terça-feira, 30 de abril de 2013

OS PROFETAS


OS PROFETAS
A palavra “profetismo” não vamos entender aqui como “profedizer”, “vaticinar”, mas como mediação e interpretação do pensamento e da vontade de Deus.
Heb. “nabi” (Jz 4,4)- é nome mais usado na bíblia para designar os profetas (315 vezes). A origem dessa palavra é incerta, provavelmente é uma palavra emprestada de outra língua (cf.acádico nabu-“chamar”) e mais provável quer dizer: “o que é chamado”.
O termo grego: prophetes – é a palavra usada na tradução dos Setenta (LXX)  e não é exactamente tradução do termo hebraico, antes é o nome usado para designar pessoas que cumpriram a mesma função no ambiente grego: eram aqueles (às vezes funcionários do templo) que transmitiam ou interpretavam a palavra ou a vontade dos deuses, por exemplo: Pítia de Apollo em Delphi.
Etimologicamente a palavra grega vem de phemi – “dizer”, “falar” e pro – “por alguém”, “em lugar de”, “em nome de”.
Temos que perceber ainda que o um outro termo: mantis – “advinho”, extático”, não foi usado.
Profeta é alguém chamado por Deus para ser seu porta-voz, alguém que fala em nome de Deus, intérprete de Deus.
Temos também exemplos de mulheres profetisas: Miriã (Maria- Ex 15,20), Débora (Jz 4,4), Hulda (2Rs 22, 14), Noadia (Ne 6,14).
Outros nomes:
* Vidente (1Sm 9,9);
* Homem de Deus (1Sm 9.6);
* Servos de Deus (Jr 7, 25);
* Mensageiros (2Cr 36,15);
* Sentinela, atalaia, (Jr 1, 17);
O Antigo Testamento (AT) só fala de nabi`im, a expressão pseudoprophetes –“ profeta falso”- só foi introduzida em grego. No entanto a Bíblia hebraica fala dos profetas que dizem mentiras, ou têm o espírito de mentira. Assim o termo nabi`im torna-se ambíguo, as denúncias mais amargas são dirigidas contra os nebi`im (às vezes junto com os sacerdotes).
Os verdadeiros profetas opõem-se a todo tipo de crimes sociais ou morais contra a vontade de Deu, opõem – se a colaboração com os piores elementos da sociedade.
Os falsos profetas podiam ser aqueles que caíram na ilusão, muitas vezes eram aqueles, que acompanhavam o rei e diziam o que ele quis ouvir, dinheiro, também entrava em jogo. Podiam ser também aqueles que ficaram tão concentrados no “modo de viver israelita” – o povo escolhido – que começaram a interpretar a vontade de Deus conforme esse comportamento e não dirigir o comportamento conforme a vontade de Deus.
Os profetas clássicos têm que ser distinguidos dos profetas profissionais, oficiais e mais ainda das instituições como o sacerdócio. A autoridade deles vem directamente da experiência de Deus que tiveram. Isso posiciona as fora dos poderes reconhecidos na sociedade e cria uma séria tentação.
A própria Bíblia dá alguns critérios para distinguir os profetas verdadeiros e falsos:
a) Cumprimento da palavra pronunciada. No entanto a palavra as vezes por muito tempo permanecia não cumprida e isso desencorajava até o próprio profeta (Dt 18,21-22).
b) Conformidade com a religião javista, com a tradição (Dt 13.2-6).
c) Testemunho de vida do profeta. Convicção pessoal, fidelidade.
Os profetas são homens de palavra. Eles conseguem ver Deus. Eles têm a certeza de falarem em nome de Deus. Eles são enviados a seus contemporâneos, e transmitem-lhes as ordens divinas. Os profetas exprimem a vontade de Deus. Eles estão em contacto com Deus. Os profetas são servos de Deus, são homens inspirados e se opõem em espíritos maus. A unidade dos profetas vem de Deus.

A função dos profetas
Uma das funções dos profetas é aquela de exprimir a vontade de Deus; comunicar ao rei ou ao povo a Palavra pronunciada pelo Deus, - o profeta é mediador, lugar-temente do Senhor, receptor e articulador da sua Palavra, sentinela e guardias.

A mensagem dos profetas
Os profetas transmitem as ordens divinas. Os profetas como uma classe de individualistas religiosas, a sua mensagem concentra-se mais no presente do que no futuro ou passado longinguo (IS 2, 3).
Uma das mensagens dos profetas é aquela de exprimir a vontade de Deus: comunicar ao rei ou ao povo a palavra pronunciada pelo Deus.

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