quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A PRESENÇA CRISTÃ EM MADAGÁSCAR


Os primeiros humanos que chegaram em Madagáscar há mais ou menos 2 mil anos atrás vieram da Indonésia e da África. Mercadores africanos chegaram na ilha em meados de 800-900 a. C., quando começou o comércio na costa norte. O primeiro europeu a chegar na ilha foi o capitão português Diogo Dias, que viu Madagáscar no dia 19 de agosto de 1500. O navio do capitão Dias estava a caminho da Índia mas acabou em Madagáscar por engano. O capitão deu à ilha o nome de St. Lawrence. Nos anos 1500 os portugueses, os franceses, os holandeses e os ingleses, todos, tentaram estabelecer pontos de comércio em Madagáscar. Mas todas essas tentativas falharam por causa das condições hostis e da luta dos guerreiros Malgases.
Portanto foi século XVII que os missionários portugueses tentaram trazer para Malagaxe a notícia do cristianismo. Mas a história cristã do Madagáscar como ilha, foi muito diferente da do continente Africano. Os que responderam primeiramente de forma positiva ao Evangelho não foi a população do litoral com que se estabeleceu contacto primeiro, mas sim a população das terras altas do interior com o reino Merina centrado em Antananarivo capital do Madagáscar. Mas a grande onda de conversões teve ainda lugar no século XIX. A presença cristã permanente iniciou-se pela influência dos Britânicos que faziam catividades comerciais no Madagáscar com a aceitação do rei Radama I aos missionários Ingleses. Depois da morte do rei Radama I ascendeu ao poder sua esposa Rainha Ranavalona I que perseguiu os cristãos. Mas até esse período já tinha sido traduzida a Bíblia toda e os cristãos permaneceram fiéis à leitura dessa Bíblia embora muitos tenham sofrido martírio. Depois da morte da rainha se proclamou a liberdade religiosa. As primeiras tentativas de evangelização dos católicos sobretudo dos primeiros missionários portugueses já tinham falhado até o tempo da chegada dos missionários Jesuítas padres e irmãs de S. José de Cluny que se estabeleceram em Antananarivo em 1861. Estes, tiveram que enfrentar hostilidades por parte do protestantismo que era religião da corte. As duras e não raras guerras políticas levaram á expulsão dos missionários católicos ficando os seus neófitos que continuaram a manifestar sua fé sem medo conseguindo assim propagar a sua fé até o período da chegada sociedade francesa católica que veio a ajudar os jesuítas nomeadamente os padres do Espírito Santo que se fixaram no norte, os Lazaristas que se fixaram no sul seguidos pelos padres Salette em 1898.
O facto mais interessante é que já tinha lugar antes do estabelecimento colonial, um movimento de massa que tinha como religião o cristianismo. Pois os cristãos professos já tinham aumentado de 5000 em 1861 para um milhão em 1900 que representava 39% da população total. Depois seguiu-se com um aumento lento no período de 1900 a 1990: os protestantes 19%para 24%; os Católicos de 15% param 25%. Uma das razões deste ritmo lento foi a permanecia das tribos apegadas aos seus costumes e ao seu elaborado culto dos antepassados. A segunda razão foi a forte identificação das missões francesas com o poder colonial que era mais odiado que noutras partes. A terceira razão foi a disputa das três religiões cristã, protestante e Anglicana. Em 1947 teve lugar uma insurreição, sangrenta com matizes anticristã. Como consequências a religião tradicional é ainda seguida por metade da população embora graças ás escolas missionários, os cristãos sejam os líderes da vida pública. Enquanto que a elite merina e a capital Antananarivo tornaram-se predominantemente protestantes a evangelização católica era dirigida principalmente às massas camponesas e às regiões do litoral. Só o protestantismo foi capaz de preservar uma notável unidade com a Igreja de Jesus Cristo de Madagáscar em relação aos Anglicanos que preferiram conservar sua identidade. A vida interior da Igreja católica tem sido marcada por um firme e sólido progresso. O ano de 1900 em que havia 95000 batizados e 266000 catecúmenos foi seguido por um período de consolidação de tal modo que vinte anos mais tarde, havia 300 000 baptizados e 50 000 catecúmenos. Ao mesmo tempo que existia um número prometedor de vocações religiosas: as congregações freiras que admitiam noviças malgaxes e alguns seminaristas começaram a estudar filosofia. O primeiro Bispo em Malgaxe foi Ugandês de nome Kiwanuka e seu vicariato foi Monsenhor Ignace Ramaroandratana com a diocese em Miarinarivo com 12 padres e 300 fiéis. A Arquidiocese de Tenerife em Antananarivo havia sido confiada a um metropolitano malgaxe. O Arcebispo Jerome Rakotamalala que foi mais tarde elevado ao cardeal em 1969. A terceira sede metropolitano foi no norte do Antananarivo desde 1989 com o arcebispo Diego Suarez indigenisado em 1967com 12 dioceses das quais três eram assistidos pelos padres jesuítas e Salete. Portanto o clero malgaxe é proveniente na sua maioria de congregações religiosas e os jesuítas locais foram a mais antiga e segunda maior província da sociedade de Jesus em Africa. Há também excelente educação no importante Seminário Nacional de São Pedro gerido pelos jesuítas ao qual foi agregado em 1960 um instituto superior de teologia. Portanto a participação de Malgaxes nas sociedades missionárias foi sempre abundante tanto em freiras como em irmãos. Jovens que tinham a vocação religiosa juntaram-se aos irmãos professores dos quais os irmãos de La Sale tinham chegado a Madagáscar em 1866. Até ano 70 havia 54 comunidades de irmãs missionárias importadas na ilha e todas tinham membros malgaxes. Nas congregações mais antigas, estas irmãs locais constituíam a maioria. Em 1981 o seu total era de 1200 contra 1740 irmãs vindas do estrangeiro. O que dá a entender que a tentativa do Arcebispo razafirmahatratra de instituir uma congregação de irmãs mais genuinamente malgaxes teve pouco êxito. Toda esta situação mostrava que a chefia da Igreja católica em Malgaxe estava culturalmente orientada para França em contraste com os 12000 catequistas os quais eram na maior parte líderes das pequenas comunidades cristãs dispersas pelas zonas rurais. Até o ano de 1980 foi criada comissão do conselho das Igrejas cristãs em malgaxe: Igrejas Luteranas; Anglicana e Católica, com fins de diálogo Inter-religioso. Este conselho atualmente tem dito importantes reuniões sobre a situação das igrejas para influenciar os políticos do governo. A igreja católica, fiel aos valores positivos socialistas de justiça e solidariedade mas permanecer sozinha na defesa das escolhas privadas e do direito dos pais de escolherem a educação dos seus filhos.

As Ilhas Mauricias
A Maurícia ou Maurício, também chamada de ilhas Maurícias ou ilhas Maurício, é um país do oceano Índico, constituído pelas ilhas Mascarenhas orientais (ilha Maurícia e ilha Rodrigues) e por dois arquipélagos de ilhotas mais a norte: as ilhas Cargados Carajos e Agalega. A Maurícia disputa ainda com Madagáscar e a França que a ocuparam deste 1715 seguidos dos Inglese em 1810.  Os seus vizinhos mais próximos são o departamento francês de Reunião, a oeste, e as Seychelles, a norte. Sua capital é Port Louis. Juntamente com Líbia e Seychelles, é o único país do continente africano com Índice de Desenvolvimento Humano considerado alto. Sendo dois terços dos escravos africanos que uma dada altura se revotaram a trabalhar nas plantações o que fez com que fossem substituídos com os hindus.
No que toca à presença cristã, a Ilha foi evangelizada pelos padres Lazaristas em 1722 e continuada por alguns Beneditinos em 1819. Apesar desta evangelização a situação dos escravos permaceceu em condições deploráveis sendo somente um apostolo padre Jacques Laval que se dedicou ao cuidado dos escravos. Este, c om a ajuda de alguns padres dos Espírito Santo e catequistas conseguiu converter quase todos dos 60 000 escravos emancipados e fez deles os mais vivos crioulos cristãos com uma rica vida eucarística, muitas associações religiosas a mais alta cuota de casamentos critãos de qualquer País africano. Em 1850 foi fundada uma congregação local de irmãs de caridade com um grande número de irmãs crioulas. Nopn que diz respeito às vocações sacerdotais havia desde ano de 1821 até  século XX. O padre Laval morreu e permaneceu venerado pelos crioulos e hindus e foi beadificado em 1979. Os poucos milhares de cristãos não católicos que ali vivem são principalmente Europeus; os Anglicanos que têm o seu próprio bispo desde 1810. A ilha crioulo desde o Concílio Vativano II tem uma instituição ecuménica trata-se de comité Inter-religioso da Mauritania composto por 17 grupos religiosos incluindo cristãos, hindus e muçulumanos. Em 1988 o bispo católico de porto Diocese da Ilha Louis foi feito cardeal.

ILHAS REUNIÃO
A ilha de reunião que tem mais ou mesmo tamanho que a sua vizinha ilha Maurícia foi ocupada pela França em 1638, desde então permanecendo uma colonia francesa. Os primeiros missionários a evangelizar a Ilha foram os padres Lazaristas que ali chegaram e se mantiveram em 1665. Mas até século XIX A atividade do padre Frederick Le Vavassel, um filho crioulo foi muito notória por ter fundado com Liberman a ordem reformada dos padres do Espírito Santo e ajudado aos escravos a emancipados a manterem-se em defesa a quanto sua revolta contra os trabalhos das plantações de açúcar na ilhas Maurícia. A promulgação foi feita em todas as cidades durante a celebração de uma missa solene em que as pessoas levavam archote. Para que os emancipados pudessem encontrar emprego, o padre abriu escolas de comércio. Entre as raparigas, promoveu as vocações religiosas tendo fundado a congregação de freiras africanas que não tardaram a espalhar-se pela ilha Maurícia e Madagáscar que em 1860 passaram para o continente africano. Em 1916 as ilhas Maurícia e Reunião foram confiadas aos padres do Espírito Santo e houve um renascimento da fé e da prática religiosa em conjunto com o aumento das vocações sacerdotais e religiosas.
SEYCHELLES A
Seychelles é um arquipélago constituído por 92 pequenas ilhas inicialmente povoadas pelos franceses nos anos de 1742 mas que passaram para a mão dos Ingleses que fizeram dela uma colónia da coroa. As Seychelles foram evangelizadas pelos sacerdotes capuchinhos franceses a qual mais tarde em 1892 se transformou numa diocese de porto Victória. Os cuidados pastorais sofriam constantemente da falta de padres até que vieram os capuchinhos franco-suíços que se encarregaram deste aspecto. Mas nem por isso deixou de haver problemas pois havia a questão da língua proveniente do facto de a Igreja falar francês e de a população falar Inglês. Este problema tonou-se um a questão aguda nas escolas onde os maristas franceses tiveram de entregar os colégios aos irmãos Canadianos da instrução cristã. No que diz respeito ás vocações religiosas, as mulheres iam à frente, havia cerca de 50 raparigas naturais das Seychelles entre as quais as irmãs de S. José de Cluny. Mas as vocações sacerdotais permaneceram escassas.

COMORES
As quatro ilhas Comores têm o mesmo carácter que Zanzibar colonizado pelos Árabes no século XIV que islamizaram a população local que é composta de bantos macua e de malgaxes. Daí que os habitantes das comores sejam inteiramente muçulumanos. As ilhas eram administradas a partir de Madagáscar, tendo recebido autonomia interna, tornaram-se independentes em 1975. Os poucos milhares de católicos vindos principalmente das ilhas da reunião e Maurícia ficaram sob a administração da diocese de Ambanja em Madagáscar. Desde 1973 os bispos da ilha Mauricia, da ilha da reunião e das Seychelles têm uma reunião anual e, em 1990 formaram a conferencia episcopal de oceano indico que coordena a actividade pastoral nas ilhas. As Comores são representadas por um dele.

Bibliografia:
 BAUR John, 2000 Anos Cristianismo em África; uma História da Igreja africana, ed. Paulistas Janeiro de 2002.

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