sexta-feira, 19 de abril de 2013

OS PORTUGUESES EM MOÇAMBIQUE II

A primeira Conversão do imperado do Ouro
Baptismo real com fim trágico (1561)
Quando o padre Gonçalo chegou a corte do Monomotapa por volta do Natal 1560, leva consigo cartas de recomendação de vice-rei de Índia que era um negociante que também representava os interesses Português junto da corte. E, quando o imperador viu o padre Gonçalo ficou surpreendido e logo deu ao Padre uma cabana dentro do recinto do seu Palácio. Dentro do quintal, o Padre Gonçalo construiu um pequeno altar com uma imagem de Nossa Senhora.
Entretanto, o rei ouviu falar da imagem e pediu para a ver. Padre Gonçalo muito contente veio com a imagem junto do rei e depois de ter dado a sua primeira catequese, foi colocá-la no quarto de dormir. O rei sonhou várias vezes com a Nossa Senhora a qual lhe falava com linguagem desconhecida. Com isso, o Padre Gonçalo foi chamado de novo para dar a explicação e, declarou francamente que a Virgem Maria desejava que o rei se tornasse cristão juntamente com o seu Povo. Assim, o Monomotapa tornar-se ia amigo de Deus e do rei de Portugal. Depois de ter concordado o jovem Monomotapa foi baptizado a 20 de Janeiro de 1561 recebendo depois no baptismo o nome de Sebastião.[1]

Expedição Punitiva (1570-1575)
Vários documentos afirmam que os Portugueses esperavam através da conversão do Monomotapa mas tendo se verificado que os meios pacíficos tinham sido inúteis, resolveu recorrer à força. Portanto, os missionários Jesuítas que tinham sido enviados para evangelizar aquelas terras foram retidos até que o rei de Portugal pudesse conquistar o País. Mas como uma guerra de agressão não poderia justificar-se jamais perante a consciência Cristã, foi decidido enviar uma expedição punitiva. Barreto antigo viceri da Índia, foi o encarregado desta expedição e o Jesuíta Monclaro, com outros três que formava parte dela, como conselheiro, com direito de veto. Esta expedição tinha um fundamento de obrigação de fazer pregar a Fé naqueles territórios para proteger os apóstolos na Fé. Houve também uma decisão de eclodir com a guerra caso Monomotapa não aceitasse as seguintes condições:
a) A expulsão dos muçulmanos os considerados inimigos de Fé Cristã e promotores de muitos crimes. b) A integração dos chefes no seio da Igreja. Em Maio de 1570 uma armada de 800 homens chega a Moçambique e dois anos mais tarde a armada atingiu Sena depois foi enviada uma delegação ao Monomotapa com instruções de expulsar os muçulmanos e regressar ao cristianismo, aceitar os missionários oferecendo-lhes minas de Ouro.[2]


[1] JOHN BAUR, 2000 Anos de Cristianismo Em África, P.78.
[2] JOHN BAUR, 2000 Anos de Cristianismo Em África, P.79

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