Os primeiros humanos que chegaram em Madagáscar há mais ou menos 2 mil anos
atrás vieram da Indonésia e da África. Mercadores africanos chegaram na ilha em
meados de 800-900 a. C., quando começou o comércio na costa norte. O primeiro
europeu a chegar na ilha foi o capitão português Diogo Dias, que viu Madagáscar
no dia 19 de agosto de 1500. O navio do capitão Dias estava a caminho da Índia
mas acabou em Madagáscar por engano. O capitão deu à ilha o nome de St.
Lawrence. Nos anos 1500 os portugueses, os franceses, os holandeses e os
ingleses, todos, tentaram estabelecer pontos de comércio em Madagáscar. Mas
todas essas tentativas falharam por causa das condições hostis e da luta dos
guerreiros Malgases.
Portanto
foi século XVII que os missionários portugueses tentaram trazer para Malagaxe a
notícia do cristianismo. Mas a história cristã do Madagáscar como ilha, foi
muito diferente da do continente Africano. Os que responderam primeiramente de
forma positiva ao Evangelho não foi a população do litoral com que se
estabeleceu contacto primeiro, mas sim a população das terras altas do interior
com o reino Merina centrado em Antananarivo capital do Madagáscar. Mas a grande
onda de conversões teve ainda lugar no século XIX. A presença cristã permanente
iniciou-se pela influência dos Britânicos que faziam catividades comerciais no
Madagáscar com a aceitação do rei Radama I aos missionários Ingleses. Depois da
morte do rei Radama I ascendeu ao poder sua esposa Rainha Ranavalona I que perseguiu
os cristãos. Mas até esse período já tinha sido traduzida a Bíblia toda e os
cristãos permaneceram fiéis à leitura dessa Bíblia embora muitos tenham sofrido
martírio. Depois da morte da rainha se proclamou a liberdade religiosa. As
primeiras tentativas de evangelização dos católicos sobretudo dos primeiros
missionários portugueses já tinham falhado até o tempo da chegada dos
missionários Jesuítas padres e irmãs de S. José de Cluny que se estabeleceram
em Antananarivo em 1861. Estes, tiveram que enfrentar hostilidades por parte do
protestantismo que era religião da corte. As duras e não raras guerras
políticas levaram á expulsão dos missionários católicos ficando os seus
neófitos que continuaram a manifestar sua fé sem medo conseguindo assim propagar
a sua fé até o período da chegada sociedade francesa católica que veio a ajudar
os jesuítas nomeadamente os padres do Espírito Santo que se fixaram no norte,
os Lazaristas que se fixaram no sul seguidos pelos padres Salette em 1898.
O
facto mais interessante é que já tinha lugar antes do estabelecimento colonial,
um movimento de massa que tinha como religião o cristianismo. Pois os cristãos
professos já tinham aumentado de 5000 em 1861 para um milhão em 1900 que
representava 39% da população total. Depois seguiu-se com um aumento lento no
período de 1900 a 1990: os protestantes 19%para 24%; os Católicos de 15% param
25%. Uma das razões deste ritmo lento foi a permanecia das tribos apegadas aos
seus costumes e ao seu elaborado culto dos antepassados. A segunda razão foi a
forte identificação das missões francesas com o poder colonial que era mais
odiado que noutras partes. A terceira razão foi a disputa das três religiões
cristã, protestante e Anglicana. Em 1947 teve lugar uma insurreição, sangrenta
com matizes anticristã. Como consequências a religião tradicional é ainda
seguida por metade da população embora graças ás escolas missionários, os
cristãos sejam os líderes da vida pública. Enquanto que a elite merina e a
capital Antananarivo tornaram-se predominantemente protestantes a evangelização
católica era dirigida principalmente às massas camponesas e às regiões do
litoral. Só o protestantismo foi capaz de preservar uma notável unidade com a
Igreja de Jesus Cristo de Madagáscar em relação aos Anglicanos que preferiram
conservar sua identidade. A vida interior da Igreja católica tem sido marcada
por um firme e sólido progresso. O ano de 1900 em que havia 95000 batizados e
266000 catecúmenos foi seguido por um período de consolidação de tal modo que
vinte anos mais tarde, havia 300 000 baptizados e 50 000 catecúmenos. Ao mesmo
tempo que existia um número prometedor de vocações religiosas: as congregações
freiras que admitiam noviças malgaxes e alguns seminaristas começaram a estudar
filosofia. O primeiro Bispo em Malgaxe foi Ugandês de nome Kiwanuka e seu
vicariato foi Monsenhor Ignace Ramaroandratana com a diocese em Miarinarivo com
12 padres e 300 fiéis. A Arquidiocese de Tenerife em Antananarivo havia sido
confiada a um metropolitano malgaxe. O Arcebispo Jerome Rakotamalala que foi
mais tarde elevado ao cardeal em 1969. A terceira sede metropolitano foi no
norte do Antananarivo desde 1989 com o arcebispo Diego Suarez indigenisado em
1967com 12 dioceses das quais três eram assistidos pelos padres jesuítas e Salete.
Portanto o clero malgaxe é proveniente na sua maioria de congregações
religiosas e os jesuítas locais foram a mais antiga e segunda maior província
da sociedade de Jesus em Africa. Há também excelente educação no importante
Seminário Nacional de São Pedro gerido pelos jesuítas ao qual foi agregado em
1960 um instituto superior de teologia. Portanto a participação de Malgaxes nas
sociedades missionárias foi sempre abundante tanto em freiras como em irmãos.
Jovens que tinham a vocação religiosa juntaram-se aos irmãos professores dos
quais os irmãos de La Sale tinham chegado a Madagáscar em 1866. Até ano 70
havia 54 comunidades de irmãs missionárias importadas na ilha e todas tinham
membros malgaxes. Nas congregações mais antigas, estas irmãs locais constituíam
a maioria. Em 1981 o seu total era de 1200 contra 1740 irmãs vindas do
estrangeiro. O que dá a entender que a tentativa do Arcebispo razafirmahatratra
de instituir uma congregação de irmãs mais genuinamente malgaxes teve pouco
êxito. Toda esta situação mostrava que a chefia da Igreja católica em Malgaxe
estava culturalmente orientada para França em contraste com os 12000
catequistas os quais eram na maior parte líderes das pequenas comunidades
cristãs dispersas pelas zonas rurais. Até o ano de 1980 foi criada comissão do
conselho das Igrejas cristãs em malgaxe: Igrejas Luteranas; Anglicana e
Católica, com fins de diálogo Inter-religioso. Este conselho atualmente tem
dito importantes reuniões sobre a situação das igrejas para influenciar os
políticos do governo. A igreja católica, fiel aos valores positivos socialistas
de justiça e solidariedade mas permanecer sozinha na defesa das escolhas
privadas e do direito dos pais de escolherem a educação dos seus filhos.
As Ilhas
Mauricias
A
Maurícia ou Maurício, também chamada de ilhas Maurícias ou ilhas Maurício, é um
país do oceano Índico, constituído pelas ilhas Mascarenhas orientais (ilha
Maurícia e ilha Rodrigues) e por dois arquipélagos de ilhotas mais a norte: as
ilhas Cargados Carajos e Agalega. A Maurícia disputa ainda com Madagáscar e a
França que a ocuparam deste 1715 seguidos dos Inglese em 1810. Os seus vizinhos mais próximos são o
departamento francês de Reunião, a oeste, e as Seychelles, a norte. Sua capital
é Port Louis. Juntamente com Líbia e Seychelles, é o único país do continente
africano com Índice de Desenvolvimento Humano considerado alto. Sendo dois
terços dos escravos africanos que uma dada altura se revotaram a trabalhar nas
plantações o que fez com que fossem substituídos com os hindus.
No que toca à presença cristã, a Ilha foi evangelizada
pelos padres Lazaristas em 1722 e continuada por alguns Beneditinos em 1819.
Apesar desta evangelização a situação dos escravos permaceceu em condições
deploráveis sendo somente um apostolo padre Jacques Laval que se dedicou ao
cuidado dos escravos. Este, c om a ajuda de alguns padres dos Espírito Santo e
catequistas conseguiu converter quase todos dos 60 000 escravos emancipados e
fez deles os mais vivos crioulos cristãos com uma rica vida eucarística, muitas
associações religiosas a mais alta cuota de casamentos critãos de qualquer País
africano. Em 1850 foi fundada uma congregação local de irmãs de caridade com um
grande número de irmãs crioulas. Nopn que diz respeito às vocações sacerdotais
havia desde ano de 1821 até século XX. O
padre Laval morreu e permaneceu venerado pelos crioulos e hindus e foi
beadificado em 1979. Os poucos milhares de cristãos não católicos que ali vivem
são principalmente Europeus; os Anglicanos que têm o seu próprio bispo desde
1810. A ilha crioulo desde o Concílio Vativano II tem uma instituição ecuménica
trata-se de comité Inter-religioso da Mauritania composto por 17 grupos
religiosos incluindo cristãos, hindus e muçulumanos. Em 1988 o bispo católico
de porto Diocese da Ilha Louis foi feito cardeal.
ILHAS REUNIÃO
A
ilha de reunião que tem mais ou mesmo tamanho que a sua vizinha ilha Maurícia
foi ocupada pela França em 1638, desde então permanecendo uma colonia francesa.
Os primeiros missionários a evangelizar a Ilha foram os padres Lazaristas que
ali chegaram e se mantiveram em 1665. Mas até século XIX A
atividade do padre Frederick Le Vavassel, um filho crioulo foi muito notória
por ter fundado com Liberman a ordem reformada dos padres do Espírito Santo e
ajudado aos escravos a emancipados a manterem-se em defesa a quanto sua revolta
contra os trabalhos das plantações de açúcar na ilhas Maurícia. A promulgação
foi feita em todas as cidades durante a celebração de uma missa solene em que
as pessoas levavam archote. Para que os emancipados pudessem encontrar emprego,
o padre abriu escolas de comércio. Entre as raparigas, promoveu as vocações
religiosas tendo fundado a congregação de freiras africanas que não tardaram a
espalhar-se pela ilha Maurícia e Madagáscar que em 1860 passaram para o
continente africano. Em 1916 as ilhas Maurícia e Reunião foram confiadas aos
padres do Espírito Santo e houve um renascimento da fé e da prática religiosa
em conjunto com o aumento das vocações sacerdotais e religiosas.
SEYCHELLES A
Seychelles
é um arquipélago constituído por 92
pequenas ilhas inicialmente povoadas pelos franceses nos anos de 1742 mas que
passaram para a mão dos Ingleses que fizeram dela uma colónia da coroa. As
Seychelles foram evangelizadas pelos sacerdotes capuchinhos franceses a qual
mais tarde em 1892 se transformou numa diocese de porto Victória. Os cuidados
pastorais sofriam constantemente da falta de padres até que vieram os
capuchinhos franco-suíços que se encarregaram deste aspecto. Mas nem por isso
deixou de haver problemas pois havia a questão da língua proveniente do facto
de a Igreja falar francês e de a população falar Inglês. Este problema tonou-se
um a questão aguda nas escolas onde os maristas franceses tiveram de entregar
os colégios aos irmãos Canadianos da instrução cristã. No
que diz respeito ás vocações religiosas, as mulheres iam à frente, havia cerca
de 50 raparigas naturais das Seychelles entre as quais as irmãs de S. José de
Cluny. Mas as vocações sacerdotais permaneceram escassas.
COMORES
As
quatro ilhas Comores têm o mesmo carácter que Zanzibar colonizado pelos Árabes
no século XIV que islamizaram a população local que é composta de bantos macua
e de malgaxes. Daí que os habitantes das comores sejam inteiramente
muçulumanos. As ilhas eram administradas a partir de Madagáscar, tendo recebido
autonomia interna, tornaram-se independentes em 1975. Os poucos milhares de
católicos vindos principalmente das ilhas da reunião e Maurícia ficaram sob a
administração da diocese de Ambanja em Madagáscar. Desde 1973 os bispos da ilha
Mauricia, da ilha da reunião e das Seychelles têm uma reunião anual e, em 1990
formaram a conferencia episcopal de oceano indico que coordena a actividade
pastoral nas ilhas. As Comores são representadas por um dele.
Bibliografia:
BAUR
John, 2000 Anos Cristianismo em África; uma História da
Igreja africana, ed. Paulistas Janeiro de 2002.
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