terça-feira, 30 de abril de 2013

O TERMO SINÓPTICO

O termo sinóptico
Na crítica moderna bíblica, o termo sinóptico indica as relações que existem entre os evangelhos de Marcos, Lucas e Mateus. Realmente, estes três Evangelhos apresentam entre si semelhanças que podem ser colocadas em colunas paralelas e serem lidos “com um só olhar”, dai que resulta o nome sinóptico.
A disposição e a estrutura dos três evangelhos demonstram simultaneamente acordos e divergências. Todos apresentam a mesma disposição fundamental dos eventos da vida pública de Jesus, nomeadamente: preparação (João Baptista, Baptismo e tentação de Jesus); ministério da Galileia, viagem a Jerusalém, paixão, morte e ressurreição. Esta articulação dos evangelhos sinópticos é notável mesmo também em agrupamentos menores, por exemplo, a concordância no uso dos termos gregos. Portanto, para compreender a articulação ou semelhança destes evangelhos é preciso ter em conta as seguintes teorias:
-interdependência literária: na sua forma mais simples, esta teoria propõe que um evangelho seja fonte dos outros, ou que dois sejam fonte do terceiro.
-hipótese documentaria: segundo a qual um só evangelho aramaico esteja na origem dos três evangelhos canónicos.
Um olhar para a sinopse faz ressaltar o que Santo Agostinho chamava de uma concordância discordante. Porém não se trata de uma concordância com uma ou outra diferença porque teríamos cópias do mesmo texto. Mas também não se trata de uma discordância que possa ser considerada substancial com alguma identificação; nesse caso teríamos três textos que sofreram mútua influência.
Mateus, Marcos e Lucas transmitem o mesmo material literário. Os três concordam quanto a sucessão dos factos; quanto a parte interna das cessões e ate na escolha das próprias palavras.

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