sexta-feira, 19 de abril de 2013

JESUS COMO REFERÊNCIA PARA O HOMEM

JESUS É A REFERÊNCIA PRINCIPAL PARA FALAR ADEQUADAMENTE DO HOMEM
Introdução
Dizer que Jesus é referência principal para falar adequadamente do homem acarreta a formulação de várias questões, mas há duas que nos vão orientar na abordagem deste tema. Com efeito, não existiu no universo um homem capaz de superar o Homem Jesus Cristo. Ele foi Homem que se tornou referência porque radical no seu projecto fundamental de realizar a vontade do Pai e de permanecer no seu lugar enquanto Filho obediente. Assim, de que maneira e porque Jesus é a referência principal para falar adequadamente do homem? Quais as características que nos permitem ver Jesus como referência principal para o homem?
Como se depreende pela acuidade das questões, trata-se de um tema não só de capital importância como também pertinente porque a existência do homem só se esclarece à luz do Verdadeiro Homem que depois de tentado foi vitorioso. Aliás, todo o homem pode-se reconhecer nele na sua tentação e aprender dele a ser homem diante de Deus.

1. De que maneira e por que Jesus é a referência principal para falar adequadamente do homem?
O ponto de partida desta reflexão é a vitória de Jesus sobre a tentação que lhe era imposta pelo diabo. Como novo Adão, Jesus é o Homem por excelência na sua tentação, porque optou por permanecer fiel à relação filial, a relação de dependência à sua origem. Por isso encontramos nele um modelo para aprendermos a ser homem diante de Deus.
Ademais, Jesus é a referência principal para falar adequadamente do homem dado que todo discurso que trate do homem deve ter como ponto de partida e de chegada a pessoa de Jesus Cristo que é o centro de referência do homem. Não é possível compreender o homem sem referi-lo ao verdadeiro Homem, Jesus. De facto, «o mistério do homem não se esclarece verdadeiramente que no mistério do Verbo encarnado» (GS 22).
A referência em Jesus Cristo consiste em reconhecer que a existência humana não tem sentido sem ligação a ele que alicerça a nossa vida. Pois, em Jesus a natureza humana foi assumida e elevada à excelsa dignidade unindo-se de forma indelével a cada homem na sua encarnação. Assim, a “não há uma antropologia cristã sem uma Cristologia”. Na verdade, ser homem é ser como Jesus. Ele recusou radicalmente a ruptura filial e diz que nada é melhor do que ser Filho. Ele reconhece e aceita a sua condição de Filho. Deste modo, Jesus foi e continua sendo o único suporte verdadeiro da humanidade e de todos os homens. Desde a encarnação até a sua vitória sobre a morte, Jesus foi Homem que se configurou verdadeiramente com a humanidade. Na sua caminhada humana se manifesta a graça da criação ensinando-nos a ser homens diante de Deus. Daí que todo discurso sobre o tratado do homem e da humanidade deve ser Cristocêntrico, convergindo todo olhar em Cristo. Ipso facto, para falarmos de forma adequada do homem é imprescindível ter como referência Jesus Cristo, o único Homem que na sua vida foi coerente com a sua natureza e permaneceu fiel à sua origem até ao fim embora tenha sido homem igual a nós excepto no pecado (Heb 4,15).

2. Quais as características que nos permitem ver Jesus como referência principal para falar adequadamente do homem?
Jesus é o único Homem cujas características paradigmatizam toda a humanidade. Jesus viveu a sua humanidade, verdadeiramente, sem fazer de contas que fosse homem. Por outro lado, nele se manifesta a graça da criação que leva o homem a ser filho diante de Deus. De facto, Jesus é o exemplo claro da relação de dependência com o seu Pai, sem excluir a sua autonomia e liberdade. Desde sempre nunca quis substituir o Pai, permaneceu sempre na posição de Filho sem rebelar-se e sem procurar ser dono da sua origem.
Portanto, Ele foi sempre verdadeiro Deus sem deixar de ser verdadeiro Homem. Ele aperfeiçoa e plenifica o plano de santificação dos homens através da revelação do amor do Pai que nos manifestou como meta a que devemos buscar incansavelmente. Apesar de ser Homem, Jesus nunca rompeu a sua ligação com o Pai. Ele é a imagem visível do Deus invisível (Cl 5,1).
O ensino e o exemplo, a figura e a própria vida de Jesus são de grande importância e nos ajudam a espelhar a nossa vida. Daí que ninguém é mais humano, mais homem fora do Homem Cristo que Pilatos O mostrou aos judeus exclamando: “Eis o Homem”. Na verdade, o Evangelho mostra que Cristo é o protótipo da humanidade. Só Cristo nos dá a última palavra de nossa realização, de nossa total humanização. Vivendo com Ele entramos no novo humanismo que se abre ao Absoluto, no reconhecimento de uma vocação que dá o verdadeiro sentido à vida humana à luz da fé, esperança e caridade.

Conclusão
Jesus é a referência principal para falar adequadamente do homem porque na sua humanidade perfeita, Ele realiza a vontade do Pai a todo o momento. Enfim, importa referir que Jesus não só serve de referência por sua encarnação, por nos aparecer como o Homem por excelência em sua tentação, mas também porque Ele foi vitorioso ao ser tentado pelo diabo.

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