O Evangelho de Mateus foi escrito nos anos 80, em Judeia. Escreve para os cristãos de origem judaica. A finalidade é de mostrar aos judeus que Jesus Cristo é o Filho de Deus esperado.
Teologia:
Um dos temas principais da teologia de Mateus é o da Igreja. Mateus sempre foi considerado como o Evangelho Eclesial porque é o único que aparece a palavra Igreja. Em Mateus 16,18, Jesus promete a construção de sua Igreja. A comunidade de Jesus é a sua Igreja, na qual permanece para sempre, e que deve continuar a sua missão para todos os povos.
Mateus estabelece uma continuidade estreitíssima entre Jesus e a comunidade. Ao descrever o envio dos discípulos no capítulo 10, sublinha com grande ênfase a continuidade dos discípulos com a mensagem, obras e comportamento de Jesus. A Igreja é uma fraternidade que conta sempre com a presença do Senhor. Jesus chama “meus irmãos aos seus discípulos”. Aliás, Mateus só usa uma vez a palavra apóstolos; enquanto que a palavra discípulos é repetida muitas vezes e é característico da sua teologia. Ser discípulo significa ser cristão. Esta Igreja tem Pedro como o fundamento e protótipo dos discípulos.
Dentro da Igreja, Mateus acentua o aspecto moral e os ensinamentos de Jesus e insiste na prática da justiça, realizar boas obras e produzir bons frutos. Mateus reconhece que a Igreja é um Corpo místico, constituído de joio e trigo, isto é, de maus e bons. Não basta estar convidado para pertencer a Igreja, mas é preciso ter a veste apropriada, que é a prática da justiça cristã. A vida moral do cristão está resumida no Sermão da montanha.
Mateus é o único evangelista que usa a expressão parusia para falar do Filho do Homem.
Estrutura do Evangelho de Mateus
1-Narrativa da infância (1,1-2,23)
2-Proclamação do Reino (3, 1-7,29)
3-Ministério e missão na Galileia (8, 1-11,1)
4-Oposição de Israel (11,2-13,51)
5-Jesus, o Reino e a Igreja (13,54-18,35)
6-Ministério na Judeia e em Jerusalém (19, 1-25,46)
7-Paixão e Ressurreição (26, 1-28, 40).
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