CORRENTES DA DOCENTOLOGIA
Da autoria de: Elleiannovichyy Osanzayya
Em docentologia
aborda-se o termo de correntes para explicar as diversas dimensões que
contrapõem ou apoiam o pensamento humano na linha da docência e da discência
num cômputo geral da educação. Quando se fala dos termos docência e discência
quer se abordar em termos mais vulgares aquilo que se chama ensino. Contudo,
para fundamentar o pensamento científico do homem, foi conveniente que
existissem estas correntes docentológicas. São correntes próprias da
docentologia que de acordo com a óptica do próprio autor visam elucidar aquilo
que é a verdade e realidade da educação ao nível humanitário. As correntes têm
como objectivo central clarificar e defender o ideal dos pensadores originais
bem como dos novos inventores, estudiosos e autodidactas em geral.
No mundo da
docentologia existem várias correntes, dentre as quais visam defender com
exactidão as teses da ciência educativa. Estas, postulam e discutem mais o
processo do ensino no mundo académico. Sendo assim velam pelo destino do
discente quanto ao progresso científico-intelectual em tempo pleno e lugar
definido. Portanto, têm a ver com a idade de ensino e aprendizagem na área de
edução da qual o discente ou personalidade docentológica se encontra.
Cada corrente
tem o seu objectivo principal de defesa, quer nos seus aspectos positivos e
quer nos seus aspectos negativos. Na linha positiva, valoriza e dá ênfase sobre
alguma atitude face as eventualidades e manifestações dos académicos. Assim a
mesma dá uma orientação necessária para enfrentar a melhor maneira de aprendizagem.
Na perspectiva negativa visa criticar aspectos negativos, incompatíveis e menos
viáveis à vida académica.
A crítica
consiste em corrigir aquilo que aparenta a mentira, a falsidade ou o erro e
sobretudo os chamados desvios docentológicos.
9.1. Docentismo
Docentismo é a
corrente defendida pelo criador da docentologia em via à defesa do destino do
docente em relação ao nível de docência. É nele que o discente encontra
caminhos para o esclarecimento da ciência e da vida. O criador defende que o
docente é o primeiro logotipo e pai na linha da aprendizagem acdemica e social.
Portanto e servo guiao da sociedade cientifica. O criador defende que o docente
é o astro que ilumina a visão do discente. Pois que, uma vez tendo formação
científico-profissional, guia a sociedade humana duma forma ordeira. Sem alguém
que saiba algo cientifico de caracter experimental, o mundo vive na obscuridade
gnosiologica. Nisto, é da ciência e da experiência da qual se pode ser docente
ou guião da sociedade. Dai que, é idubitábil a existência do docente, mestre,
ou um ser instruido na benfeiçao e perfeição para o serviço da sociedade em
geral.
O docentismo
propriamente dito, é a doutrina que defende a personalidade do docente. Nestes
termos, não foge do mestrismo e da mestria que se fundamenta na defesa sobre a
existência do mestre na área de acção. Nisto o docentismo trata sobretudo do
papel e importância do docente na sociedade civil. Ainda como tal e confirmável
facto na sociedade civil a qual e a importância do docente ao longo dos tempos.
É bem sabido que uma sociedade sem
professores é “desastre científico”. Uma palavra gémea ao docente que também
tem função de ensinar e instruir o seu
discípulo ou mestrando o que é necessário para a vida da sua carreira.
O docentismo
postula que o mestre é o farol que ilumina a visão do discente, ele é porém o
estímulo visual. A ciência é a luz mas o professor é a visão que permite
descobrir e distinguir a luz da treva. Seguramente, a descoberta de algo
compara-se às diferentes cores manifestadas ao longo dos tempos de
investigações científicas. A ciência é por outra vertente a luz, mas o docente
é a visão do saber no mundo da docentologia. É necessário crer que o docente
como tal conduz a sociedade académica. É dele que começa o nível de informação
mais universal.
Independentemente
de existir alto avanço ou baixo avanço deste, é dele que começa a existir o
ponto de partida sobre assuntos ligados à academia. O docente é ainda como
rodovia na qual se percorre para possuir sabedoria de algo. É necessariamente
dele que o aluno se deve orientar na busca do saber mais universalizado.
O vazio do
docente não deve constituir porém, um escândalo para a sociedade civil e muito
mais dos académicos. Isto porque cada docente tem a sua própria especialidade
de ensino e áreas de competência docentológica. Mas também, nem tudo aquilo que
existe na sua especialidade o docente sabe.
No entanto, ressalva-se que existem áreas menos dominadas pelo próprio
docente daí que, deve-se acompanhar com generosidade o vazio docentológico. O
engano de esclarecimento urge a compreensão e ou tolerância científica por
aqueles que velam pelo sistema de ensino.
Em docentismo, o
docente ou mestre é o guião principal do saber e do domínio da ciência excepto
nos locais onde haja técnicas avançadas acima dele em termos técnico
científicos. Mesmo que haja algo misterioso nos aprendizes, é ao docente ou
mestre a quem se deve aproximar para mínimas noções na ciência.
É viável
aprender a ensinar, pois bem, não chega aprender a estudar ou somente aprender
a aprender. É necessário que haja uma múltipla cadeia de compreensão sobre a
aprendizagem quer entre discentes, docentes bem como a cadeia dos docentes e
discentes assim como seja a dos mestres e aprendizes.
A mestria do
professor ou docente consiste necessariamente em saber transmitir aquilo que
vive e sabe acerca da ciência e do discente. Isto porém, garante o sucesso do
próprio aprendiz na sociedade civil, na nação e ao nível geral. De princípio, o
aprendiz ou discente não tira a perfeição do seu mestre mas antes porém,
torna-se espelho que glorifica o mestre no seu êxito de docência.
9.2. Discentismo
É a corrente
da docentologia que defende sobretudo a
vida académica do estudante, aprendiz, discente ou aluno. No entanto, este
termo quer designar por si mesmo, corrente que valoriza os êxitos dos
estudantes em todos os aspectos tendo em conta a promoção e o progresso
científico.
Favorece e
defende algo sobre as qualidades do estudante. O principal cerne do docentismo
postula-se na seguinte tese «Para ser
mestre é necessário, primeiro ser discente ou aprendiz»; «Enquanto se é
aprendiz, é bom aprender a virtude da perfeição mais cedo possível, aprender a
receber simulação académica para melhor ser mestre do saber». O fim último do
discentismo é levar o discente a atingir a perfeição e mestria sobre a
existência da matéria em voga.
Ainda o
discentismo defende que o estudante deve aceitar aprender a partir dos seus
próprios erros ou desvios discentológicos. E se tem fortes teses, teorias e
princípios formulados por experiência própria, é viável defendê-los com maior
segurança sem recear e nem recuar. Em discentismo diz-se que «A humildade na
aprendizagem é o princípio da mestria». Na mesma vertente diz-se que a
humildade na discência é o princípio da
docência e da perfeição.
O discentista é
porém aquele que advoga e postula os princípios de defesa em favor do sucesso e
progresso do aluno nos seus estudos. Isto é, defesa quer em ciência e
tecnologia quer noutras vertentes do saber. Nisto, razão pela qual também se
considera como arte de aprendizagem ou apego aos aprendizes.
Esta corrente
dedica-se porém ao ensino e estima bem como promoção do estudante na linha do
saber. Advoga o princípio da mestria na aprendizagem, frisa que «para se ser
mestre é necessário que se comece primeiro por ser mestrando ou dicente». No
entanto, o aluno deve aceitar a fase de aprendizagem em que se encontra tal
como uma etapa de transição.
O discente deve
também aprender a defender-se de princípios de sua própria vivência e
existência autêntica. A exemplo disso, o mundo dos autodidactas é o mundo de
estudos a partir de obras feitas ou experiências vividas. Com esta realidade o
discente também deve aprender a ser líder e enfrentador dos seus próprios estudos
em todos os campos do saber quer em situações de sucesso quer em situações de
insucesso. Ninguém já foi mestre das coisas que nunca aprendeu em vida. Para o
discentismo o homem é um ser em constante e permanente aprendizagem. Para ser discente de boa reputação pessoal passa
necessariamente, por ser alguém concentrado na aprendizagem. Pois que, requer
maior empreensão e dedicação.
É viável
considerar aquilo que o estudante e o professor são em relação a verdade e
realidade científica. Sabe-se que a verdade e realidade científica são termos
gémeos que derivam da prática quotidiana e histórica do próprio homem. No
entanto, é esse valor do discente na sociedade de aprendizagem.
Ao falar do
docente além do discente que o segue, há que frisar que a docentologia tende a
ser um caminho da ciência na concepção atemporal. Visa no entanto encaminhar o
homem docente e discente numa linha do saber mais reconhecível e confirmável.
Contudo a
docentologia seria como rio que carrega ou encaminha as águas desde a nascente
até ao mar ou mesmo ao oceano bem como seja no ponto mais cómodo e conversível.
Tal mar, oceano seria como a composição da nação, do Estado, da República ainda
mais da sociedade de alta instrução. O docente porém forma o homem na
mentalidade universal fazendo com que o mesmo se torne um ser comum e
convivível.
No entanto urge
compreender que o discente como tal deve se fiar no máximo possível ao docente
tal como um cordão na rola de uma renda crochética. Isto é, o discente é um dos
componentes valentes na sociedade académica em geral, constitui um dos pilares
da sociedade iluminada na sabedoria. Sem a discência seguramente será difícil
falar-se da perfeição, da docência e de outros termos lúcidos e compreensíveis
da família científica.
Compreende-se
que, o discente não é como um bloco a montar às paredes e nem uma árvore a
podar pois que ele tem suas dimensões das quais deve merecer atenção por parte
daquele que é docente, mestre ou condutor. Sem que esta atenção especial seja
observada pelo docente, incorrer-se-á o risco das adjectivações de mal-estar
que inutilizam e marcam mal o destino do discente. A melhor das maneiras é
educar o discente esperando ainda a sua misticidade ou misteriosidade da qual
far-lhe-á diferente e exclusivo daquilo que se nota exteriormente ou do que se
pensa da sua aparência.
9.3.
Originalismo
É a corrente da
docentologia que defende o homem discente bem como docente na sua vertente de
existência própria autêntica e original. Tende a julgar os processos da vida
segundo a sua concepção pura e modo de ser. No entanto uma concepção de
naturalidade virtual e de inteligência pura.
Entretanto, o
princípio ou teoria do originalismo defende que O homem só ganhará grandeza e
autoridade de saber enquanto souber defender com originalidade aquilo que
pensa, vive e viveu. O melhor dos admiráveis sábios, é aquele que cria algo do
nada defendendo com originalidade sem correr a busca de citações ou empréstimo
de pensamentos para se fundamentar. Nenhum homem é artificial no seu mundo,
cada homem é primeiro ou primogénito quer pela existência quer pela forma de
pensar e quer pela forma de conceber o mundo. Todavia, pode-se fazer referência
quando algo que vivemos terá ocorrido de forma semelhante com os outros. Esta
pode ser uma outra forma de mostrar o originalismo docentológico.
Nisto o homem
não deve aceitar de qualquer modo viver todo o seu tempo na atrelagem aos
outros. Nenhum homem é fotocópia ou atrelado dos outros mas sim aderente dos
outros.
No mundo da
originalidade, enquanto se enfrenta algo de real, original, não se teme do
adversário. Quanto mais se é original o homem se torna mais autêntico do que
vive. E assim o mundo mais natural se torna o que quer dizer não se sente
hóspede da sua personalidade. Na ciência, a melhor das virtudes seria a
originalidade da qual o homem mostra-se em primeiro lugar antes dos outros
pronunciando-se do que é da sua própria visão do ser pessoa. Mas como o mundo
dos “mais instruídos” ou mesmo os ditos “potentes em sapiência” apoderam-se de
tudo, muitos homens reinam na sombra da luz alheia. Mas o homem tal deveria
lutar para mostrar a sua natureza original.
Fique bem claro
de que o termo originalismo deriva do latim “origo”4, originis,
originem que quer dizer origem.
Foi adicionada a terminologia Ismo5 final.
9.3.1. Visão geral do originalismo
O originalismo
tende a fazer com que o homem tenha uma apreciação natural doa factos e
realidades do mundo que lhe rodeia. O homem tende a analisar e julgar os factos
por conta própria sem precisar de fazer citações ou referências sobre a sua
experiência. A capacidade, a experiência de vida faz com que o homem trate as
coisas do seu mundo de interpretação sem precisar de fazer citações de algo,
que tenha vivido ou mesmo de se atrelar à obras ou experiências vividas no
alheio.
Ao processo ou
atitude de defender algo de necessário e de coerência em realidades vividas
analisadas e conclusas por conta própria chama-se originalidade. Nestas
condições apelida-se também por originalismo ou naturalidade. É naturalidade
pelo facto de não necessitar grande esforço para explicar algo que seja de
conta própria. O originalismo é a inclinação que o homem possui às coisas da
sua existência, quer no seu pensamento, quer nos seus modos de conceber o mundo
diferentemente do já vivido e cógnito.
O homem não é
porém um ser privado de experiências, obras ou virtudes alheias bem como
pessoas. Ele é um ser dotado de certa originalidade de pensar diferente de
todos outros que já existem, existiram ou mesmo dos que existirão.
Enquanto pessoa humana,
o indivíduo tende a ser primogénito no seu mundo e no seu modo de ser e de
conceber a vida. Pois bem que, para começar ter uma apreciação crítica não
precisa nunca de pedir opinião alguém a capacidade de reflectir, ou julgar a
licitude ou ilicitude de algo em voga. Ele porém, tende a ver e analisar para
melhor agir, é a este carácter que também se chama originalismo.
O homem não é um
rio que deve transbordar as águas depois da nascente começar a desaguar. Ele é
um ser dotado de capacidades psíquicas, de princípios, teorias, teses e bases
próprias da vida. Tem princípios vivos que regem a sua vida em todos os níveis,
por mais que seja ou não actualizado noutra forma de conceber o mundo.
Em pensamentos e
obras, o homem nunca foi e nem será jamais produto final de qualquer criatura
humana. Tende a criar e recriar o seu pensamento segundo a sua maneira e visão
de conceber o mundo.
9.3.2. Capacidade intelectual
Em originalismo,
chama-se capacidade inteligiária as potencialidades gerais que ditam a inteligência
do homem na sua maneira desmistificadora sobre o mundo que lhe rodeia. A sua
diferença de expressividade na sociedade civil e condicionada pelos direitos,
deveres bem como liberdade de acção e benfeição ditam a capacidade de ser uma
pessoa inteligiária.
Capacidade
inteligiária é o conjunto de todas as manifestações naturais que ditam o homem
como um ser inteligente e único. Nesta vertente inteligiária, o homem não se
limita nas imitações mas sim nas iniciativas.
Se porventura
certo homem inventa ou produz certa obra, não é de originalidade de outrem mas
sim de si mesmo. No entanto, pode ser necessário ser alguém de criatividade.
Nesse caso chama-se criador se tirar algo de original para o mundo exterior.
Independentemente de existir ou não de certos juízos, com outros autores ou
pensadores na postulação dos factos lógicos ou científicos, a obra é daquele
que a fez do nada. Pois que é necessariamente o fruto da procura e da
experiência que deve aparecer algo de novidade ao mundo.
9.3.3. Originalidade como algo próprio
do homem
A originalidade
é algo que brota do próprio homem logo que nasce. Valores como os da
originalidade não são como algo que
necessita de poder mas é algo que precisa no entanto capacidade de acção e
criatividade. O facto de existirem várias coisas descobertas desde a criação da
humanidade, não quer dizer que tudo está descoberto. Pois que nem todo homem
conhece aquilo já foi criado. Certamente, há quem não tenha sabido que um
pensamento igual ao seu já terá sido coligido por um homem confirmado
universalmente.
A esta
capacidade de fazer algo sem intervenção de outras realidades alheias ao seu
mundo original, em docentologia chama-se originalidade. A originalidade é
inata, independente mas sociável, ela não surge graças a factos já existentes
ou extintos mas de tudo reside a sua virtude originária.
Por natureza
todo homem tende a ser original na sua maneira de conceber e de compreender o
mundo. Ninguém é atrelado a um passado para conceber o mundo no presente. Há
quem possa defender algo do passado, mas isto nunca tirará a originalidade da
mente humana em nenhum dos aspectos que for.
A originalidade
é um dom particular no qual pode-se comprovar o homem duma forma universal e
doméstica. A originalidade não se imita e nem se copia a ninguém. O homem na
sua originalidade não é um exemplo ou rascunho e muito mais sobressalente dos
outros. Isto quer no pensamento, nas acções, no passado e na história e quer
mesmo em tudo do que se vê nele. O homem como tal tem dom inato da sua maneira
de existir e de agir originariamente.
Em certos casos
ele pode ler ou auscultar o que se passou para compreender o que sucede hoje.
Mas mesmo com isso, não lhe tira o carisma da originalidade. A ninguém se
imita, pois que a forma de existir e de falar, pensar e ser, não são
propriedades privadas de ninguém.
9.4. Citacionismo
É a corrente que
defende a atitude de referências sobre as obras e pensamentos lidos ao longo de
certos trabalhos literários de teses. O citacionismo como tal, vive mais no mundo
dos académicos. O cerne desta corrente consiste em citar tudo aquilo que terá
sido feito de autoria alheia, isto é, na medida em que alguém afirma algo sem
ser da sua experiência lhe é obrigado dizer a quem se teria dado certo evento
ou facto.
No entanto, o
maior exagero reside em citar tudo aquilo que o homem fala como proposição ou
máxima. Porém a sua visão ou princípio funda-se na negação da originalidade do
pensamento humano, simplesmente da repetição às coisas já existentes ou
defendidas por grandes homens de renome científico ou literário. Até certo
ponto do exagero das citações, a docentologia confere como atitude de
ignorância e menosprezo da intelectualidade e autoridade científica do homem.
O citacionismo até certo ponto quando é
exigido aos homens (pensadores originais), inibe que haja pensadores originais
ou criadores de algo.
Nem sempre tudo
o que se vive e se fala hoje já foi feito e por isso deve ser citado. A
natureza não está conclusa na sua evolução e que pode porventura permitir que
cada homem seja citacionista de obras já feitas no passado. Há que acreditar
que tudo que se vive já foi vivido pelos sábios e antepassados. Mas contudo
estas e outras realidades, o homem não está obrigado a citar algo que não terá
lido. Certamente cita-se algo que teria sido lido de autoria de alguém nos seus
“escreveres” e “falares”. Na mesma, de qualquer ou doutra forma o citacionismo
tem lugar nas obras lidas e não nos pensamentos coincidentes ou melhor
acidentais.
O citacionismo
inibe o pensamento original do homem, não aceita o desenvolvimento intelectual
próprio ou científico do homem moderno em todos os tempos. Por vezes julga o
homem actual um ser inferior ao homem anterior ainda mais vê o homem novo como
incapaz de guiar os seus próprios destinos a luz própria.
Cada homem tem a
sua mentalidade de acordo com o tempo e lugar onde nasce e vive. Está dotado de
pelo menos, conhecimentos e visões inatas sobre o mundo para além daquilo que
vê e ouve dizer. Possui princípios, leis, teorias, normas e categorias de vida
pelas quais ele se guia de acordo com a sua experiência de vida. Razão pela
qual independentemente de conhecer ou não dos antigos sábios ele tem as
suas próprias concepções conclusivas
para afirmar-se na vida.
9.4.1. Perspectiva positiva
O citacionismo é
positivo quando tende a tomar referências ou citações correctamente aquilo que
se leu ou se ouviu dizer de alguém. Nesta linha, o citacionismo tem lugar com
objectivo de realizar algo que seja ou que tenha sido refutado por alguém.
Tende a ser valorativo e positivo quando reconhece autoridade e originalidade
literária e científica de uma obra lida e de um autor produtor.
Urge compreender
correctamente que os elementos
necessários e fundamentais de uma dada obra são os aspectos que o autor
sublinha como tese. Dá maior ênfase a um trabalho com finalidade de mostrar que
o que está escrito é algo trabalhado com base nos dados científicos ou
literários. Assim o citacionismo tem lugar na sociedade académica bem como
civil em geral. É necessário que o sujeito dos trabalhos das ciências tenha
maior cuidado com a originalidade dos homens. Pois que, nem tudo que se sabe
dos outros autores, as outras personalidades terão conhecido. Nessas condições
nenhum homem deve ser obrigado a citar algo que não tenha confirmado de alguém.
O mesmo também, com aquilo que viveu por si próprio.
A atitude de
citar algo que não seja de autoria, é também um fundamento para melhor defender
e realçar aquilo que o homem quer se referir. Em docentologia é viável citar
somente aquilo que se tenha ouvido falar de alguém ou então aquilo que teria
sido lido. Enquanto se fizer uma citação condigna precisa-se de dizer o nome
próprio do autor. Se ainda se recordar, o leitor pode dizer onde é que
encontrou a frase ou proposição. Quando se cita algo mostra-se que aquilo que
se fala ou que alguém fala não é da sua autoria. Mas revela que usou de alguma
obra para melhor dar sentido daquilo que deve dizer.
9.4.2. Perspectiva negativa
O citacionismo
tende a ser negativo quando se acredita que tudo o que o homem moderno ou
actual faz já foi feito no passado. Razões como estas fazem com que o homem não
experimente a autonomia sapiencial e original sobre a sua existência. Não
admite que o homem seja um ser virtual pela sua maneira de ser e de existir.
Enfim, procura inutilizar a posição e pensamento dos actuais pensadores
levando-os ao ócio da mente. No entanto atitude igual que consiste em tudo
citar chama-se atentado contra originalidade. Pois é preciso que se compreenda
que o homem como tal não é um imitador de renomes mas sim criativo e criador de
renome original, puro e natural.
Nega a
autoridade do homem atrelando todas as suas teorias a um passado clássico,
medievalesco ou mesmo primitivo. Assim conquista-se o ócio intelectual
alegando-se de que tudo já foi tratado pelos homens que a longo tempo
existiram.
A autoridade
sapiencial do homem vindouro não tem fundamento ou não terá fundamento por
completo porque tudo o que se vive já foi vivido pelos primeiros ou pelos
últimos. Atitudes como estas resumem-se numa simples frase «não há algo de novo
que se espera no homem moderno». Mas na realidade afirmar assim é completamente
um acidente. Ter que afirmar categoricamente que «tudo já está descoberto e bem
trabalhado, equivale a dizer que para o
homem novo nada se pode esperar da sua originalidade». Isto impele o homem ao
ócio e ao comodismo intelectual exacerbado.
É no entanto,
viável notar que, para o homem novo mesmo daquele que não teve experiência,
quando elabora algo de novo, certamente na sua mente sente-se recriar e
inventar algo. E para ele no seu mundo
nunca existiu nisso encontra-se algo da sua originalidade.
Tudo aquilo que
eu faço de novidade e que não tenha sido visto em mãos alheias por qualquer
homem é certamente uma invenção para mim. Mas para quem teria visto isso, certo
dia e com certo homem, seguramente não constituiria algo de novidade e nem
invenção; de igual modo que, se alguém não terá visto algo da sua obra, para
ele é pois um inventor e criativo da mesma. A verdade difícil de notar quando a
invenção é saber se sou primeiro, o único ou então o último a fazer algo que
seja de novo. Se alguém terá descoberto algo, não quer dizer que as portas das
descobertas estão trancadas, e que ninguém deverá jamais descobrir ou inventar algo.
Urge compreender
que cada homem tem os seus rumos e visões sobre o mundo e é nisso que lhe faz
com que consiga ver o mundo com originalidade na linha da descoberta. Descobrir
é procurar encontrar algo de novo que nunca se teria visto. Mas inventar é fazer
do nada algo, criar aquilo que nunca existiu em todos os tempos.
9.4.3. Transparência nos sistemas de
citação
No que concerne
as citações , é algo que deve ser executado em caso de alguém copiar ou
inspirar-se de uma obra acerca do seu trabalho. No entanto, se alguém fizer
algo da sua autoria sem se basear em fontes alheias não há necessidade de citar
ou fazer referência sobre tal trabalho, pois que entende-se que há homens
naturalmente génios na sua essência.
O oficio de
possuir princípios de vida consiste em ter experiências práticas vivas e
activas pelos factos da vida real. Portanto citar algo que não seja de autoria
de alguém é mesmo que inviabilizar o sentido humanitário e original de ambas as
partes quer do citante e quer do citando ou citado.
9.5. Personismo científico
É a corrente
docentológica que defende que o homem é um ser dotado de capacidades
intelectuais suficientes, eficientes proficientes de criar a ciência a seu
critério de vida e de visão sobre o
mundo. Ele é capaz de transformar a ciência na sua totalidade. Ele é a ciência
em termo de existência, ele foi o primeiro antes da ciência e depois da
matéria.
Para que haja
ciência é necessário que se distinga: a matéria, o homem ou sujeito, objecto ou
matéria de pesquisa. Nesta corrente a ciência é a matéria que é transformada em
objecto de estudo na qual o homem se aplica para entrar em contacto com o
mundo.
O principal
cerne do personismo científico reside em « provar que o homem é um ser
inesgotável na sua maneira de projectar a ciência, a tecnologia e todos os
níveis do saber. Porém a descoberta sobre os fenómenos naturais é infinda e
varia de tempo para tempo, de lugar para lugar e de geração em geração. Razão
pela qual não se deve afirmar que no mundo tudo está descoberto, ou então, que
o mundo está concluído daí que ninguém possa descobrir ou então desenvolver o
que existe».
Cada homem
descobre algo de acordo com a capacidade intelectual e científica e de acordo
com a experiência vivida. Nisto não se pode concluir que tudo está descoberto.
Mais do que
aderir a uma ciência antiga o homem pode abandoná-la ou ignorá-la com a
proposta de trazer um outro mundo científico. Este tende a ser diferente do
mundo já vivido na antiguidade. Por isso mesmo nem tudo aquilo que é ciência
terá o seu padrão no passado. Há quem num tempo presente possa criar algo que
existe entre o local do qual nunca viveu. Mesmo pode trazer novidades para um
mundo científico. Nisto o cientismo não é doutrina e nem corrente dos antigos
nem dos novos homens mas sim é próprio do homem.
Certamente o
homem moderno procura esgotar o seu pensamento e a sua criatividade alegando-se
que tudo já foi descoberto. É bem sabido que o passado nunca será presente e
nem este futuro.
As inovações
científicas tendem a ser notórias depois de um século ou milénio. O homem
moderno chegou ao seu limite máximo, mas as descobertas e as invenções nunca
terminarão. Pensa-se na mesma linha do futuro o homem do próximo milénio.
Certamente no próximo milénio o homem poderá abandonar certas teorias e se
possível ignorar certas ciências de um todo tempo para enfrentar realidades
desse tal tempo.
Na realidade é
inconcludível e inaceitável afirmar categoricamente que já se chegou ao fim das
descobertas e das invenções. A descoberta para a humanidade é inventada e goza
de perenidade enquanto o homem existir. Nem o homem de hoje, nem o de ontem,
foi inteligente que o outro. Mas o tempo é que determina o homem de acordo com
a acção e a capacidade de adaptação.
Em cada milénio
existiu algo que o homem descobriu e inventou. Do século para século, o homem
inventa algo, ele tende abandonar a teoria já passada para melhor enfrentar o
seu presente. Aceita-se no entanto, a personalidade científica daqueles que
criam e recriam o seu pensamento científico original. A autoridade de saber e
de criar está propriamente para quem investiga mas e quem mais consegue criar e
recriar o seu pensamento dando possível significado. Não se interessa o nível
de academia em que se encontra o criador, inventor ou o pensador, mas que
interessa mais é o sentido daquilo que quer dizer.
Ser cientista
não é somente trazer algo incógnito mas também é coligir o que já foi
descoberto. O facto de saber organizar os factos e saber descrevê-los implica
ser alguém de virtude científica e académica. A personalidade científica
adquire-se procurando os factos no seu real e julgando-os. Assim, quem ama a
ciência teria pouco tempo para a zombaria ou qualquer outro desvio de mente. Na
verdade as descobertas não terminaram e a ciência sempre estará em progresso. A
natureza é inconcludível no seu domínio. O que se sabe é que o homem moderno
chegou no seu limite máximo sobre as descobertas e sobre o conhecimento e
domínio da natureza.
As
descobertas não acabarão nunca e nunca o mundo estará acabado ou concluído do
trabalho ou mesmo da descoberta cada homem vê o mundo pela primeira vez e
procura no seu tempo compreender o mundo dando-se em descobertas.
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