terça-feira, 30 de abril de 2013

LIVRO DE ECLESIASTES

ECLESIÁSTES (OU QOHÉLET)
8. 1. Autor e data
“Qohélet” é identificado em 1,1 com o filho de David, rei de Jerusalém. Um tal filho de David só poderia ser Salomão. Este livro situa-se num período posterior ao regresso do Exílio e anterior à época dos Macabeus.

8. 2. Género literário
As investigações sobre o género literário são relativamente recentes. Eclesiástes se cataloga entre os livros sapiências da Sagrada Escritura; por isso, é demasiado amplo o género literário.
Em Eclesiástes há uma pluralidade de subgéneros podendo destacar-se como diálogo, diatribe, testamento régio, colecção de sentenças, reflexões[1].
Qohélet foi um escritor de surpreendente originalidade quanto à forma e conteúdo.
Qohélet é também um mashal, uma poesia. A linguagem original com que foi escrito o livro é o aramaico.

8. 3. Mensagem Teológica
Em forma tipicamente sapiencial de reflexão, de confissão, de máximas e de considerações várias de cariz autobiográfico, o chama a atenção para a finalidade da existência humana. Este não é pessimista, nem optimista, nem oportunista; mas sim realista, lúcido, inconformista e franco, atento ao próprio ritmo da vida e consciente da radical insuficiência do homem, face à realidade da morte, para resolver o mistério da existência. No entanto, ELESIASTES é homem de fé. Perante situações absolutamente incompreensíveis para a razão humana, acaba reconhecendo que a Deus não se pode pedir contas (7,3); que o homem deve aceitar na vida tanto as provocações como alegrias (7,4) e que é preciso observar os mandamentos e temer a Deus.


[1] Ibdem, p. 59s.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Ensinamento bíblico sobre a santidade

Ensinamento bíblico sobre a santidade A ideia da santidade não é exclusiva da Bíblia judeu-cristã mas, também se encontra em diversas c...