1. ERITREIA
A Eritreia ficou independente em 24 de Maio de 1993, com uma população etnicamente mesclada de 3,5 milhões de almas, é em parte iguais, cristã e muçulmana. Entre eles reina um espírito ecuménico de tolerância mútua.
Na Eritria há dois grupos de cristãos católicos: uns seguem o rito etiope (ge`ez), a Diocese de Asmara, e outros seguem o rito latino, o Vicariato Apostólico de Asmara num total de 95 000 católicos. Em 1997, foram criadas duas novas dioceses que seguem o rito Ge`ez: Keren e Barentu, e o país entrou para a AMECEA – Associação de Membros das Conferências Episcopais da África Oriental (ADS 459).
2. SOMÁLIA
A Somália é um país inteiramente islâmico. As tentativas missionárias cristãs foram feitas durante a época colonial sob governo italiano, mas os britânicos proibiram estritamente, qualquer presença cristã no seu território. Os protestantes Menonitas e Católicos dedicaram-se ao trabalho institucional.
A presença cristã começou em 1881 de forma embrionária, «mas a evangelização foi definitivamente iniciada pelos missionários da Consolata em 1927». Em 1972, todas as propriedades da Igreja, excepto a catedral católica, foram nacionalizadas por um governo socialista e os protestantes tiveram de sair. Em 1975, havia apenas 7 frades e 62 irmãs da Consolata cuja caridade hospitalar era muito apreciada até 1992.
3. DJIBUTI
Este país alcançou a independência do jugo francês a partir de 1977. Outrora pertenceu à Etiópia cristã, mas foi conquistado pelo reino islâmico de Adal, no século XVI. A atividade missionária é basicamente exercita pelos Capuchinhos pertencendo ao Vicariato Apostólico dos Galas. «Em 1955, foi instituída uma diocese. Há cerca de um milhão de cristãos provenientes da Somália»[1].
Conclusão
Falar do Cristianismo no Corno de África remete-nos a relembrar os enormes desafios levados a cabo pelos missionários frente ao Islamismo. Neste período do século XX o impulso missionário foi acompanhado sempre mais com a acção dos reis e imperadores. Na Etiópia, por exemplo, o Hailé Salessié desempenhou um papel inexorável na missionação da Igreja etíope.
Numa visão de conjunto, importa-nos salientar que apesar da abertura na recepção dos missionários, nenhuma das missões europeias alcançou a meta de uma Igreja etíope renovada, reunida ao cristianismo europeu, que pudesse servir de trampolim para a evangelização do interior de África. Porém, foram alcançadas sementes importantes, como o interesse pela Bíblia dos protestantes e o núcleo católico de uma Igreja etíope unida a Roma. Contudo, há uma particularidade por salientar no Corno de África: enquanto uns seguem o rito Oriental, outros seguem o rito latino.
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