algo para melhor informar-se acerca de um assunto. É tanto a atitude incansável de procura académica e intelectual. Isto consiste em buscar a sabedoria duma forma incessante.

 

10.8. PRINCÍPIO DE UMA CONDUTA PERSONAL

 

Neste princípio, a docentologia como tal tende a levar o discente a um caminho em vista a uma formação plausível e satisfatória. Faz no entanto com que o discente conheça visivelmente os seus valores e contravalores. O caminho necessário do discente deve ser redescoberto pelo discente em casos de encontrar-se com incompatibilidades gnosiológicas e intelectuais.

A conduta personal consiste em levar o discente a descobrir o seu caminho de habilidade intelectual. Um exemplo concreto é a questão da especialização do ensino em áreas competentes. Se um discente ou estudante é habilitado em ciências é aconselhável optar o curso de matemáticas. Se achar que é capaz de enfrentar as línguas e as letras é melhor escolher a área da qual se sente mais competente.

Há que notar vários acidentes académicos em muitos estudantes dos últimos ciclos de ensino. O exemplo igual, há alunos que optam por seguir uma especialização ou um curso sabendo que não têm habilidades para enfrentar. Questões como tais fizeram com que muitos alunos ou estudantes desistissem dos seus cursos pelo facto de não entenderem o curso do qual seguiam. No entanto, não se fala aqui das desistências em termos de condições materiais ou económicas. As desistências lamentáveis na docentologia são as ligadas ao curso escolhido por emoção sem capacidades de aderência e superação.

Todavia, o docente tem a prioridade e capacidade suficiente de encaminhar o seu discente na área competente de estudo. Se o discente tem capacidades de línguas e gosta mais da ciência é melhor que opte pelas línguas e cultive sempre o gosto das ciências. O gosto e a capacidade são realidades bem diferentes, pois pode-se gostar de algo e não se ter capacidade de algo. Mas o necessário é sempre aderir àquilo que se é capaz de fazer para atingir o estado maior de realização. Aquilo que constitui desgosto científico ficará para a virtude académica.

 

 

 

10.9. PRINCÍPIO DE DISCIPLINARIDADE ACADÉMICA

 

Ao processo de respeito e honra pela existência do docente e discente em pleno encontro docentológico visando manter a harmonia e a dignidade tanto como a identidade académica chama-se disciplina académica.

Ainda pode designar-se por disciplinaridade académica quando engloba vários meios de respeito académico perfurando até o caso existencial da academia e da personalidade.

No que concerne a disciplinaridade académica, o discente deve ser um homem educado a imagem de um cientista perfeito na sua área de trabalho. A disciplina académica traz consigo um clima afável e ansioso de ser respeito harmonioso com aqueles que recebem e apreciam . A educação de um estudante reflecte uma boa imagem  na sociedade civil fomenta maior esperança na noção. No entanto a boa reputação do discente parte necessariamente em aceitar a educação que lhe é proposto ao longo dos seus estudos para uma boa conduta humana.

É viável entender que não existe e nunca existirá uma educação leve em que o aluno já teria gostado pois a educação traz consigo toda a espécie de correcção. E é nesse processo de correcção que o discente escorrega. É muitas vezes a melhor coisa que muitos docentes têm feito e é o laxismo «atitude de deixar passar aquilo que parece expressivo ou menos necessário». Atitude como esta não deve acontecer com um estudante que procura ser talentoso, respeitoso e muito mais perfeito e educado. É, pois sendo educado que se possui a disciplina humanitária.

Por mais que um aluno seja sabichão, enquanto não tiver disciplina “educação, moral e ética”, ele é mesmo que um vácuo na sociedade civil.

O discente ou estudante deve ser por sinal aquele que respeita e deseja ser respeitado como ser humano. A disciplina «educação» é muito importante nos estudantes.

 

 

 

 

 

10.10. PRINCÍPIO TRANSITABILISTA

 

Trata-se do direito de transição da qual o aluno está autorizado como salário anual. A transição deve ser concedida porém ao discente como último salário do seu percurso estudantil ao longo do ano ou anos. Esta realidade de transição não é algo de favor é um direito que o discente tem de receber em função daquilo que ele fez ao longo do ano.

Para tal o docente deve conceder este direito duma maneira incondicional independentemente de existirem ou não algumas anomalias.

Em docentologia passa um aluno que reunirá 50% requerido na Instituição do ensino. Em caso de existência de baixa percentagem que 50% o docente está obrigado a reavaliar o seu discente tendendo a subir a nota de classificação.

Este processo de retribuição deve decorrer numa atmosfera de investigação da qual o discente deve fazer de acordo com as suas habilidades. Ao avaliar o discente sem condição de transição precisa de interrogá-lo sobre algo relacionado a sua virtude académica e muito mais nas coisas compatíveis.

Depois de tal processo o docente já pode levantar a nota do discente para que transite. O objectivo central do transitabilismo é de fazer com que o estudante não perque o tempo por causa de anos de reprovação. Aqui há que o discente reprovar em caso de desistir ou conter inúmeras faltas.

 

 

10.11. PRINCÍPIO DE CLASSIFICAÇÃO LABORAL

 

Fala-se tanto da existência da avaliação de trabalhos de investigação. O princípio presente procura no entanto explorar a essência do trabalho da investigação dos seguintes objectivos: qualificar e capacitar o aluno em matéria de estudo; actualizar o aluno; apoiar o aluno em matéria de superação de problemas intelectuais e, por fim, elevar as notas.

Se a classificação é de 200% entende-se que o meio desse valor é o de 100% e se o meio dessa classificação é de 50%.

É notório em certos docentes elaborarem avaliações com a cotação de 90%; as vezes 80% enquanto a Instituição promove para 100%. Não existe maior possibilidade de ajudar o aluno do que ensiná-lo com uma classificação uniforme e verídica. Aquilo que está prescrito nos documentos das instituições é o que o docente deve seguir. Nenhum docente perderá identidade pelo facto de os seus alunos possuírem as notas elevadas. Antes, porém, quanto mais elevadas são as notas nas disciplinas maior é o sinal de boa aprendizagem e docência. A nota não enriquece a nenhum estudante mas simplesmente celebriza-o.

Entretanto, fique bem claro aqui que a classificação referida é das provas e dos trabalhos de investigação. Em termos de classificação é necessário que haja uniformização no concessório e atribuição das notas, que são o estímulo do estudante.

 

10.12. PRINCÍPIO DE COMUNIDADE ACADÉMICA

 

Consiste em englobar todos os grupos dos estudantes para formar sistemas académicos em pequenas comunidades. A comunidade académica como tal é um conjunto de estudantes de diferentes níveis de cursos.

Na presente ciência o termo comunidade trata muito aquilo que se chama de colegialidade. A comunidade como tal é toda aquela camaradagem de estudantes com um fim comum – a formação académica.

Quando se estuda numa sociedade de modo académico é necessário formar uma comunidade para discutir as questões ligadas à ciência. Enquanto se estuda nas mesmas escolas ou classes o viável é que haja uma melhor companhia entre os discentes. Pois atitudes como estas ajudarão no melhor crescimento e desenvolvimento da personalidade académica. A ciência como tal necessita de uma companhia de saberes para melhor discutir algo relacionado à invenção e ao desenvolvimento tecnológico.

Então para melhor superar o vazio intelectual é viável que os discentes criem comunidades académicas onde se encontrarão de vez em quando para aprenderem algo.

A comunidade como tal ajuda os discentes a partilharem do pouco e do muito que aprendem nas escolas tanto como nas instituições de ensino (Universidades e Institutos bem como Centros de Formação). Para tal é necessári frisar que ninguém cresce sozinho no mundo. Todo o homem precisa de companhia.

 

 

 

 

11. TESE SOBRE A EXISTÊNCIA DO TERMO DOCENTOLOGIA

 

Em favor de uma realidade chamada ensino e aprendizagem agrupada a um termo único, a Docentologia, é viável a sua existência como ciência do ensino e aprendizagem. Cada ciência surge como forma de defender algo que seja importante na sociedade académica e civil em geral. Tudo faz-se em favor do estudante e do docente, mas é inegável a existência da discência ou docência para aquisição de algo que seja.

Nunca existiu algo sem que tivesse o seu nome e o seu próprio autor. De facto, cada coisa, cada teoria, e cada ciência surge como forma de defender ou clarifica algo que existe ou que deve existir na sociedade civil em geral.

O termo docentologia implica várias funções dentre as quais: ensinar, aprender, educar, dirigir, clarificar, enfrentar, disciplinar, etc. Mas é interessante marcar o registo dos termos principais. Aprender, ensinar e educar. Portanto, estes três termos chamar-se-ão termos da tridimensionalidade formativa do homem. Pois, para formar o homem precisa da interacção dos três termos numa forma e maneira de qualificar o crescimento humano. Esta tríade representa realmente os três campos mais fortes da educação e da formação do homem.

Todavia, o termo docentologia é inesgotável quanto a atitude formativa do homem. O termo docentologia tem como radical: docent que adicionado a vogal (e) significa professor – docente - aquele que ensina algo. Ainda o termo docente pode ser adicionado a vogal (o) que também constituirá como vogal temática. Assim será docente =logo tem o tema principal em docente que englobará o docente e o discente, a docência e a discência. No entanto, a vogal implicará neste caso polissemia do termo. As principais realidades serão por acaso aprender e ensinar.

Há que pensar que o termo docentologia é limitado para tratar do ensino e aprendizagem e educação em simultâneo. Mas a tese que fica, é que o termo docentologia é sim mais referente ao docente a docência mas é necessário notar que ninguém se torna docente, mestre antes que tenha sido discente. A docentologia como tal abarca tudo o que é referente à educação tendendo na sua radicularidade ao ensino e aprendizagem.

A mestria e a docência são os fundamentos de uma forte aprendizagem ao longo ou curto tempo de experiência. Pois bem é somente sendo discente que se torna alguém docente. Para tal, o termo docentologia não deixaria não de abarcar a discentologia que é tratado sobre o aprendiz e a aprendizagem. Opta-se portanto, pelo termo docentologia como termo mais abrangente tal como o termo maior.

Reside uma realidade completiva entre a docentologia e discentologia; uma que trata do mestre e a mestria e a outra que trata do aprendiz e a aprendizagem. Mas entre o ser mestre e ser aprendiz o termo maior e completo é o ser mestre pois o mestre começou por ser aprendiz ou autodidacta ou ainda discente para melhor atingir a mestria e a perfeição sobre algo.

Em termos gerais a docentologia é mestre da discentologia independentemente de ser ou não perfeita no seu ofício. Pois ofício e ser docente e mestre consiste em ser discente aplicado e dedicado na sua área de estudo. O ser mestre e docente passa necessariamente por ser alguém dotado de todos os tipos de experiências na linha de aprendizagem. As experiências de todas as cores coroam uma harmonia cromática que ajuda a compreender diferentes tipos de realidades na linha de aprendizagem. Numa outra vertente tais experiências servem de vínculo de aderência e satisfação de todos os tipos de problemas que afectam o aprendiz tanto como o mestre.

No entanto é necessário que se comece por ser discente para melhor ser docente que é o termo completo da educação.

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