terça-feira, 30 de abril de 2013

PSICOLOGIA PASTORAL

RESUMO DAS AULAS DE PSICOLOGIA PASTORAL
Introdução
Nas páginas que seguem tencionamos apresentar de forma sintética os principais temas que temos vindo a abordar durante as aulas de Psicologia Pastoral e sua aplicação na vida real dos agentes de pastoral.

1.      SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
Com este tema vimos que o que nós vemos, muitas vezes, não corresponde ao que percebemos com a mente. Por isso, na nossa acção pastoral precisamos de nos dar conta que o que falamos não é o que as pessoas entendem. É importante fazer chegar a mensagem ao nível das pessoas, porque a pastoral deve atingir todo o mundo e os diversos níveis de desenvolvimento.

2.      APRENDIZAGEM E CONDICIONAMENTO
Aqui pretende-se evidenciar que todos nós aprendemos através do condicionamento. Portanto, a percepção está unida à percepção. Deste modo, o nosso comportamento é determinado pelo que acontece depois, pois a ideia tende à acção.

3.      O PERDÃO DOS PECADOS
A tarefa de cada cristão é a libertação do pecado e da culpa. Em matéria de confissão, o padre não deve revelar os pecados de outrem aos terceiros, ele deve manter o sigilo sacramental. O perdão não é um senso de falsa humildade, mas uma atitude que torna a pessoa que perdoa livre, que quebra o círculo do medo. Com efeito, é preciso perdoar-se a si mesmo para perdoar os outros. E, enfim, saber que perdoar é uma caminhada, um processo de descobertas reveladoras.

4.      MECANISMOS DE DEFESA
Na vida cristã ou na acção pastoral, em face da nossa conduta, encontramos vários mecanismos de defesa para justificar o nosso procedimento em determinadas circunstâncias. Estes mecanismos podem ser: de racionalização, substituição, projecção, formação de reacção, repressão, regressão, identificação e sublimação. No cômputo geral, estes mecanismos constituem fuga de responsabilidade. Por isso, devemos evitá-los como pastores de almas e assumir o que for necessário, sem reprimir sentimentos muito menos ter atitudes não aceites pela sociedade, mas sempre cultivando atitudes saudáveis e socialmente responsáveis. Aqui vale recordarmos o princípio geral da moral: “não faz ao outro aquilo que não gostarias que te fizessem ”. Para tal é preciso a empatia, colocar-se no lugar do outro; assumir o ponto de vista do outro e dar-se conta que as pessoas vivem uma realidade diferente da sua.

5.      OS CANAIS PREFERENCIAIS DE COMUNICAÇÃO
Os canais preferenciais de comunicação são os meios usados para a transmissão da mensagem do emissor ao receptor. Deste modo, os canais de comunicação são três, a saber: visivo ou visual, auditivo e cinestésico. Uma pessoa visual é muito observadora no conjunto e nos detalhes. Enquanto o auditivo consegue perceber com maior nitidez e facilidade dados vinculados ao som; presta muita atenção naquilo que está sendo dito, por seu turno, o cinestésico detém-se à linguagem não verbal e gesticula facilmente para se expressar; ele pauta pela sensação.
O agente de pastoral primeiro deve dar-se conta do seu canal preferencial e depois o secundário e o que tende a ser inconsciente. Mas a mensagem deve ser transmitida de forma conjunta, aos três níveis da comunicação. De facto, a comunicação, muitas vezes chega atrofiada porque usamos nosso canal preferencial. Por isso, precisamos de usar os três canais de forma conexa para abranger a nossa comunicação a todos os ouvintes.

Conclusão
A partir dos temas acima percebemos que a Psicologia Pastoral fornece temas interdisciplinares cuja aplicação pastoral é de capital importância. Da sensação à percepção e aos canais preferenciais de comunicação percebemos os desafios que se apresentam aos agentes de pastoral. Portanto, neste processo de comunicação precisamos de ter atenção dos três estados do nosso ego: o PAI, o ADULTO e a CRIANÇA; modos de ser que, visíveis ao observador, mas nem sempre à pessoa enquanto se relaciona com os outros; ajudam ou dificultam a nossa comunicação.

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